AKHENATON O FARAÓ MONOTEÍSTA
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A doutrina religiosa atonista fundamenta a
existência do Deus único que orienta a humanidade para o processo da iluminação
espiritual. O atonismo é a primeira manifestação monoteísta documentada em
linguagem escrita, por material arqueológico, sendo adotada como a religião
oficial no antigo Egito enquanto uma nação politicamente organizada no governo
do faraó Akhenaton, portanto é considerada como a primeira religião monoteísta
pela história universal através de documentos, fatos históricos e pesquisas
realizadas através de métodos científicos e dentro de um período cronológico
histórico. O atonismo não pode ser considerado como henoteísmo, visto que
Akhenaton enquanto chefe de governo revelou o único Deus e proibiu os cultos a
todos os outros “deuses” no antigo Egito, decretando, no nono ano do seu
governo, o fechamento dos templos dessas divindades e destituindo os cargos de
seus sacerdotes, através de uma revolução religiosa sem precedentes na
história do antigo Egito no combate ao politeísmo. Akhenaton não se apresentou
como um deus, mas como o supremo sacerdote atonista que quebrou normas,
paradigmas e costumes faraônicos, mostrando sua humildade, respeito e submissão
filial ao único Deus. O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade,
é a “religião verde” por objetivar o respeito, o equilíbrio ecológico e a
conservação do meio ambiente como forma de
respeitar e cuidar do khat divino (corpo físico de Deus) que é o
Todo material. Os conhecimentos religiosos atonistas envolvem
registros históricos, arqueológicos e esotéricos com mais de 3.300
anos antes do presente. Aton (sol) é considerado pelos seguidores de Akhenaton
como o mais importante canal da energia divina que
mantém a vida na Terra, por isso os seus seguidores são
chamados de atonistas, contudo aton é apenas uma entre as infinitas
partículas que constitui o khat de Deus.
"Deus único, afora de Tu nenhum outro existe”
(Trecho
extraído do Grande Hino a Aton)
FREUD E O
ATONISMO

Freud, “O Pai da psicanálise”, nascido em família
judia, preconiza em seu livro “Moisés e o Monoteísmo”,
que a origem do monoteísmo não ocorreu entre os judeus,
mas que o principio da crença em um único Deus é de
origem egípcia. Freud afirmou que o monoteísmo se revelou inicialmente
através do
faraó Akhenaton em sua religião no
antigo Egito conhecida como atonismo. Nessa obra Freud revela que a religião
judaica foi fundada por Moisés e afirma ainda que Moisés foi
um egípcio nativo, criado por família real egípcia e sua religião
foi diretamente influenciada pelo monoteísmo atonista. Entretanto, Freud comete
um equívoco cronológico estabelecendo o êxodo bíblico
na época do governo do faraó Akhenaton,
o que vem contra a maior prova
arqueológica bíblica que afirma que o êxodo ocorreu na
época que estavam sendo construídas duas cidades
celeiros chamadas Ramsés e Pitom (Êxodo 1:11) que foram erguidas,
segundo a arqueologia enquanto
Ciência, no governo de Ramsés II,
ou seja, aproximadamente um século
após o reinado de Akhenaton.
Vários teólogos provam que o atonismo influenciou o judaísmo
demonstrando que o Salmo 104 bíblico foi
escrito com base no Grande
Hino a Aton.
O atonismo conhecido como a religião da luz é uma
revelação divina milenar e universal que tem como base o amor fraternal, a paz
planetária e a fé racional. A revelação atonista, também conhecido
no meio esotérico como o iluminismo egípcio, não se constitui do pensamento
pessoal de um homem a respeito de Deus e sim de uma instrução direta do único
Deus ao faraó profeta Akhenaton.
AKHENATON
Segundo registros akáshicos, Akhenaton nasceu em
01.01.1377 a.C, ao amanhecer no palácio de Malkata, na cidade
egípcia de Waset (Tebas).
Akhenaton não era o sucessor direto ao trono do
Egito. Desde o seu nascimento tinha-se por certo que o seu irmão Tutmés
(Tutmósis, na versão grega) sucederia o seu pai Amenhotep III. Quando foi
residir e estudar em Heliópolis (Iunu, em egípcio), Akhenaton teve a sua
formação direcionada para o sacerdócio.
Akhenaton evoluiu o pensamento do
seu avô, Tutmés IV. Seu avô entendia Aton como um falcão no céu
(Horakhti, deus no céu) e uma
manifestação do poder da luz do sol
(shu). Essa representação divina foi modificada por Akhenaton.
