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MONOTEÍSMO: a revelação do único Deus.
“Deus único, afora de Tu nenhum outro existe”.
(Extraído do Grande Hino a Aton)
.)
4.1 OS “DEUSES” PRIMITIVOS

As primeiras religiões surgidas na pré-história eram animistas e
politeístas. Os “deuses” assumiam características protetoras e destruidoras.
Eles eram representados por agentes da natureza. A humanidade primitiva convivia
com muitas mudanças naturais e dentro de um mundo
extremamente agressivo. As doenças, a morte, a violência sem punição,
fizeram o homem criar no seu psíquico os “deuses protetores” que foram
levados para dentro de tribos e sistemas de governos teocráticos. Assim surgiu
o politeísmo com seus deuses guardiões com características zoomórficas e
antropomórficas.
Decorridos milhares de anos, o homem se desenvolveu e procurou entender
o criador da humanidade e do mundo. As antigas civilizações adotaram um sistema
religioso com panteões de deuses, sendo um para cada
necessidade pessoal ou grupal. Esses “deuses” eram caracterizados como
defensores, justiceiros, vingativos e guerreiros.
Arquivos esotéricos descrevem que os “deuses”
eram quase sempre espíritos sábios para o mal e idolatrados por
povos guerreiros e foram muito comuns na antiguidade. Esses “deuses” se
diziam poderosos, mas escondiam a sua inferior evolução espiritual e moral.
Eram imperfeitos e mostravam uma grande ira por viverem espiritualmente
no desconforto do Duat (astral, em egípcio). Apresentavam a sede de poder e
apego aos vícios materiais e faziam seus atos através de trocas materiais
realizadas em rituais macabros. Eles se tornavam “divindades” e líderes de
grandes legiões de espíritos por eles subjugados no Duat. Esses seres
espirituais sabiam trabalhar com energias destruidoras,
produzidas pelo magnetismo proveniente de atos de feitiçarias, extraído
do magnetismo pessoal de seus seguidores e da energia vital retirada
do sangue quente de animais e humanos sacrificados, da
seiva das plantas venenosas e do fluido magnético obtidos
através de rituais esdrúxulos. Os materiais ritualísticos eram extraídos por
sacerdotes que reverenciavam esses “deuses” como protetores de um
povo. Esses falsos “deuses” viviam em áreas tenebrosas, comandavam espíritos
comparsas que também usufruíam da proteção e consumo da energia vampirizada por
esses “deuses”. Esses grupos estavam sempre dispostos a executarem
as ordens desses espíritos líderes do Kekwi (áreas escuras
do Duat). Na maioria das vezes, eles eram exilados
de outros mundos e realizavam através de seus conhecimentos
vários acontecimentos extraordinários para aquela época. Eles
usavam o seu próprio magnetismo e do seu grupo sobre aqueles que vibravam na
mesma frequência pessoal magnética, principalmente daqueles que lhes suplicavam
favores em troca de ofertas, promessas pagas com sacrifícios, bebidas
fermentadas e sangue. Esses “deuses” podiam se unir formando trindades
(tríades de famílias espirituais) ou ficarem soberanos em reinos,
como espíritos sábios para o mal com suas legiões. Eles se apresentavam
como poderosos para julgar os mortos em tribunais particulares e criavam
cárceres em áreas com características infernais. Esses “deuses”
afirmavam terem criado o mal, para dominar através do medo.
Eles confirmavam que tinham o poder para tudo realizar,
contudo falhavam em suas promessas. Essas “divindades” não eram
perfeitas, pois apresentavam características humanas e se
arrependiam de seus atos. Eles se diziam poderosos para
ganharem batalhas para seus fiéis, enfraquecendo pelo feitiço (desmagnetização
vital) os exércitos inimigos. Essas falsas divindades armavam emboscadas contra
seus adversários em troca de sacrifícios feitos através das sangrias e
solicitavam o esquartejamento de animais para queimar e fazer um incenso
especial (fumaça da gordura) para esses “deuses” sentirem o odor carnal. Pelo
fato de não estarem encarnados, desejavam sentir e provar da essência fluídica
sanguínea dessas oferendas entregues nos altares com a prática de holocaustos
se utilizando prazerosamente da gordura e do sangue aspergidos nos rituais.
