segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

01. O ATONISMO


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  O ATONISMO: A RELIGIÃO DA LUZ

                                          “Deus único, afora de Tu nenhum outro existe”.
                                                                      (Extraído do Grande  Hino a Aton)









A doutrina religiosa atonista fundamenta a existência do Deus único que orienta a humanidade para o processo da iluminação espiritual. O atonismo é a primeira manifestação monoteísta documentada em linguagem escrita, por material arqueológico, sendo adotada como a religião oficial no antigo Egito enquanto uma nação politicamente organizada no governo do faraó Akhenaton, portanto é considerada como a primeira religião monoteísta pela história universal através de documentos, fatos históricos e pesquisas realizadas através de métodos científicos e dentro de um período cronológico histórico. O atonismo não pode ser considerado como henoteísmo, visto que Akhenaton enquanto chefe de governo revelou o único Deus e proibiu os cultos a todos os outros “deuses” no antigo Egito, decretando, no nono ano do seu governo, o fechamento dos templos dessas divindades e destituindo os cargos de seus sacerdotes, através de uma revolução religiosa  sem precedentes na história do antigo Egito no combate ao politeísmo. Akhenaton não se apresentou como um deus, mas como o supremo sacerdote atonista que quebrou normas, paradigmas e costumes faraônicos, mostrando sua humildade, respeito e submissão filial ao único Deus. O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade, é a “religião verde” por objetivar o respeito, o equilíbrio ecológico e a conservação  do  meio  ambiente como  forma  de  respeitar e cuidar  do  khat divino (corpo físico de Deus) que é o Todo material. Os conhecimentos religiosos atonistas envolvem registros  históricos, arqueológicos e esotéricos com  mais de 3.300 anos antes do presente. Aton (sol) é considerado pelos seguidores de Akhenaton como  o mais importante  canal da energia divina  que mantém  a vida na Terra, por isso os seus seguidores  são chamados  de  atonistas, contudo aton é apenas uma entre as infinitas  partículas  que constitui o khat de Deus.

   



THE ATENISM

The atenist religious doctrine is based on the existence of the unique God to guide the humanity to the spiritual enlightenment process. The atenism is the first monotheist manifestation documented in written language, by archaeological material, being adopted as the official religion in the ancient Egypt as a politically organized nation in the government of Pharaoh Akhenaten, therefore it is considered as the first monotheistic religion by universal history through documents, historical facts and research conducted using scientific methods and within a historical chronological period. The atenism can not be considered as henotheism,  Akhenaten as head of government revealed the unique God and prohibited services to all other "gods" in the ancient Egypt, ruling in the ninth year of his government the closing of the temples of these deities and dismissing the priests of these services, through an unprecedented religious revolution in the history of the ancient Egypt in the fight against polytheism. Akhenaten did not considered himself as a god, but as the atenist supreme priest who broke rules, paradigms and Pharaonic customs, showing his humbleness, respect and filial submission to the unique God. The Atenism is the first ecological religion of humanity, is the "green religion" by objectify respect, ecological balance and environmental conservation as a way to respect and take care of the divine khat (physical body of God) which is the All material. The atenist religious knowledge involves historical, archaeological and esoteric records with more than 3,300 years before present. Aten (sun) is considered by Akhenaten's followers as the most important channel of divine energy that sustains life on Earth, so his followers are called atenists, however aten is just one of the infinite particles constituting the khat of God.


 
 