Conforme Akhenaton, o único Deus não apresenta forma
humana ou animal, sendo invisível e representado na Terra
pelos raios solares. Estudos da egiptologia mostram
que em
todas as gravuras Akhenaton cultua
o único Deus dirigindo seu olhar diretamente para
os raios do sol (energia divina) que banham as coisas e
que entregam a ankh (vida), nunca olhando para
o alto em direção ao disco solar (Aton). Akhenaton entendia que o
único Deus é a própria força cósmica (energia).
Os pais de Akhenaton já almejavam a revolução
atonista. O grande marco para o início do atonismo foi
quando o pai de Akhenaton, Amenhotep III, construiu um lago
perto do palácio de Malkata para a sua esposa Tiy e neste lago entregou-lhe um
presente, era uma reluzente barca dourada. Essa barca real foi
denominada “Tehen Itn” que significava “Esplendor de
Aton”. O cerimonial de inauguração do lago foi dirigido por Akhenaton e o
zarpar da barca real marcaram simbolicamente a apresentação formal do atonismo
para o mundo antigo.
Ao tempo de Akhenaton, obrigatoriamente os faraós para
serem coroados, conforme a tradição cerimonial e teológica
egípcia eles deveriam ser “filhos de Ra” e a coroação ser realizada
no testemunho da luz solar.
Akhenaton recebeu uma coroação especial, o local da
sua coroação foi escolhido por seus pais, longe de Tebas, em Hermontís,
conhecida como Heliópolis do Sul, na região próxima as terras da futura cidade
atonista de Akhetaton, desprestigiando o complexo de templos politeístas de
Karnak.
Antes de Akhenaton receber a grande revelação do
único Deus que lhe intuíra os princípios do atonismo que renegaria o politeísmo
egípcio, ele recebe o título do Templo de Heliópolis como o “Primeiro profeta
de Ra-Horakhti que se alegra na presença do ar luminoso (Shu) que é a
manifestação de Aton”. Nesta cerimônia Akhenaton é figurativamente comparado a
um falcão no céu por onde a luz divina chegaria a Terra. Quando
Akhenaton assume o poder em corregência, com
seu pai Amenhotep III, conforme registro akáshico
em 02.01.1353 a. C, ele se depara com um Egito milenar
extremamente politeísta, sendo alguns “deuses” muito nocivos. Um exemplo foi
“deus Amon” (imn, o escondido, em egípcio) que era o mais
cultuado entre os deuses do Egito, a ele eram
atribuídas as vitórias nas batalhas sangrentas de
expansão do Antigo Egito. Akhenaton observou que esses deuses não
passavam de legiões de espíritos sábios para o mal e que enganavam
seus adoradores.
Ainda em corregência com seu pai, Akhenaton começou
um trabalho de investigação nos diversos templos egípcios
descobrindo mais de 40 "deuses" de relevância
adorados no Kemet (Egito) e constatando que muitos dos sacerdotes
dos templos desses deuses eram
corruptos e enganavam o Estado egípcio, sonegando impostos e
arrecadando pesados tributos e ofertas do já sofrido povo egípcio.
No terceiro ano de sua corregência, Akhenaton
celebrou o seu festival "Heb Sed". Este festival aconteceu
antecipadamente, para que ele
tivesse as forças necessárias para enfrentar o
poderoso e perigoso mundo religioso politeísta egípcio.
Akhenaton já sabia que seu reinado não
chegaria aos trinta anos,
época em que todos os faraós faziam
este festival. Intencionalmente nesse festival somente a religião
atonista foi cultuada.
No quarto ano de seu governo, Akhenaton concluiu
seus estudos no Templo de Heliópolis, recebendo o grau de sacerdote de
Ra-Horakhty. Como honra a sua formação sacerdotal Akhenaton foi representado
pelo símbolo solar da esfinge no Templo de Iunu. Essa imagem foi rejeitada por
Akhenaton e sem o seu conhecimento foi preservada secretamente pelo seu
conselheiro Ay. Neste mesmo ano, Akhenaton desvinculou-se do Templo de
Heliópolis por não mais participar da primitiva doutrina solar que cultuava o
imaginário deus Ra-Horakhty tendo em vista a nova e avançada revelação atonista
que ele recebera diretamente do único Deus. O atonismo, nos seus
primórdios, cultuava o único Deus nos raios do solares (energia) que
vinham através do disco solar (aton).