Raramente eles solicitavam sacrifícios humanos em seus altares, todavia esses
“deuses” ordenavam a matança de crianças, velhos cansados de povos oponentes de
seus protegidos e também dos animais desses povos para trazer fome, miséria e
morte. Essas falsas divindades enviavam seus espíritos malignos de suas legiões
para atormentar pessoas que estavam contra seus comparsas. Inspiravam leis
que incentivavam a vingança, a ira, a guerra e a
escravidão humana. Eles se apresentavam com vários nomes (identidades) para
enganar e subtrair a fé dos homens justos. Foi nessas condições que o Mestre
Akhenaton encontrou o mundo do seu tempo e combateu esses falsos deuses.
4.2 A PRIMEIRA DOUTRINA MONOTEÍSTA

O mundo antigo estava estagnado pelo politeísmo sacerdotal que
era “fantasioso” e começava a ensejar um processo de amadurecimento moral,
espiritual e intelectual. A humanidade antiga já carecia de uma nova revelação
religiosa, filosófica e científica. Necessariamente o único Deus enviou
o Mestre Akhenaton como um faraó missionário, educador e
ambientalista. A história de Akhenaton é revelada através de registros escritos
dentro de uma doutrina religiosa centrada no amor fraterno e embasada no monoteísmo
estrito que se chama atonismo ou religião da luz. Essa
milenar religião traz uma revelação mais aprofundada dos mistérios divinos,
mostrando o Deus verdadeiro que não exige rituais com sangue de animais e
ensina a destruir o ódio com o amor, vencer a mentira com a verdade, afastar o
medo através da confiança em Deus, clarear a escuridão através da luz divina,
ensinando que devastando a natureza o homem recebe de volta as consequências
dessa destruição.
O atonismo ensina o caminho mais curto
para se retornar ao mundo de Deus (Pt, paraíso em egípcio). Ele é conhecido no
meio esotérico como o “iluminismo egípcio”. Essa revolução religiosa
trouxe a verdade sem dualismos. Os papiros atonistas foram direcionados para os
antigos egípcios conhecerem o único Deus pela prática do bem e da razão,
ensinando-lhes que todo o mal semeado será colhido dentro de uma colheita
inevitável. Para isso foi necessário apagar as ideias politeístas e trazer o
conceito monoteísta com justiça misericordiosa, amor fraterno e paz universal.
Akhenaton através da doutrina atonista proibiu os cultos politeístas e retirou
as inúmeras imagens dos chamados deuses irados, ciumentos e vingativos que
através de seus sacerdotes incitavam discórdias e as guerras entre os povos.
Akhenaton
através de seus sermões doutrinários que inicialmente foram esotéricos
(fechados no Grande Templo de Aton) e depois abertos à população da cidade de
Akhetaton, iniciou a sua missão religiosa atonista na Terra. Ele herdou de seu
pai (Amenhotep III) o antigo Egito muito rico e uma fortuna pessoal invejável,
contudo a riqueza no Egito estava concentrada nas mãos de poucas pessoas
influentes, inclusive do seu pai e dos sacerdotes de Amon. Também havia muitos
desfavorecidos devido à política que ocorria dentro dos templos de Amon, onde
os sacerdotes coagiam seus fiéis a prestarem ofertas sacrificantes em
seus cultos. Além disso, os amonistas mantinham sob domínio as produtivas
minas de ouro na Núbia e não repassavam os seus devidos impostos ao tesouro
egípcio.
O projeto religioso de Akhenaton teve
custos elevados com a construção da “cidade celestial” de Akhetaton e na
manutenção da doutrina de caridade e solidariedade atonista que posicionou o
povo egípcio em condições econômicas mais igualitárias. O atonismo defende que
a riqueza deve ser bem empregada para gerar oportunidades de trabalho para
todos, suprindo todas as necessidades básicas humanas. A doutrina atonista não
induz ao acúmulo de riquezas materiais para a
ostentação, mas ensina ao acúmulo de valores espirituais e o desapego
material que são necessários ao processo de iluminação
espiritual.
