domingo, 4 de outubro de 2015

07. A DOUTRINA RELIGIOSA DO ATONISMO




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A DOUTRINA RELIGIOSA DO ATONISMO

“Deus único, afora de Tu nenhum outro existe”.
                          (Extraído do Grande  Hino a Aton)

                                                     


 

           A doutrina da religião atonista constitui a primeira manifestação doutrinária do monoteísmo estrito, ético e universal. Ela foi resgatada dentre os conhecimentos esotéricos (ssta, secreto em egípcio) e dos registros akáshicos do Grande Templo de Aton. Este documento de extremo valor religioso para os atonistas é fundamentado no Papiro Neter e constitui um alicerce doutrinário do atonismo. A reapresentação do atonismo ao meio social e religioso ocorreu depois de finalizadas as perseguições realizadas pelos sacerdotes das antigas religiões politeístas egípcias, pelo faraó Horemheb, pelos faraós ramessíadas  na fase pós-Akhenaton e ainda pela redução das persecuções de alguns livres pensadores na idade contemporânea.

            Atualmente perante as leis internacionais baseadas no princípio da livre expressão dos credos religiosos, entende-se que a esfera espiritual da vida é uma parte indispensável da existência humana, assim a religião atonista sai do meio esotérico e se apresenta em rede de comunicação mundial mostrando os primeiros registros monoteístas escritos, conforme dados fornecidos através de processos metodológicos científicos, da arqueologia, da história universal e dos registros akáshicos.

         O atonismo é uma religião cujos conhecimentos quando colocados em prática desenvolvem o amor fraterno, a paz, a sabedoria espiritual e o equilíbrio ecológico planetário. Esses conhecimentos são os fundamentos para a evolução espiritual da humanidade. Sua doutrina mostra seu caráter benéfico que nos dá a condição necessária para habitarmos com brevidade o mundo espiritual do único Deus (Pt, paraíso em egípcio) depois de concluído o ciclo de vidas em corpos físicos.

O atonismo busca unir a humanidade dentro dos princípios do amor divino, da verdade espiritual, da solidariedade e da tolerância buscando o valor ecumênico com as outras religiões beneficentes que também religam a humanidade ao único Deus de amor, sabedoria e justiça misericordiosa.
 


01. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ATONISMO

                 O Atonismo surgiu no Antigo Egito através do faraó Akhenaton que trouxe a primeira revelação do único Deus que não apresenta forma humana ou animal. Diversos registros arqueológicos, históricos e religiosos que datam de aproximadamente 14 séculos a.C, mostram que o atonismo é a primeira religião monoteísta da humanidade, fato comprovado através de pesquisas seguindo os métodos científicos que constatam cronologicamente os dados fornecidos por escavações arqueológicas, registros religiosos e fatos relatados pela história universal.

                 O atonismo conhecido como a religião da luz é uma revelação divina milenar e universal que tem por base a fé racional. O atonismo, também conhecido no meio esotérico como o iluminismo egípcio, não se constitui do pensamento pessoal de um homem a respeito de Deus e sim de uma instrução direta do único Deus ao faraó profeta Akhenaton.

                 O Atonismo objetiva, na Era da luz, retransmitir os conhecimentos ensinados no Grande Templo de Aton da antiga cidade egípcia de Akhetaton, orientando os seres humanos para atingirem a perfeição espiritual através da prática abnegada do bem, do perdão incondicional, do desapego material e do amor fraterno para vivenciarem com o único Deus a felicidade plena


02. AKHENATON, O PROFETA DO ATONISMO      

   
                 Akhenaton não era o sucessor direto ao trono do Egito. Desde o seu nascimento tinha-se por certo que o seu irmão Tutmés (Tutmósis, na versão grega) sucederia o seu pai Amenhotep III. Quando foi residir e estudar em Heliópolis (Iunu, em egípcio), Akhenaton teve a sua formação direcionada para o sacerdócio. Sua ordenação sacerdotal se deu no Grande Templo de Heliópolis onde começou a estudar nos últimos anos da sua infância, chegando a concluir os seus estudos recebendo o grau de sacerdote de Ra-Horakhty, isso ocorreu no quarto ano da sua corregência com seu pai. A coroação do faraó Akhenaton ocorreu em 02.01.1353.

                 Akhenaton jamais se considerou um deus. Registros no grande hino a aton mostram sua posição de filho de Deus, assim como todos nós.



“Você está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra…”

(Grande hino a aton, escrito e oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da inauguração da cidade de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito).