Ainda no quarto ano
de seu governo, Akhenaton inicia a construção, dentro do
Complexo de Karnak (Tebas), um estratégico templo solar dedicado ao atonismo,
cujo nome hoje conhecemos como Templo de Gempaatón.
O objetivo era cultuar o atonismo e vigiar os cultos politeístas
dos templos vizinhos. A construção
deste templo solar marca o início da batalha diplomática e religiosa
contra todos os "deuses" e principalmente contra os
sórdidos sacerdotes de Amon que tinham o maior, mais influente e corrupto
templo em Karnak.
No quinto ano de
seu reinado Akhenaton faz uma profunda reforma íntima mudando o seu nome de
Amenhotep IV (Amon está satisfeito) para Akhenaton (espírito para aton), fato
que caracterizou uma extrema renovação espiritual que o levou a apagar os seus
antigos cartuchos e queimar os documentos que continham seu antigo nome
e raspar expressões em construções que se referiam aos cultos
zoomórficos e antropomórficos no Egito antigo.
Nesse ano o Egito conheceu o início de um período histórico de profundas
mudanças religiosas, filosóficas, científicas e artísticas.
No final do quinto ano para o inicio do sexto ano
do seu reinado, Akhenaton inicia a construção de uma nova
capital para o antigo Egito, uma cidade dedicada ao Atonismo que ainda não
tinha um centro religioso de culto exclusivo. O local escolhido
situa-se entre Mênfis e Tebas, na
margem direita do Nilo e
recebeu o nome de Akhetaton (horizonte de Aton). A
cidade teve sua ocupação inicial a partir do 8º ano
de seu governo e sua inauguração no 9º ano. Em
aproximadamente quatro anos Akhenaton construiu a primeira capital planejada no
centro do Antigo Egito. A maior parte da população era proveniente de
Tebas, sendo composta por intelectuais, nobres, agricultores, militares,
escribas, artífices e o povo que cultuava o Deus único. Estes
acompanharam o rei no seu projeto político
e religioso. A cidade foi um modelo de “cidade celestial” governada
dentro de um sistema de governo teocrático visando uma sociedade humana e
pacífica, conforme os ensinamentos atonista, para que as civilizações do mundo
antigo pudessem visitá-la e repensarem os valores do bem e da paz numa
sociedade fraterna, civilizada e sem guerras. A cidade de Akhetaton era
governava numa teocracia, conforme os princípios da vontade do Deus único (justiça,
ordem, espiritualidade, verdade, solidariedade e amor) através do faraó
Akhenaton. Hoje essa cidade se encontra em ruínas e está na localidade egípcia
de Tell El Amarna.
Pesquisas arqueológicas mostram que a cidade de
Akhetaton teve no princípio, uma população aproximada de vinte mil
habitantes. As ruínas de Akhetaton mostram uma cidade caracterizada por
avenidas, palácios, residências e pelo Grande Templo de
Aton. Seus pedreiros, escultores e ajudantes foram
os mais bem pagos, motivados, bem cuidados e assistidos
de toda a história egípcia, o que consumiu muito dos cofres
egípcios. Os engenheiros de Akhenaton preocupados com a
saúde ergonômica (postural) dos trabalhadores da construção civil
inventaram o talatat (pedra de três palmos), o primeiro material pré-fabricado
para erguer construções e que podiam ser facilmente transportados
por um homem mediano sem comprometer sua estrutura óssea e muscular. Com
o talatat se construía uma cidade em menor tempo. Em Akhetaton todos eram tratados
pelo principio da igualdade, não havia escravos, mendigos, crianças e
velhos desamparados. Os doentes eram tratados no Grande
Templo de Aton com senebs (tratamentos medicinais e
complementares). Usavam a energia solar, hidroterapia, seichim (reiki egípcio),
fitoterapia, óleo sagrado e procedimentos espirituais e naturais. Nos
templos atonistas os animais eram trazidos nos altares para
serem tratados, curados, abençoados e jamais sacrificados. Um registro em
pedra mostra Akhenaton tristonho curando um pato que foi ferido por um
crocodilo no rio Nilo, ele usou os raios de aton para curar o ferimento da ave.
O Grande Templo de Aton, que tinha uma área
de cerca de 760m x 290m, não tinha teto na área dos cultos,
para que a energia solar regenerativa,
purificadora e curativa iluminasse a todos os
presentes aos cultos diurnos.