4.3 A CIDADE
ESCOLA DE AKHETATON

Akhenaton construiu uma “cidade escola” para ensinar
diariamente a prática benéfica da doutrina atonista aos seus habitantes e visitantes
estrangeiros. Essa cidade chamou-se Akhetaton, uma “cidade celestial”,
um modelo de civilização pacífica, um paraíso ecológico no lado oriental do rio
Nilo. Essa cidade foi cuidadosamente planejada pelo Mestre Akhenaton para
atender fidedignamente o seu projeto espiritual. Nessa cidade não havia
escravos, fome, nem idosos e órfãos desamparados. Akhetaton era uma cidade
muito alegre pelo fato do único Deus ser celebrado com cultos religiosos
festivos e pelas belas músicas harpeadas no Grande Templo de Aton. Akhenaton
expressou inicialmente a representação exotérica (conhecimento público)
do disco solar ao povo egípcio, por ser uma partícula geradora da vida do único
Deus e a mais próxima do khat divino (corpo físico de Deus) e pelo fato de sua
luz (energia) ser vista e sentida por todos os humanos em todos os
lugares do mundo, constituindo um poderoso foco de luz universal por onde o
único Deus age intensamente.
Dentro do seu projeto missionário, Akhenaton levou uma população
de aproximadamente vinte mil pessoas com diversos credos politeístas para uma
cidade construída em solo virgem, no centro do antigo Egito para serem
reeducadas espiritualmente. Dentro dessa cidade escola, Akhenaton
construiu o Grande Templo de Aton, onde revelou os profundos
conhecimentos espiritualistas que estavam séculos a
frente do seu tempo.
4.4 O MONOTEÍSMO ATONISTA
O atonismo revelou o monoteísmo, apresentando a humanidade o
único Deus que é o Ser benéfico de suprema inteligência, constituído de energia
espiritual esparsa no infinito. Ele ensina o caminho para retornar ao mundo de
Deus com brevidade, através da prática do amor fraterno e da caridade
desinteressada, orientados pelos três mandamentos divinos revelados no
sagrado Papiro Neter:
Eis os três preceitos para a
vossa iluminação:
* Amareis a mim, o único Deus com verdade;
* Amareis a ti com renúncia;
* Amareis aos vivos sem apego. ( Nt 3:17)
Os frutos da obra de Akhenaton floresceram dentro do atonismo,
conhecido também como a “religião da luz” (visão
espiritual) e “religião verde” (visão ecológica). Akhenaton
estudou no templo de Heliópolis, onde se cultuava
o sol como o verdadeiro deus e o chamavam de Rá, entretanto a
teologia heliopolitana foi contestada por Akhenaton por ser uma doutrina
politeísta. Akhenaton trouxe em sua bagagem esotérica
os conhecimentos monoteístas onde aton (itn, em
egípcio) é uma parte física do único Deus, ele apresentou Deus ao povo
egípcio pelos raios de luz que saiam do disco solar, isso era o máximo
que aquelas mentes pueris podiam entender naquela época. Aton é uma
importante partícula divina. Aton através da vontade de Deus,
gera, desenvolve e mantém a vida na Terra. Aton jamais
deve ser confundido com Ntr (Neter, o único Deus em egípcio).
O atonismo ensina o homem o amor fraternal, a solidariedade
incondicional, a educação ambiental e a justiça misericordiosa. Ele ensina a
buscar o único Deus através de sua essência espiritual que é de puro amor. As
orações sinceras, as meditações harmonizantes e as práticas beneficentes
desinteressadas direcionam os atonistas rumo à iluminação espiritual.
Akhenaton, diferente de todos os faraós, nunca se considerou um
deus. Pelo fato de encontrar-se na condição de missionário divino, ele
trabalhava como um sacerdote intercessor entre o único Deus e a
humanidade que não estava preparada para entender o Deus verdadeiro
como um ser espiritual, pois só Akhenaton e o
único Deus conheciam profundamente a doutrina atonista. Ele exemplificou
e ensinou o conhecimento para o caminho da iluminação espiritual,
apresentando-se como mais um sa (filho, em egípcio)
de Deus e irmão de todos os seres humanos. Na cidade de Akhetaton,
os seus cidadãos se tratavam como senw (irmãos, em egípcio). Os
atonistas tinham a orientação de fazer pelo menos uma boa ação diária e isso
os tornavam contentes e naturalmente contagiava de amor fraterno
toda a cidade celestial.