A evolução da religiosidade humana se desenvolve por etapas de maturação intelectual, moral e espiritual. A partir do momento em que o homem sentiu a necessidade de buscar a Deus, ele começou a entendê-lo na sua  essência.
A humanidade primitiva vivia em um  mundo muito hostil. Neste período, as doenças, a fome, a estiagem, o frio, a morte, as lutas entre tribos, os animais perigosos, as erupções vulcânicas, as descargas elétricas acompanhadas de trovões, deixavam o homem frágil, temeroso e desprotegido. O politeísmo com seus “deuses poderosos” surgiu necessariamente como uma forma de proteção psíquica, reduzindo o temor das ameaças de um planeta que foi gerado para  ser  uma  escola de aprendizagens. Esses “deuses” se confundiam  com os  fenômenos  da natureza ou com animais indomáveis pelo homem. Com a  evolução do  pensamento  religioso,  os  homens na antiguidade praticaram o politeísmo sacerdotal e criaram templos e muitos  deuses, alguns delimitados as imagens  de  pedra, um  para  cada  necessidade humana. Surgiram  deuses  zoomórficos  e  antropomórficos. Eles  se  disseminaram nas  primeiras  grandes civilizações  da  humanidade:  egípcia, suméria, indiana e chinesa.
A fase inicial politeísta no mundo antigo surgiu por uma necessidade de criar deuses poderosos e vigilantes,  inspirando os homens a criarem leis humanas repressivas. Esses códigos poderiam embasar e facilitar a boa convivência dentro de grupos  humanos, embora  usando e alimentando leis  vingativas. Essas leis primitivas controlavam o comportamento humano em células sociais. Estas conviviam e precisavam de leis rígidas ou “soluções mágicas” para seus destinos e desventuras. O Código de Hamurábi (1.750 a.C.) e as Confissões a Maat (2.680 a.C) foram  exemplos  de leis primárias, bases para a criação de novas leis humanas. Nessas normas, observava-se a vontade de um grupo e  a justiça arbitrária controlando e punindo através do medo os comportamentos e crimes sociais, construindo sociedades unidas pelos ideais de obediência e temor.
Em quase toda a sua historia, o antigo Egito adotou um sistema religioso politeísta, com muitos deuses, em cidades politeístas em que seus habitantes cultuavam vários deuses antropomórficos e zoomórficos, embora  cada  cidade  tivesse seu deus protetor, seus habitantes cultuavam livremente o panteão de  deuses do Kemet (Egito), escolhendo uma divindade para cada situação.
Conforme o plano de  maturação espiritual designado por  Deus para  a    humanidade na antiguidade houve um período de  exceção, quando o faraó Akhenaton revelou  o Atonismo há mais  de três milênios.
O monoteísmo estrito iniciado pelo atonismo foi  a  base  para  a origem de três    importantes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
 A teologia atonista revela o Deus único como o Ser de luz constituído por  uma inteligência de energia única, suprema, dinâmica, harmônica, justa, benéfica, infinita,  espiritual, sutil, poderosa e  geradora de tudo.
Deus a tudo interliga, penetra e conhece.  A energia divina   vivifica,  ilumina, influencia e age na Terra e nos universos com seus raios cósmicos e partículas provenientes dos seus campos energéticos, sendo Aton (disco solar) o principal centro da Providencia Divina para a Terra devido a sua proximidade.
Durante a 3ª dinastia egípcia, no reinado do  faraó Djoser (2.630 a. C.),  o seu  arquiteto e sacerdote Imhotep, realizou os grandes cultos solares e construiu a primeira pirâmide. Imhotep projetou a pirâmide quadrangular como uma construção solar e funerária, que simboliza os raios solares que chegam a Terra e que  se expandem  nas quatro direções através de faces triangulares. Os lados triangulares geravam o equilíbrio que, na visão osiríaca, conservaria a múmia do faraó que estava sepultado em uma câmara secreta  da pirâmide. 

Alguns papiros sobre as religiões que iniciaram o culto solar primitivo foram preservados e aparecem ao  tempo  do  faraó Sesostris I (1971 / 1926 a.C), nos escritos  sobre a história de Sinué:
“No sétimo dia do terceiro  mês da estação das inundações, no ano 30, o rei   Amenemhat I subiu ao  seu horizonte, unindo-se ao disco solar”  (História de Sinué- 1971 a.C.).