O projeto religioso de Akhenaton previu
a construção de três centros
atonistas, numa área triangular que seriam
iluminadas pelos raios cósmicos ao
mesmo tempo. O pensamento
cosmogônico e religioso atonista
é trino, visto que o único Deus
se apresenta para o atonismo
formado por três
campos de energias infinitos.
Até o oitavo ano do governo de Akhenaton o atonismo
apresentou uma fase protomonoteísta, uma preparação para o monoteísmo
estrito. Neste período Akhenaton viajou pelo Egito
promovendo palestras sobre o monoteísmo atonista, revelando o Deus
único bom e presente nos raios cósmicos trazendo a vida (ankh),
revertendo o mal gerado pelos
diversos cultos politeístas milenares que objetivavam aumentar as
riquezas de seus sacerdotes, através da pregação pelo medo ao
“Tribunal de Osíres” e que mantinham o povo egípcio na miséria e
pobreza espiritual devido à forte influência dos amonistas. Akhenaton ensina
aos seus iniciados que o sol (Aton) é uma partícula do khat (corpo
físico) do único Deus mais próxima de nós, por onde Deus envia a
sua luz cósmica, sendo o meio vital por onde ocorrem as suas providências.
A partir do 9º ano de seu reinado, conclui-se a
consolidação do atonismo como religião oficial do Antigo Egito fundamentada em
um monoteísmo rigorosamente estrito, ética e universal, Akhenaton revelou que
único Deus se apresenta pela união de todas as luzes cósmicas (energia akh) que
formam todas as coisas e que estão presentes nos três infinitos campos
divinos. Neste ano, já residindo na cidade atonista de
Akhetaton, Akhenaton fez um decreto de extinção aos cultos dos antigos deuses
egípcios e ordenou a desfiguração de todos os templos desses deuses.
Akhenaton deixou de usar a dupla coroa egípcia
branca com vermelho (Pschent) e passa a usar
a coroa azul (khepresh, coroa de guerra)
para iniciar sua revolução religiosa no
combate ao panteão de deuses do Antigo Egito, estabelecendo
o monoteísmo estrito, ético e universal
que revela o único Deus
na essência da luz cósmica akh. A revolução religiosa
atonista teve seu centro de decisões
em Akhetaton, de onde Akhenaton dava ordens para combater
os templos zoomórficos e antropomórficos dos falsos deuses, contudo sem
derramar uma gota de sangue.
Akhenaton enfrentou energicamente os templos de
Amon (em egípcio imn, escondido) que era a maior e mais poderosa do
panteão de deuses egípcios. A religião amonista era formada por uma trindade de
deuses (Amon, Mut e Khonsu), a imagem principal de Amon era guardada numa
câmara escondida. Somente os seus sacerdotes amonistas podiam cultuá-la.
Os sacerdotes amonistas podiam acumular fortunas através de ofertas
oferecidas em seus templos. As diversas religiões politeístas imploravam em
seus cultos o ouro dos presentes prometendo ajudas desses deuses, além de
algumas enveredarem em trabalhos de feitiçaria com
fórmulas pagas e com sacrifício de animais.
Inúmeras cartelas do panteão dos deuses egípcios
foram raspadas dos seus templos, fatos que descaracterizaram o
atonismo como uma crença henoteísta. Akhenaton observou que o povo
egípcio, antes da grande revolução atonista, estava condicionado a adorar os
"deuses" de pedra e que não estavam ainda preparados para amar
um Deus invisível, verdadeiro e bom. Akhenaton usou a representação
do disco solar (aton) como um símbolo e canal, por onde a "luz divina”
é intensamente emanada, sendo que a luz que vinha de aton é
uma pequena parte da energia que forma o único Deus é
que atinge
indistintamente todos os homens
em todos os lugares do mundo, trazendo a vida
e a sua manutenção. Este ano da revolução atonista se caracterizou por um
período de profunda maturação. Akhenaton revela o monoteísmo estrito, sem o
dualismo de personagens do bem e do mal, mostrando que o Deus único age sobre a
Terra pela força da luz cósmica (energia universal).