O Grande Templo de Aton tinha 365 altares de oferendas, eles já
significavam os dias do ano. Nesses altares o próprio Akhenaton realizava sua
boa ação diária que geralmente atingia a toda a população.
Akhenaton teve apenas uma única encarnação na Terra no
período de (1377 a.C a 1336 a.C). O Mestre Akhenaton apresentara ideias
avançadas, mas que podiam ser aplicadas aos que buscavam
praticar o amor ensinado pelo único Deus. O seu objetivo era o presente,
contudo desejava também plantar uma semente que germinaria séculos depois
quando toda a humanidade estivesse pronta para entendê-lo.
Akhenaton trouxe a arte naturalista onde os animais e as plantas
no campo, juntamente com os pássaros livres pintados e talhados na rocha
mostravam uma arte que se enquadrava dentro dos padrões de liberdade, beleza e
inovação jamais vista no antigo Egito. Akhenaton era um extremo protetor dos
animais. Nos templos atonistas não havia sacrifícios de animais, eles eram
levados ao Grande Templo de Aton para serem abençoados e curados. Os habitantes
de Akhetaton esperavam a passagem diária de Akhenaton e Nefertiti em sua
carruagem real e apresentavam bois, carneiros e outros animais para
serem benzidos, sarados, fortificados e jamais sacrificados. Alguns estudiosos
do Antigo Egito equivocadamente entenderam que Akhenaton manteve os
rituais sanguinários das antigas religiões que ele mesmo os extinguiu
ao seu tempo. Uma pintura naturalista em pedra mostra Akhenaton
muito triste curando um pato que foi atacado por um crocodilo no rio Nilo, ele
usou os raios de aton para sarar o ferimento da ave.
Akhenaton era filho do faraó Amenhotep III com a rainha Tiy. Ele
nasceu na cidade de Tebas, no palácio de Malkata, as margens do Rio Nilo,
conforme arquivos esotéricos atonistas em 01.01.1377 a.C, aos primeiros raios
do amanhecer. O seu mestre (educador) foi Imenhotep, filho de Hapu,
que lhe despertou vários conhecimentos sobre religiões, administração,
filosofia, história, ciência, política e artes.
Em 1892 d.C, a cidade de Akhetaton começou a ser estudada pela
arqueologia, através do egiptólogo e arqueólogo Sir Flinders Petrie quando sua
equipe escavou a cidade de Akhetaton em Tell el-Amarna o foco da egiptologia
ficou todo voltado para Amarna (antiga Akhetaton). Petrie ficou maravilhado
com o que seus olhos viam e seus sentimentos percebiam.
Escavadores que faziam parte da expedição, afirmaram que ele ficou emocionado
com a pureza daquele projeto divino e a grandeza do ideal de um grande faraó
espiritualista. Uma cidade com murais pintados e
gravados dentro de uma arte inovadora para a época.
Descobriram-se belas peças feitas de cerâmicas, estelas e
estátuas dentro de uma arte naturalista avançada diante
da antiga arte egípcia estagnada. Certamente a maior emoção
foi escavar o Grande Templo de Aton e sentir a grandiosa
energia divina que estava debaixo da areia que o
encobria.
O respeitável doutor em egiptologia, arqueólogo e
historiador James Henry Breasted, Foi o primeiro norte
americano a concluir o doutorado em egiptologia. Admirado por todos os
egiptólogos da época, Breasted mostrou a sua profunda admiração por Akhenaton
quando ele relatou que Akhenaton era “um homem impregnado de divindade” e seu
espírito emanava uma aptidão e uma capacidade excepcional para receber as
manifestações divinas.
O famoso egiptólogo e jornalista inglês Arthur Weigall que
ficou famoso por cobrir jornalisticamente a abertura do túmulo do faraó
Tutankhamon, sendo autor de várias obras que retratam o Egito antigo,
considerou Akhenaton como um faraó espiritualista pelo qual Deus se revelou com
profundo amor e bondade, excluído de intolerâncias e de paixões terrenas.
O doutor em egiptologia Christian Jacq nasceu em Paris e recebeu
prêmios da academia francesa com a obra: O Egito dos Grandes Faraós.