Os textos das pirâmides egípcias, conforme a arqueologia, são os mais  antigos escritos religiosos do mundo. Constituem-se  por um  conjunto de 2.291 parágrafos que descrevem uma antiga religião solar há aproximadamente 4.700 anos. Alguns termos linguísticos desses textos foram reapresentados em neoegípcio pela teologia  atonista.
O atonismo é  uma revelação divina que ensina o homem a viver o bem,  a paz,  o vegetarianismo livre, o amor fraterno, a justiça, a solidariedade, a verdade, a arte, a conservação e  o respeito à natureza objetivando a ascensão espiritual (iluminação).
O  faraó  Akhenaton pertenceu a  18ª  dinastia do antigo  Egito. Akhenaton teve sua encarnação orientada pelo Akh divino (espírito de Deus) para trazer ao mundo  os ensinamentos atonistas dentro do princípio da unicidade divina. Segundo registros akáshicos, ele nasceu precisamente em 01.01.1377 a.C, ao amanhecer no  palácio  de  Malkata, na cidade egípcia de Waset (Tebas).
A revelação da religião atonista é um marco na História Universal. Akhenaton assume  o  trono  numa co-regência  com  seu pai, o faraó Amenhotep III, conforme registro akáshico  em 02.01.1353 a. C.
Os pais de  Akhenaton almejavam a revolução atonista. O grande  sinal  para o início do atonismo  foi quando   Amenhotep III construiu um lago  perto do palácio de Malkata para a sua esposa Tiy e neste lago entregou-lhe um presente, era uma magnífica barca  dourada. Essa barca real foi  denominada  por  eles como “Tehen Itn” que significava  “Esplendor de Aton”.  O cerimonial de inauguração do lago foi dirigido por Akhenaton e o zarpar da barca real marcaram simbolicamente a apresentação do atonismo para a população egípcia. 
 A religião atonista revela o Deus único e foi representado a princípio dentro dos mistérios seshetas pelos raios (energia cósmica vital) do disco solar.  A revolução atonista foi necessária para o Egito que se encontrava corrompido por tantos deuses mitológicos e sacerdotes que disputavam seus fieis e riquezas,  causando inquietações e desordem social.         
A  religião amonista (deus  Amon), antagônica ao atonismo,   buscava manter suas lucrativas minas  de  ouro na Núbia e seus sacerdotes não pagavam os  devidos impostos aos  cofres  públicos egípcios. Estes impostos  deveriam ser repassados a tesouraria real, fato que garantiria  uma melhor condição de vida da população egípcia.
Akhenaton não era o sucessor direto ao trono do Egito. Desde o seu nascimento tinha-se por certo que o seu irmão Tutmósis sucederia o seu pai Amenhotep III. Antes  de iniciar seus estudos em Heliópolis, Akhenaton teve a sua  educação infantil orientada pelo  conselheiro do  seu pai, Amenhotep, filho de Hapu.  Quando foi residir em Heliópolis, Akhenaton teve a sua formação direcionada  para o sacerdócio.  Sua formação se deu no Grande Templo de Heliópolis onde começou a  estudar nos últimos anos da sua infância, chegando a concluir os  seus  estudos recebendo o grau de sacerdote de Ra-Horakhty, isso ocorreu no quarto ano da sua co-regência com seu pai. Como honra a sua formação sacerdotal, Akhenaton foi representado pelo símbolo solar da esfinge no Templo de Iunu (Heliópolis) numa forma de unir a doutrina heliopolitana do "deus Ra" com as ideias  atonistas  que já eram comentadas por Akhenaton dentro do Templo de Iunu (Heliópolis). Essas imagens de esfinges foram rejeitadas por Akhenaton e sem o seu conhecimento algumas foram preservadas por interesse do seu conselheiro Ay. Neste mesmo ano, Akhenaton desvinculou-se do Templo de Heliópolis por não concordar com a primitiva doutrina solar que cultuava o imaginário deus Ra-Horakhty tendo em vista a nova e avançada revelação atonista que ele recebeu diretamente do único Deus para iniciar a sua missão religiosa.
No quinto ano do seu reinado,  o jovem faraó muda seu nome Amenhotep  IV, herdado de sua dinastia  tebana, nome que significa “Amon está satisfeito”   para Akhenaton  o   que   significa   "espírito para Aton". Neste período Akhenaton  inicia as suas palestras pelo Egito sobre o monoteísmo.