No 12º ano de seu
reinado ocorre a separação de Akhenaton e Nefertiti. A
divulgação do monoteísmo atonista nas diversas cidades egípcias e no Crescente
Fértil, bem como a as construções destinadas ao atonismo tomaram bastante
tempo de Akhenaton. Akhenaton resolveu delegar os assuntos
políticos e magistrais para a sua esposa Nefertiti e
para seu conselheiro e escriba real chamado Ay. Nefertiti não apresentava a
mesma evolução espiritual de Akhenaton, ela governou a sua maneira
ou influenciada por Ay, agindo várias vezes de forma
contraria aos princípios pacíficos e benéficos do atonistas e as
orientações de Akhenaton, fatos que desagradaram o bondoso faraó,
motivando a separação do casal.
Conforme registros akáshicos, no anoitecer
do dia 23/11/1336 a.C após concluir sua missão, Akhenaton faleceu
vítima de uma conspiração amonista na cidade de Akhetaton. O corpo
de Akhenaton foi escondido sem mumificação, o que favoreceu o seu esquecimento
por milênios. Ao ser indagado pelos sacerdotes de Heliópolis o general
Paatonemheb falou que viu “Akhenaton subindo ao céu e unindo-se a Aton".
Os sacerdotes heliopolitanos, não acreditaram, eles sabiam que Akhenaton havia
morrido e exigiram o seu corpo a Paatonemheb. A resposta de paatonemheb
veio reafirmativa: “Akhenaton ascendeu para Aton”. A força religiosa do
templo de Iunu interferiu garantindo um acordo em que Semenkhkare (co-regente
de Akhenaton) permaneceria como faraó até que o filho de Akhenaton, o
pequeno Tutankhaton, estivesse pronto para ser o novo faraó do
Egito. Contudo após dois anos Semenkhkare morre misteriosamente envenenado.
Tutankhaton assume o trono com seu nome modificado para Tutankhamon e sob a
pressão, o seu primeiro feito foi anular o decreto de Akhenaton que proibia os
cultos aos diversos deuses do antigo Egito.
Akhenaton não foi um faraó omisso
aos problemas políticos do Egito, como alguns egiptólogos escreveram. No
governo de Akhenaton o Egito se estendia a quase todo o Crescente Fértil e se
desmembrou por causa das revoltas racionalmente não contidas por
Akhenaton, porque ele jamais aceitou a subjugação de um povo por outro.
Akhenaton foi educado para ser um sacerdote. Estudos históricos demonstram que
Akhenaton não foi o responsável pelo colapso da
economia egípcia de sua época, uma vez que grande parte
do ouro e riquezas egípcias já se concentravam
nas mãos dos sacerdotes de Amon e os
impostos devidos não eram pagos aos cofres públicos,
fato que originou tempos difíceis para as cidades do Egito, exceto para
Akhetaton. Ao tempo do reinado de Akhenaton a riqueza
que estava sob seu poder foi investida na
construção de Akhetaton e em políticas sociais. Akhenaton
desenvolveu tecnologia de engenharia obedecendo a normas de
ergonomia para o trabalhador na construção da “cidade celestial” de Akhetaton,
libertou os escravos de guerra e ofereceu-lhes um trabalho
remunerado na construção da nova capital do Egito. O Estado egípcio, conforme a
filosofia atonista, passou a investir em todas as
classes da população, canalizou verbas para tratar doentes,
amparou os idosos abandonados, erradicou a mendicância e amparou as
crianças órfãs e maltratadas nos trabalhos infantis.
O atonismo obteve repercussão no campo religioso,
artístico, filosófico, científico e político. Muitos
documentos originais atonistas ficaram arquivados na antiga biblioteca
egípcia de Alexandria. Por ocasião do incêndio em 47 a.C., estes
documentos foram destruídos na época da rainha egípcia Cleópatra VII,
juntamente com mais de 700.000 papiros e pergaminhos,
dentre estes, escritos de Heródoto e alguns
originais do Velho Testamento bíblico. Registros akáshicos
atonistas foram arquivados por hamemets.
O general Paatonemheb, pretendia apagar a
memória de Akhenaton e divinizar-se como faraó. Os nobres egípcios lembravam
com orgulho as suas conquistas territoriais no passado e recordavam também o
deus Amon (deus de Tebas). Paatonemheb tinha pressa em se tornar faraó e
após alguns anos ordenou secretamente a morte do jovem faraó Tutankhamon,
tramando a sua morte em uma queda de cavalo. Para surpresa, a morte
prematura de Tutankhamon traz o inesperado, Ay (conselheiro de Tutankhamon) se
casa com Ankhsenamon (viúva de Tutankhamon) e assume o trono como
faraó. Em idade avançada e convivendo com um Egito em uma grave crise
econômica e social, ele não resiste às pressões políticas e religiosas e
falece sem deixar herdeiros.