Ele se mostrou admirado pelo homem intelectual que foi
Akhenaton quando afirmou: “Akhenaton foi um gênio da humanidade”.
A arqueologia investigou o faraó Akhenaton e vários egiptólogos
constataram que o atonismo é a primeira religião monoteísta documentada pela
história em linguagem escrita por farto material arqueológico. Foi adotada como
a religião oficial no antigo Egito enquanto uma nação politicamente organizada
dentro de um período histórico. Durante os primeiros oito anos do governo
de Akhenaton as falsas divindades já eram criticadas e desconsideradas pelo
atonismo que já estava em implantação dentro de uma fase proto-monoteísta. O
atonismo não pode ser considerado como um henoteísmo, visto que no nono ano do
governo de Akhenaton, através de uma revolução religiosa, ele combateu e
erradicou o politeísmo do Estado egípcio, ao afirmar que só existe um único
Deus (Ntr, Deus em egípcio). Ele apresentou o atonismo como o primeiro monoteísmo
estrito, universal e ético.
O Deus único apresentado pelo atonismo não é
limitado em uma imagem de pedra, carne ou metal. A essência do único Deus é
espiritual, sendo dotado de uma inteligência suprema, vontade benevolente,
perfeição absoluta, poder soberano e amor gerativo. A doutrina atonista
apresenta o Deus único como o Ser superior benévolo e não aceita a
existência de um ser opositor poderosamente malevolente. A maldade
é uma característica gerada pela imperfeição humana e pelas bas (almas)
que não chegaram ao estado da perfeição.
No governo de Akhenaton o Egito se estendia a quase todo o
Crescente Fértil e se desmembrou por causa das revoltas racionalmente não
contidas por Akhenaton. Ele jamais aceitou a subjugação de um povo por outro.
Os grandes pacificadores que trouxeram mensagens de solidariedade
e paz para a humanidade geralmente foram assassinados por oponentes, que
desejavam a manutenção de sistemas religiosos e econômicos que favoreciam a
continuação dos seus interesses. O que não foi diferente para Akhenaton que em
23.11.1336 a.C. termina sua missão de implantação do atonismo, sendo envenenado
pelos sacerdotes amonistas.
O único Deus foi revelado pelo faraó Akhenaton que governou por
17 anos o antigo Egito, dentro dos princípios da verdade, do amor, da justiça
misericordiosa e semeando a solidariedade e a igualdade entre os seres
humanos.
“Você está no meu coração, não há ninguém
que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra…”
(Grande hino a aton, escrito e
oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da inauguração da “Cidade
celestial” de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de
ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito)
4.5 MOISÉS E O JUDAÍSMO
Fatos antecedentes ao reinado de Akhenaton no período que
compreende a entrada e a saída dos hicsos do Delta do Nilo, descritos pelo
historiador judeu Flávio Josefo (sec. I d.C) e pelo o historiador egípcio
Maneton (sec. III a.C) que fizeram registros históricos sobre essa imigração
dos hicsos para o antigo Egito a partir da XIII dinastia egípcia. Eles
afirmaram que os hicsos eram reis pastores orientais. A palavra hicso vem do
vocábulo egípcio heqa khasewet, que significa "governantes de
países estrangeiros". Arquivos atonistas descrevem que os hicsos não eram
um único povo, eram cananeus, hebreus, fenícios, sírios, árabes e amoritas que
viviam em terras áridas e buscavam terras férteis para suas tribos que
enfrentavam períodos de estiagens. Os hebreus eram em maior quantidade,
eles se infiltraram lentamente no Delta do Nilo aproveitando um período
de fragilidade do governo egípcio, quando ocorria uma crise
política na XIII dinastia egípcia. Já na XVIII dinastia egípcia ocorreu a saída
desses povos do Delta do Nilo, quando a cidade de Ávaris (capital hicsa) foi
tomada pelo faraó Ahmósis em 1.570 a.C. Esse faraó com seu exército, após
dominar os núbios, invadiu e tomou a principal concentração hicsa de Canaã e
combateu com rigor vários cananeus e hebreus, eles eram povos hicsos que
estavam nesta região e planejavam uma nova entrada no Egito pelo Delta do Nilo.