No sexto ano do seu reinado, Akhenaton decide sair de Tebas (antiga capital do Egito) para fundar   uma  nova cidade dedicada ao Atonismo que ainda não tinha um   local de culto próprio. O local escolhido situa-se entre Mênfis  e  Tebas,   na   margem   direita   do Nilo   e   recebeu o   nome  de Akhetaton (o horizonte de Aton). A cidade foi ocupada aproximadamente em quatro anos, tornando-se a nova Capital do Egito. Parte da população era  proveniente de Tebas, sendo composta por intelectuais,  nobres, agricultores, militares, escribas, artífices e o povo que cultuava o Deus único. Estes acompanharam  o   rei   no seu  projeto político e espiritual. A cidade foi um modelo de “cidade  celestial”  governada dentro de um sistema de governo teocrático visando uma  sociedade humana e pacífica, conforme os ensinamentos atonista, para que as civilizações do mundo antigo pudessem visitá-la e repensarem os valores do bem e da paz numa sociedade fraterna, civilizada e sem guerras. A cidade de Akhetaton foi a primeira cidade planejada da humanidade, onde se governava numa teocracia, conforme os princípios da vontade do Deus único (justiça, ordem, espiritualidade, verdade, solidariedade e amor) através do faraó Akhenaton. Hoje essa cidade se encontra em ruínas e está na localidade egípcia de  Tell El Amarna.
Pesquisas arqueológicas mostram que a cidade de Akhetaton teve  no princípio, uma população aproximada de vinte mil habitantes. As ruínas de Akhetaton mostram o urbanismo da cidade, caracterizada por grandes avenidas, palácios, residências e pelo Grande  Templo de Aton.
A cidade de Akhetaton foi  construída  em  tempo  recorde de aproximadamente quatro anos. Seus  pedreiros, escultores  e  ajudantes  foram os  mais  bem  pagos, motivados, bem cuidados e assistidos de  toda a  história egípcia, o que consumiu muito dos cofres egípcios. Os  engenheiros  de  Akhenaton preocupados com a saúde  ergonômica (postural) dos trabalhadores da construção civil inventaram o talatat (pedra de três palmos), o primeiro material pré-fabricado para erguer  construções e que podiam ser facilmente transportados por  um homem mediano sem comprometer sua estrutura óssea e muscular. Com o talatat se construía uma cidade em menor tempo. Em Akhetaton todos eram tratados pelo principio da igualdade, não  havia escravos, mendigos, crianças e velhos desamparados. Os  doentes  eram  tratados no Grande  Templo  de  Aton com  senebs (tratamentos medicinais e complementares). Usavam a energia solar, hidroterapia, reiki egípcio, fitoterapia, óleo sagrado e procedimentos  espirituais e naturais. Nos templos atonistas os  animais  eram  trazidos nos altares para serem tratados, curados, abençoados e jamais  sacrificados. Um registro em pedra mostra Akhenaton tristonho curando um pato que foi ferido por um crocodilo no rio Nilo, ele usou os raios de aton para curar o ferimento da ave.
O Grande  Templo de Aton, que tinha uma área de cerca de 760m x 290m, não tinha teto na área dos  cultos,  para    que   a energia solar regenerativa, purificadora e curativa  iluminasse  a  todos  os  presentes aos cultos diurnos.
Os impostos arrecadados no governo atonista foram empregados em todas as  cidades e extensões  do  kemet (Egito).
Durante  os oito primeiros  anos  de  seu  reinado,  Akhenaton   viajou pelo Egito promovendo palestras  sobre o monoteísmo atonista, revelando o Deus  único bom e presente nos raios cósmicos que vinham do céu trazendo a vida (ankh),  revertendo   o   mal   gerado pelos   diversos   cultos politeístas milenares que objetivavam aumentar as riquezas de  seus sacerdotes, através da  pregação pelo medo ao “Tribunal de Osíres” e que mantinham o povo  egípcio na  miséria e pobreza espiritual devido a forte influência dos amonistas.
Akhenaton ensina aos seus iniciados que o sol (Aton), é uma  partícula  do khat do único Deus mais próxima  de nós. Por onde Deus envia a  sua luz cósmica que é o meio vital por onde ocorrem as suas providencias.
O atonismo tornou-se a religião oficial e única do Estado egípcio no governo de Akhenaton, aproximadamente um século antes do  nascimento de Moisés, que segundo  estudos bíblicos,  viveu ao tempo da transição entre  os  faraós  Seti I  e o seu filho Ramsés II, este período é comprovado pelo registro no Velho Testamento bíblico das construções das  cidades  celeiros de Pitom e Ramsés.  .