Os poderosos amonistas, osiristas, ptahristas e
Khnumeristas religiosamente reestruturados aliam-se com os nobres do antigo
Egito e empossam Paatonemheb como o novo faraó do Egito. Paatonemheb
recebe o nome faraônico de Horemheb (Horus está jubiloso). Ele assume o trono
que há muito tempo esperava e começa seu governo demolindo a “cidade
celestial” de Akhetaton, destruindo cartelas e documentos
públicos de Akhenaton e perseguindo os atonistas. A sua maneira
tentou apagar o nome, o reinado de Akhenaton e o atonismo da história egípcia,
contudo a história de Akhenaton estava documentada em
correspondências internacionais da época, estelas e por arquivos
espiritualistas. A História de Akhenaton é a mais bem
documentada história de um faraó.
A existência do faraó Akhenaton e do atonismo têm
bases em provas materiais. Existem escritos em registros arqueológicos que
foram analisados e investigados através dos métodos científicos
e em consonância com o tempo histórico, dessa forma
eles jamais podem ser considerados como lendas, diferente
de alguns personagens religiosos. Os restos mortais de Akhenaton
se encontram preservados no atual Egito e constituem uma prova
material desse homem que revolucionou a religião do seu tempo. Humildemente ele
assumiu a responsabilidade de ser o canal
intermediário do conhecimento atonista emanado do único
Deus para a humanidade, por
isso vemos nos diversos registros arqueológicos os raios solares
caindo sobre ele, bem como sobre sua família.
Para o atonismo a família educada e espiritualizada é a base para a construção
de uma sociedade pacífica e solidária.
Akhenaton se considerava um filho de Deus,
nunca se intitulou como um deus, diferente dos outros faraós:
“Você
está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura
Uaenra…”
(Grande
hino a aton, escrito e oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da
inauguração da cidade de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de
ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito).A MISSÃO DE AKHENATON
Vários egiptólogos conseguiram entender
a grandiosidade do projeto espiritual que Akhenaton
revelara, outros estudiosos o interpretaram como um herege e louco. Como
poderia um homem louco organizar uma religião racional, planejar e
construir uma cidade moderna onde seus habitantes viviam dentro de
padrões civilizados na antiguidade? Indubitavelmente, Akhenaton é o primeiro
humanista, pacificador e intelectual da humanidade, sua vida foi
amplamente registrada através das escritas cuneiforme e hieroglífica na
história universal.
O egiptólogo, arqueólogo e historiador James Henry
Breasted, Foi o primeiro norte americano a concluir o doutorado em
egiptologia. Admirado por todos os egiptólogos da época, Breasted mostrou a sua
profunda admiração por Akhenaton quando ele relatou que Akhenaton era “um homem
impregnado de divindade” e seu espírito emanava uma aptidão e uma capacidade
excepcional para receber as manifestações divinas.
O famoso egiptólogo e jornalista inglês Arthur
Weigall que ficou famoso por cobrir jornalisticamente a abertura do túmulo
do faraó Tutankhamon, sendo autor de várias obras que retratam o Egito antigo,
considerou Akhenaton como um faraó espiritualista pelo qual Deus se revelou com
profundo amor e bondade, livre de intolerâncias e de paixões terrenas.
O doutor em egiptologia Christian Jacq que recebeu
prêmios da academia francesa com a obra: O Egito dos Grandes Faraós,
mostrou-se admirado pelo homem intelectual que foi Akhenaton
quando afirmou: “AKHENATON FOI UM GÊNIO DA HUMANIDADE”.
Alguns pesquisadores chegaram
a levantar a hipótese que
Akhenaton sofria da Síndrome de Marfan, entretanto eles não perceberam
que as grandes imagens de pedra que mostram o formato alongado das extremidades
de seu corpo, os quadris largos, barriga saliente e lábios grossos desse
faraó correspondem a um estilo da arte armaniana. Akhenaton é um
hamemet (ser iluminado) em missão, ele não tinha carma (dívidas espirituais)
e sua árvore genealógica não apresentava parentes antecessores com a Síndrome
de Marfan. Os outros crânios alongados expressos pela arte amarniana eram tão
somente um estilo escultural próprio desse período artístico. Com a descoberta
do corpo não mumificado de Akhenaton e após dois anos de exames de DNA e
tomografias realizados nele e nas múmias de seus familiares constatou-se que
Akhenaton não era portador da Sindrome de Marfan e apresentava um
corpo masculino normal. A hipótese levantada da cegueira do faraó Akhenaton
não foi comprovada, visto que Akhenaton foi um sacerdote e todo sacerdote
egípco precisava saber ler e escrever, além desse fato, ele construiu a
primeira cidade projetada do mundo e implantou o monoteísmo através da
revolução religiosa atonista e soube ver a beldade da mulher mais linda do
mundo antigo chamada Nefertiti (a bela que chegou) escolhendo-a como esposa.