O exército de Ahmosis saiu de Canaã, seguiu pelo Crescente Fértil em direção a
Fenícia e a Síria e chegou até a cidade de Karkemish no Rio Eufrates.
Ahmosis mostrou a esses povos a supremacia das forças militares da XVIII
dinastia egípcia, inibindo qualquer outra invasão ao território egípcio. Quando
os hicsos foram dominados pelos egípcios em suas próprias terras, eles se
desuniram e terminaram como povos dissociados em várias áreas do oriente.
Os hicsos pacíficos miscigenados que constituíram famílias com os egípcios nativos, principalmente os hebreus, foram aceitos pelo entendimento magistral do faraó Ahmósis por entender que eles eram também egípcios. Eles permaneceram em Gosén no nordeste do Delta do Nilo, numa posição estratégica para uma possível saída dos mesmos para Canaã caso se fizesse necessário. Com o passar dos séculos, eles constituíram uma populosa classe nessa região de migrações e chegaram a disputar moradias, trabalho e alimentos com os egípcios nativos. Numa fase mais conflituosa no reinado do faraó Horemheb (1319 a.C. – 1292 a.C.), esses descendentes de hebreus, já traziam dificuldades econômicas e sociais para o Estado egípcio. Arquivos atonistas confirmam que para evitar uma possível revolução e o caos social dentro do Delta do Nilo, o faraó Horemheb decidiu regular a vida desses povos miscigenados. Eles podiam ter suas moradias próprias e famílias livres, contudo eles ficavam a disposição para o trabalho nas grandes construções egípcias, porém com baixa remuneração, dessa forma não ficaram em regime de escravidão. Esse período aconteceu durante quatro gerações de faraós que foram: Horemheb, Ramsés I, Seti I e Ramsés II, até que eles decidissem emigrar, por livre vontade, para a terra de Canaã conduzidos por um grande líder conhecido como Moisés.
O livro de Êxodo do antigo testamento bíblico demonstra uma
cronologia do período da existência do grande líder Moisés, conforme os
dados bíblicos ele viveu ao tempo das construções das cidades celeiros de Pitom
e Ramsés (Ex 1:11), no Antigo Egito. Segundo
a cronologia histórica esse período compreende a transição entre os
faraós Seti I (1290 a 1279 a.C.) e Ramsés II (1279 a 1213 a.C.).
Várias pesquisas religiosas e registros espiritualistas confirmam que o
faraó Ramsés II (O grande) foi contemporâneo do líder religioso Moisés. Moisés
foi o fundador e organizador do judaísmo pelo fato de ser o autor dos cinco
primeiros livros do Antigo Testamento (Torá), a base doutrinaria da religião
judaica. Essa cronologia indica que o faraó Akhenaton viveu
aproximadamente um século antes da construção dessas cidades erguidas pelo
faraó Ramsés II.
4.6 O PAPIRO NETER: O REGISTRO SAGRADO DO
ATONISMO
Entre os documentos
esotéricos (ssta, secreto em egípcio) do Grande Templo de Aton, nenhum
descreveu com total fidedignidade a doutrina religiosa atonista como o Papiro
Neter. Esta escritura religiosa milenar e akáshica apresenta-se numa linguagem
remota, afirmativa e foi reservada aos poucos sacerdotes dos templos atonistas.
Sua limitação ao meio esotérico ocorreu devido a grande perseguição realizada
pelos sacerdotes das antigas religiões politeístas egípcias, do faraó Horemheb
e de todos os faraós ramessíadas na fase pós-Akhenaton e ainda por alguns
livres pensadores na idade contemporânea.
Atualmente, perante leis internacionais de proteção a
livre expressão dos credos religiosos, a religião atonista sai do meio
esotérico e se reapresenta também em rede de comunicação virtual, descrevendo
os primeiros registros escritos monoteístas sobre a natureza divina, a origem
do nosso universo, o caminho para se atingir com brevidade a perfeição
(iluminação) que é condição fundamental para se habitar o mundo do único Deus.
O atonismo se considera como um caminho, como muitos
outros, que através de seus conhecimentos colocados em prática, desenvolvem na
humanidade o amor fraterno, a paz mundial e a sabedoria espiritual, que são
bases para que possamos habitar o mundo espiritual do único Deus (Pt).