Akhenaton enfrentou energicamente os templos de Amon (em egípcio imn, escondido).  A religião amonista era formada por uma trindade de deuses (Amon, Mut e Khonsu), a imagem principal de Amon era guardada numa câmara escondida. Somente os  seus sacerdotes amonistas podiam cultuá-la. Esses sacerdotes  podiam  acumular fortunas através de ofertas oferecidas pelos fiéis amonistas. As diversas religiões politeístas imploravam em seus cultos o ouro dos presentes prometendo ajudas desses deuses, além de algumas  enveredarem em  trabalhos  de  feitiçaria com fórmulas pagas e com  sacrifício de animais.
A imagem de  Amon quando representado em  forma zoomórfica era um carneiro com chifres  curvos e antropomórfica como um homem  de barbas,  usando na cabeça uma touca com duas longas plumas e com um cetro no formato de chicote.
O deus Amon, para grande parte dos antigos egípcios era o deus da vitória nas guerras do Egito, a principal foi contra os hicsos. Através das lutas armadas, os sacerdotes amonistas encorajavam os soldados  e ao  faraó a vencer as batalhas, embora de forma cruel, ceifando muitas vidas inocentes.  Nessa conjuntura de acontecimentos, Akhenaton resolveu  interceder.
No nono ano de seu  reinado, Akhenaton finalizou  todos os  cultos  politeístas em  todas as cidades do Antigo  Egito. A adoração às imagens públicas dos falsos deuses foi proibida, seus  templos fechados e o comércio religioso finalizado. Os sacerdotes e os cultos as divindades egípcias antropomórficas e zoomórficas que praticavam a magia  negra  e usavam sangue de animais sacrificados em  seus  rituais foram banidos e abandonados. Inúmeras cartelas do panteão dos deuses egípcios foram  raspadas dos seus templos, fatos que descaracterizaram o  atonismo como  uma crença henoteísta. Akhenaton observou que o povo egípcio, antes da grande revolução atonista, estava condicionado a adorar os "deuses" de pedra e que não estavam ainda preparados para amar um  Deus invisível, verdadeiro e bom. Akhenaton usou a representação natural do  sol (aton) como um símbolo da "luz divina” que mais se aproximava da energia brilhante de Deus e que  atingia  indistintamente  a  todos  os  homens em  todos  os  lugares do mundo, trazendo a vida e a sua manutenção, enquanto  a humanidade  evoluía suas  mentes  pueris para o entendimento profundo da intimidade e da unicidade divina.  Este ano da revolução atonista se caracterizou por um período de profunda maturação. Akhenaton revela o monoteísmo estrito e  ético para a humanidade, mostrando que o Deus único age sobre a Terra intensamente pela luz vital do portal solar (aton).
O Atonismo é uma religião ligada ao conhecimento espiritual racional e direcionada para o desenvolvimento do amor puro e fraternal. O Deus Único apresenta em seus atributos os  princípios do amor,  da verdade, da geração, da razão e da bondade.
O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade, é a “religião verde” que defende o equilíbrio ecológico e a conservação  do  meio  ambiente como uma forma  de  respeitar e cuidar  do  khat divino (corpo físico de Deus) que é o infinito campo físico formado pelos universos. O reinado de Akhenaton criou e divulgou a chamada atualmente "arte amarniana", que se caracterizou pela arte inspirada na natureza e pela divulgação da cultura egípcia não politeísta. Neste período foi destacada a importância de todos os seguimentos artísticos  e da boa  convivência familiar, através da importância da educação infantil e da valorização dos  idosos.
Akhenaton foi representado  em  estátuas colossais  não  como  um  deus,  mas  como um missionário enviado pelo único Deus. Ele  foi  um   homem  revelador do Deus único,   livre  de preconceitos   e  com  ideias avançadas, renovadoras  e  libertadoras. Diferente de outros faraós, jamais se colocou como um deus. Registro arqueológico  comprova que pela doutrina atonista, Akhenaton tratava o Deus único com parentesco filial: 