A
RELIGIÃO DE AKHENATON

O atonismo fundamenta sua doutrina sobre uma base
religiosa, filosófica, científica, artística e ambientalista que
ensina a existência do único Deus, combatendo a idéia dos “deuses” imaginários
e vingativos com características antropomórficas e zoomórficas.
O atonismo, conhecida como 'religião da luz" não considera aton
(sol) um deus, os seus raios são
uma manifestação divina, contudo aton (disco solar) é uma partícula
de Deus, por onde Ele manifesta seu poder, amor
e sabedoria para a Terra e no
nosso sistema solar. Conforme o Papiro Neter em seu cap.
I: 63-77 descreve-se a relação de aton (sol) com a humanidade:
63.
A luz de aton é um elo da nossa relação familiar.
64. Aton
é como vós: nasce, vive, morre e renasce.
65. O que
se acha a vossa volta foi gerado a partir da minha luz akh. Buscareis o sentido
da existência de todas as coisas e vereis que elas são meios para
vos influenciar as vossas iluminações.
66. Eu
opero através de aton gerando e mantendo a vida em
Ta para vos ensinar o amor, o
saber e o valor do bem sem a cobrança pelo medo.
67. Eu
opero através de aton gerando a luz para vos
dar a visão, a segurança, o lazer, a força, a
saúde e o conforto.
68. Eu
opero através de aton gerando o calor para vos livrar do frio.
69. Eu
opero através de aton fazendo o vento para vos refrescar.
70. Eu
opero através de aton formando as chuvas para que vós tenhais
água para asseio,
cozer, beber e regar as plantas.
71. Eu
opero através de aton originando as nascentes dos
rios, mantendo os mares para
vos dar a navegação, a comunicação, o trabalho e o sustento.
72.
Eu opero através de aton fazendo o
dia e a noite para que vós possais organizar os vossos labores e
descansos.
73. Eu
opero através de aton fornecendo a orientação do
nascente, assim vós não ficareis perdidos na terra ou na água.
74. Eu
opero através de aton vivificando
as plantas para vos dar a comida, a
sombra, a vestimenta, os calçados, a escrita, o
trabalho, a cura e o bem-estar.
75. Eu
opero através de aton trazendo os raios no amanhecer para vos manter sadios.
76. Eu
opero através de aton purificando o vento para as vossas saudáveis respirações.
77. Aton
emana a minha força geradora, utilizeis essa dádiva.
O atonismo é uma revelação divina que ensina
ao homem a viver o bem, a paz planetária, o amor fraterno, a justiça
misericordiosa, a solidariedade universal, a verdade, a arte benfazeja, a
conservação e o respeito à natureza objetivando a evolução
espiritual de todos que acreditam na força do amor do único Deus.
A teologia atonista revela o Deus único como o Ser
de energia luminosa, constituído por uma inteligência benéfica, suprema,
dinâmica, harmônica, justa, infinda, espiritual, sutil, poderosa e
geradora de tudo. Deus a tudo interliga, penetra e conhece. A energia
divina vivifica, ilumina, influencia e age na Terra e nos
universos com seus raios cósmicos e partículas provenientes do seu campo
quântico, sendo aton (disco solar) o principal centro da Providencia Divina
para a Terra devido a sua proximidade.
A evolução da religiosidade humana se desenvolve
por etapas de maturação intelectual, moral e espiritual. A humanidade primitiva
vivia em um mundo muito hostil. Neste período, as doenças, a fome, a
estiagem, o frio, a morte, as lutas entre tribos, os animais perigosos, as
erupções vulcânicas, as descargas elétricas acompanhadas de trovões, deixavam o
homem frágil, temeroso e desprotegido. O politeísmo com seus “deuses poderosos”
surgiu necessariamente como uma forma de proteção psíquica, reduzindo o temor
das ameaças de um planeta que foi gerado para ser uma escola
de aprendizagens.