“Você está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra…”
(Grande hino a aton, escrito e oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da inauguração de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito).


        Alguns pesquisadores chegaram a levantar a hipótese que Akhenaton sofria da Síndrome de Marfan, entretanto eles  não perceberam que as grandes imagens de pedra que mostram o formato alongado das extremidades de seu corpo, os quadris largos, barriga saliente e lábios grossos  desse faraó  correspondem a um estilo da arte armaniana.  Akhenaton é um hamemet (ser iluminado) em missão, ele não tinha carma (dívidas espirituais)  e sua árvore genealógica não apresentava parentes antecessores com a Síndrome de Marfan. Os outros crânios alongados expressos pela arte amarniana eram tão somente um estilo escultural próprio desse período artístico. Com a descoberta do corpo não mumificado de Akhenaton e após dois anos de exames de DNA e tomografias realizados nele e nas múmias de seus familiares constatou-se que Akhenaton  não era portador da Sindrome de Marfan e apresentava  um corpo masculino normal. A hipótese levantada da cegueira  do faraó Akhenaton não pode ser comprovada, visto que Akhenaton foi um sacerdote em Heliópolis e todo sacerdote precisa saber ler e escrever, além desse fato, ele  planejou e construiu a primeira cidade projetada do mundo e implantou o monoteísmo através da revolução religiosa atonista e soube ver a beldade da mulher mais linda do mundo antigo chamada Nefertiti (a bela que chegou) escolhendo-a como esposa.
Essas imagens (caricaturas) também representavam a mensagem codificada do Deus único, revelando a sua natureza grandiosa, geradora e dinâmica em seus princípios maternos e paternos. Conforme as  escolas  de  mistérios  do Kemet, através de  registros akáshicos, as grandes imagens de Akhenaton com rosto alongado, dedos longos, quadris largos também faziam alusão  às lembranças da humanidade do planeta Wr situado na Constelação do Cisne que apresentava essas características físicas. Este planeta foi a origem das bas (almas) que vieram a reencarnar no antigo Egito após a catástrofe ecológica que ocorreu em Wr.  As estrelas principais dessa constelação do cisne projetam para a Terra  a imagem representativa de um ave geradora de energia cósmica, de asas abertas a qual os antigos egípcios chamavam de benu (fênix, em grego). Posteriormente esta constelação foi catalogada na antiguidade como constelação do cisne pelo astrônomo egípcio Claudius Ptolemaeus (Ptolomeu) em sua obra o Almagesto.
Alguns egiptólogos  chegaram a classificar  Akhenaton  como o “primeiro intelectual da humanidade” e outros pesquisadores como um  “faraó herege”, “louco” e até “extraterrestre”. Ora, seria  herege  por ele ser contrário as  ideias dos amonistas que  buscavam  mais  poder,  a fim de enganar e arrecadar com as suas vaidades em seus cultos sombrios mais  posses? Ampliando suas terras  e mantendo suas minas de ouro na Núbia em desfavor da sofrida população egípcia que era  enganada? Ou louco? Pelo  fato  de  tentar  finalizar o milenar politeísmo de ídolos ilusórios e  trazer  a verdade do conhecimento racional, dentro do principio da unicidade divina que influenciaria a origem de três  importantes religiões monoteístas para a humanidade: Judaísmo, cristianismo e islamismo. Akhenaton tinham seus pais biológicos bem  conhecidos  dentro  da  historia egípcia, portanto ele  não  era um ser que veio  de  outro planeta. Como  pode um  faraó  que  tinha  poderes políticos ilimitados receber títulos  pejorativos? Seria mesmo, pelo  fato  dele ter confrontado fortemente com  os amonistas que  seguramente não tinha  respaldo na moral  superior? Pois historicamente seus  sacerdotes da época corromperam  o  antigo Estado Egípcio. Todo o panteão de deuses egípcios, incluindo as grandes religiões osiríaca, amonista, ptahrista e Khnumerista não podia ser maior  que o  poder  de  um  faraó pacífico, zeloso, inteligente, educador e pertencente a uma dinastia respeitável. A sua autoridade e privilégio real era  tanta   que   na  grande  revolução  religiosa atonista, rapidamente suas  forças militares e políticas fecharam todos  os  templos das  divindades zoomórficas e  antropomórficas, sem derramar sangue. Seus soldados destruíram cartuchos e mensagens que enganavam o povo com as doutrinas abomináveis de tríades divinas que chegavam a pregar a vingança e a guerra entre os homens. Como poderia um homem louco organizar uma religião  racional, planejar e construir uma cidade moderna onde seus habitantes  viviam dentro de padrões civilizados? Indubitavelmente, Akhenaton é o primeiro humanista, pacificador e intelectual da humanidade, sua vida foi  amplamente registrada através das escritas cuneiforme e hieroglífica na história universal.
O respeitável doutor  em  egiptologia, arqueólogo e historiador James Henry Breasted,   Foi o primeiro norte americano a concluir o doutorado em egiptologia. Admirado por todos os egiptólogos da época, Breasted mostrou a sua profunda admiração por Akhenaton quando ele relatou que Akhenaton era “um homem impregnado de divindade” e seu espírito emanava uma aptidão e uma capacidade excepcional para receber as manifestações divinas.
O famoso egiptólogo e jornalista inglês Arthur Weigall que ficou famoso por cobrir jornalisticamente a abertura do túmulo do faraó Tutankhamon, sendo autor de várias obras que retratam o Egito antigo, considerou Akhenaton como um faraó espiritualista pelo qual Deus se revelou com profundo amor e bondade, excluído de intolerâncias e de paixões terrenas.
O doutor em egiptologia Christian Jacq nasceu em Paris e recebeu prêmios da academia francesa com a obra: O Egito dos Grandes Faraós.  Ele  se  mostrou  admirado pelo homem intelectual que foi Akhenaton  quando  afirmou: “Akhenaton foi um gênio da humanidade”. 