O atonismo é uma religião ligada
ao conhecimento espiritual racional e direcionada para o
desenvolvimento do amor puro e fraternal. O Deus Único apresenta em seus
atributos os princípios do amor, da verdade, da geração, da razão e
da bondade. O reinado de Akhenaton criou e divulgou a chamada atualmente
"arte amarniana", que se caracterizou pela arte inspirada na
representação da natureza e pela divulgação da cultura egípcia não politeísta.
Neste período foi destacada a importância de todos os seguimentos artísticos e
da boa convivência familiar, através da importância da educação infantil
e da valorização dos idosos
O atonismo apresenta a natureza do único Deus,
respondendo claramente as quatro grandes perguntas que fazem filósofos,
religiosos, cientistas e ateus: O que somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Qual o objetivo de nossas vidas? Neste ano de seu governo religioso a
Akhenaton ensina aos seus adeptos que o sol (Aton), é uma partícula
do khat (corpo físico) do único Deus mais próxima de nós. Por onde Deus
envia potencialmente a sua luz cósmica que é o meio vital por onde
ocorrem as suas providências. O nono ano do governo de Akhenaton apresenta a
consolidação do atonismo como uma religião rigorosamente monoteísta, ética e
universal, Akhenaton revelou que único Deus é a Luz Akh (energia divina
cósmica) que forma todas as coisas e que existe nos três infinitos campos
divinos: Pt, Duat e Ta.
Akhenaton usou a representação didática
do sol (aton) como um símbolo da "luz divina” que mais se
aproximava da energia brilhante de Deus e
que atingia indistintamente a todos os homens
em todos os lugares do mundo, trazendo a vida
e a sua manutenção, enquanto a humanidade evoluía
suas mentes pueris para o entendimento profundo da
intimidade e da unicidade divina.
Akhenaton jamais ensinou dentro dos mistérios
esotéricos (conhecimento fechado) que o sol era o Deus único delimitado ao
disco solar. Ele revelou que o sol (partícula divina) não
era um deus, mas um foco por onde a luz de Deus é emanada com maior
intensidade para a Terra. Ele apresentou inicialmente e necessariamente ao povo
egípcio, que ainda estavam presos as ideias de deuses palpáveis e delimitados
em imagens de pedra, a ideia introdutória que Deus era visível na luz solar e
que vinha e se manifestava através dos raios do sol atingindo o nosso
mundo trazendo a vida (ankh). Assim, simbolicamente apresentou exotericamente
(aberto ao povo) o Deus único para os antigos egípcios através de um ideograma,
ao nível da capacidade de compreensão do senso comum dos antigos egípcios. O
ideograma mostrava aton (disco solar) como um portal celeste que irradiava os
seus raios (energia de Deus) e que terminavam simbolicamente em mãos que
entregavam cruzes ankh (vida em egípcio).
O atonismo não pode
ser considerado como um henoteísmo, visto que Akhenaton enquanto chefe de
governo revelou o único Deus e proibiu no 9º ano de seu governo os cultos a
todos os outros “deuses” no antigo Egito, decretando o fechamento dos templos
dessas divindades e destituindo os cargos de seus sacerdotes, através de uma
revolução religiosa sem precedentes na história do antigo Egito no
combate ao politeísmo.
O atonismo não é
uma doutrina panteísta visto que para o panteísmo deus é tão somente o universo, contudo o atonismo
ensina que Deus é tudo no todo infinito, sendo que o Akh divino ( essência espiritual
divina) é separado dos seus três infinitos campos de energia que o constituem. O
atonismo ensina que ao concluírmos a nossa evolução espiritual (iluminação) seremos
espíritos livres e não seremos absorvidos pela a essência de Deus como prega o panteísmo.
Somos espíritos gerados pelo único Deus e voltaremos ao seu mundo para juntos com
Ele sermos trabalhadores nos seus propósitos.
O Atonismo é a primeira religião ecológica da
humanidade, é uma “religião verde” por objetivar o respeito, o equilíbrio
ecológico e a conservação do meio ambiente como
forma de respeitar e cuidar do khat divino (corpo
físico de Deus) que é o Todo material. Aton (sol) é considerado pelos
seguidores de Akhenaton como uma importante partícula do único
Deus, sendo um canal da energia divina que mantém a vida na Terra, por
isso os seus seguidores são chamados de atonistas.
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