O renomado egiptólogo e escritor inglês Cyril Aldred falecido em 1991, ao estudar profundamente a evolução teológica revelada por Akhenaton afirmou que em sua religião só havia um único Deus e Akhenaton foi o seu profeta.
Akhenaton não  foi um   faraó omisso aos problemas políticos do Egito, como alguns egiptólogos escreveram. No governo de Akhenaton o Egito se estendia a quase todo o Crescente Fértil e se desmembrou por causa das revoltas racionalmente não contidas por Akhenaton. Ele jamais aceitou a subjugação de um povo por outro. Akhenaton foi educado para ser um sacerdote. A implantação do monoteísmo nas diversas cidades egípcias e as construções destinadas ao Atonismo tomaram bastante  tempo de Akhenaton.  Ele resolveu delegar os  assuntos  políticos  e  magistrais para a sua esposa  Nefertiti  e para seu conselheiro e escriba real chamado Ay. Nefertiti não apresentava a mesma evolução espiritual de Akhenaton, ela governou a  sua  maneira ou influenciada por Ay, agindo  várias  vezes de  forma  contraria  aos princípios pacíficos e benéficos do atonistas e as  orientações  de  Akhenaton, fatos que desagradaram o bondoso faraó, motivando a separação do casal  no  12º ano de  seu  reinado.
Ao tempo de Akhenaton, a  Síria era território aliado ao Egito. O rei sírio da cidade de Amurru, chamado de Abbdi-Ashirta, traiu Akhenaton quando planejou a tomada da cidade de Biblos e quando mantinha planos com os hititas para invadir o Egito. Abbdi-Ashirta planejava junto com os hititas tornar Amurru, na Síria, um ponto estratégico  para um ataque  hitita ao Egito.
O general de Akhenaton chamado de Paatonemheb era o responsável pela defesa do norte do Egito e Tutu era o Ministro das relações exteriores e responsável por   todas as correspondências  que  vinham  dos reinos do crescente fértil: Reino de Mitanni, Fenícia, Síria e do reino dos Hititas. Intencionalmente, eles filtravam muitas correspondências provenientes desses reinos. As correspondências geralmente eram feitas em tabuinhas de barro (cartas de Amarna) que eram traduzidas da língua acádica para a egípcia. Esses reis informavam novos acontecimentos e solicitavam ajuda diplomática, presentes e alimentos  a fim de evitarem guerras. As comunicações entre o Egito e o Crescente Fértil ficaram secretamente controladas pelo general Paatonemheb que tinha interesses no trono egípcio. Embora alguns pedidos de socorro da região da Fenícia chegaram e foram atendidos de forma diplomática, Nefertite e Ay não recebiam todas as informações dessas áreas. A incomunicabilidade entre esses reinos causou graves problemas diplomáticos e políticos, principalmente com os  hititas  que  julgaram erroneamente que o Egito era governado por um faraó omisso. Oportunamente, os Hititas começaram  a invadir as terras  aliadas do  Egito. Estes fatos causaram um sério conflito  com os aliados estrangeiros e dentro da população  egípcia  que  já  não  recebia  mais  os  tributos  vindos  dessas  regiões.  Era  tudo  o  que  Paatonemheb  e os  sacerdotes  afastados de suas funções queriam, causar pânico e descredibilidade à pessoa do faraó Akhenaton  e difamar o atonismo.
Paatonemheb admirava o poder dos  sacerdotes  de  Amon e o amonismo com a sua doutrina bélica. Os amonista e Paatonemheb planejaram uma forma de finalizar o reinado do  faraó  Akhenaton. 
Estudos históricos demonstram que Akhenaton  não  foi o responsável pelo colapso da  economia  egípcia  de  sua  época. Grande parte do ouro e riquezas egípcias  já  se  concentrava  nas  mãos  dos sacerdotes  de  Amon e  seus  impostos  devidos,  não  eram pagos aos  cofres públicos, fato que originou tempos difíceis com miséria para o Egito.  Ao tempo do reinado  de  Akhenaton, a  parte que restava dessas  riquezas e que  estavam sob  seu   poder  foi investida  no  social. O Estado egípcio conforme a filosofia  atonista,  passou a investir  em todas as  classes  da  população. Akhenaton canalizou verbas para  tratar doentes, desenvolveu  tecnologia de  engenharia obedecendo a normas de ergonomia ao trabalhador na construção da  “cidade celestial” de Akhetaton, amparou  os  idosos abandonados, erradicou inicialmente a mendicância e amparou as crianças órfãs e maltratadas por trabalhos infantis e por  fim libertou os escravos de guerra e ofereceu-lhes um  trabalho  remunerado na construção civil em Akhetaton.  Os  sacerdotes  de outras religiões  que haviam perdidos seus templos, sacerdócio e posses em consequência da revolução atonista, revoltados, divulgaram boatos sobre o governo de Akhenaton, enganando a população egípcia ao afirmarem que os  deuses do antigo Egito estavam enfurecidos e estavam castigando  o Egito por causa do deus único revelado por Akhenaton o que veio a iniciar uma crise social.
 Akhenaton  não ambicionava manter seu poder ou  temia perdê-lo para  os  amonistas, osiristas, ptahristas, Khnumeristas e outros. Seu poder faraônico já estava garantido pelo sistema de governo milenar teocrático e hereditário, em  que um  faraó era  chefe  de  governo  e chefe espiritual da  nação egípcia até a sua morte, desde o principio até o  fim  da história do Antigo Egito.
Uma  guerra  civil se instalou  no  Egito e os  sacerdotes afastados de suas funções se aliaram a Paatonemheb. Conforme registros akáshicos, em 23/11/1336 a.C após concluir sua  missão, Akhenaton renasceu para a vida em Pt (mundo divino), ao anoitecer, vítima  de  uma conspiração amonista. O corpo de Akhenaton foi escondido sem mumificação, visto que Paatonemheb respeitou o princípio atonista de não crer na ressurreição do corpo físico, mas na ressurreição espiritual e na reencarnação. O general Paatonemheb falou aos sacerdotes  de Iunu (Heliópolis) que viu “Akhenaton subindo ao céu e unindo-se a Aton". Os sacerdotes heliopolitanos, do templo de ascensão atonista, não acreditaram, eles sabiam que Akhenaton havia morrido e exigiram o seu corpo a Paatonemheb. A resposta de paatonemheb veio  reafirmativa: “Akhenaton ascendeu para Aton”.
  
A força religiosa do templo de Iunu interferiu garantindo um acordo em que Semenkhkare (co-regente de Akhenaton) permaneceria como faraó até que  o filho de Akhenaton, o pequeno Tutankhaton,  estivesse pronto para ser o novo faraó do  Egito e restaurar o politeísmo. Contudo após dois anos Semenkhkare morre misteriosamente envenenado. Tutankhaton assume o trono com seu nome modificado para Tutankhamon e sob a pressão do acordo que manteve Semenkhkare no poder, o seu primeiro feito foi anular o decreto de Akhenaton que proibia os cultos aos diversos deuses do antigo Egito.
O atonismo obteve repercussão no campo religioso, artístico, filosófico, tecnológico, científico  e  político.  Muitos documentos originais atonistas ficaram arquivados na  antiga biblioteca egípcia de  Alexandria. Por ocasião do  incêndio em 47 a.C., estes documentos foram  destruídos na época da rainha egípcia Cleópatra VII, juntamente com mais  de  700.000 papiros e  pergaminhos, dentre  estes,  escritos  de Heródoto e  alguns  originais do  Velho  Testamento  bíblico. Registros akáshicos atonistas foram  arquivados por hamemets. 
O general Paatonemheb, pretendia apagar  a memória de Akhenaton e a sua  religião e divinizar-se como faraó, conforme a religião osiríaca. Os nobres egípcios lembravam com orgulho as suas conquistas territoriais no passado e recordavam também o deus  Amon (deus de Tebas). Paatonemheb tinha pressa em se tornar faraó e após alguns anos ordenou secretamente a morte do jovem faraó Tutankhamon, tramando a sua morte em uma queda  de cavalo. Para surpresa, a morte prematura de Tutankhamon traz o inesperado, Ay (conselheiro de Tutankhamon) se casa com Ankhsenamon (viúva de Tutankhamon)  e  assume o trono como faraó. Em idade avançada  e convivendo com um Egito em uma grave crise econômica e social, ele não resiste às pressões políticas e religiosas  e falece sem deixar herdeiros. 
Os amonistas, osiristas, ptahristas e Khnumeristas religiosamente reestruturados aliam-se com os nobres do antigo Egito e empossam Paatonemheb como o novo faraó do Egito. Paatonemheb recebe o nome faraônico de Horemheb (Horus está jubiloso). Ele assume o trono que há muito tempo esperava e começa seu governo demolindo a  “cidade celestial”  de  Akhetaton, destruindo cartelas e documentos  públicos  de  Akhenaton e perseguindo os atonistas. A sua maneira tentou apagar o reinado de Akhenaton e o atonismo da história egípcia, contudo a história  de  Akhenaton estava  documentada em correspondências internacionais da  época, estelas e por arquivos espiritualistas. A História de  Akhenaton é  a mais  bem  documentada  história  de  um  faraó.

Valiosa contribuição (disponível no YouTube) nos foi dada pelo cinema com a produção do  filme “O Egípcio” de 1954, do gênero drama épico, ambientado no Antigo Egito e realizado pela 20th Century Fox. Baseado no romance de Mika Waltari e  película dirigida por Michael Curtiz onde a personagem Akhenaton em um trecho discursa sobre o único Deus na visão atonista e logo depois o depoimento da personagem principal do filme, Sinué, sobre o atonismo.