                 Como honra a sua formação sacerdotal Akhenaton foi representado pelo símbolo solar da esfinge no Templo de Iunu (Heliópolis). Essa imagem foi rejeitada por Akhenaton e sem o seu conhecimento foi preservada secretamente pelo seu conselheiro Ay. Neste mesmo ano, Akhenaton desvinculou-se do Templo de Heliópolis por não mais participar da primitiva doutrina solar que cultuava o imaginário deus Ra-Horakhty tendo em vista a nova e avançada revelação atonista que ele recebera diretamente do único Deus para iniciar a sua missão religiosa.

                 No quinto ano do seu reinado, ele mudou seu nome de Amenhotep IV (Amon está satisfeito) para Akhenaton (espírito para aton), fato que caracterizou uma profunda reforma intima que o levou a apagar os seus antigos cartuchos e queimar os documentos que continham seu antigo nome.

                 Até o oitavo ano do governo de Akhenaton o atonismo apresentou uma fase protomonoteísta, uma preparação para o monoteísmo.  Neste período Akhenaton ministrou palestras por todo o Antigo Egito sobre a doutrina religiosa ensinada pelo atonismo.

                 A partir do 9º ano de seu governo, na fase de consolidação do atonismo como religião rigorosamente monoteísta, ética e universal, Akhenaton revelou que único Deus apresenta-se pela união de todas as luzes cósmicas (energia akh) que formam todas as coisas e que estão presentes nos três infinitos campos divinos.


03. ATONISMO O MONOTEÍSMO ESTRITO, ÉTICO E UNIVERSAL

       O atonismo fundamenta seu conhecimento sobre uma base religiosa, filosófica, científica, artística e ambientalista que ensina a existência do único Deus, combatendo a ideia dos “deuses” maus e imaginários com características antropomórficas, zoomórficas e zooantropomórficas.
       O atonismo não aceita a doutrina politeísta diteísta onde um “ser supremo do bem” compete e nunca finaliza um “ser supremo do mal” dentro de um sistema de conivência construído para não desequilibrar a eterna batalha dos opostos nos universos mantendo alguns sistemas religiosos que dominam seus seguidores pelo temor a um “deus vingativo”. Também refuta o politeísmo triteísmo (definido como uma família de três pessoas que são deuses) que foi muito comum principalmente no Antigo Egito.
       O atonismo ensina que o mal nunca foi criado por um ser poderosamente malévolo e jamais pelo único Deus cuja essência é de puro amor. O mal é uma consequência dos conflitos internos, interpessoais e das imperfeições morais humanas. O atonismo não aceita a existência de um “deus malévolo” (Apep, serpente mitológica egípcia), contudo acredita na existência de almas (ba, em egípcio), praticantes do mal para com os encarnados e desencarnados pelo fato de se encontrarem num estado de evolução inferior, atraídas pelos desejos e paixões em Ta (plano físico) e Duat (plano astral). Elas são influenciadas por outras bas dominadas pela maldade podendo se unir em grupos formando legiões. Estas podem apresentar um líder perverso surgido desse mesmo grupo ou vindo de outro, sendo que este líder pode delimitar áreas do Kekui (zonas purgatórias no Duat) onde se apresenta como um falso deus podendo aprisionar e julgar vários mortos endurecidos pelo mal, geralmente capturados logo após o desencarne, para atormentá-los, adormecê-los ou torná-los comparsas criando os pequenos “infernos particulares”. É comum encontrar no Duat almas recém-desencarnadas que acreditam no sono pós-morte a espera de uma sentença divina e do inferno eterno para os “pecadores”, essas bas podem facilmente ser aprisionadas por essas malévolas legiões devido as suas próprias convicções.
       O atonismo não é panteísta. Conforme a sua doutrina, após a morte do khat (corpo físico), as bas mantêm suas consciências individuais e após a iluminação os seus akhs (espíritos, em egípcio) não se diluem na consciência de Deus, como ocorre no panteísmo.
       Para o atonismo o único Deus tem sua consciência (akh, espírito em egípcio) separada dos universos (multiversos) esse fato também mostra que o atonismo não é uma doutrina panteísta já que no panteísmo deus é tão somente o próprio universo físico.
       O atonismo contesta a existência do Tribunal de Osíris que sentencia as bas à segunda morte (extinção espiritual) e a existência das penas eternas (inferno) já que ele revela o único Deus sendo infinito em bondade e justiça misericordiosa, jamais um deus vingativo e tirano.
       Praticar o bem, o amor, o perdão, a solidariedade e a verdade capacitam os atonistas para a vida plena em Pt (lê-se pê, em português) e suavizam o pagamento das dívidas de aprendizagem (carma) para com as leis divinas. O atonismo é um monoteísmo estrito e fundamentalmente ético com valores morais e espirituais superiores voltados unicamente para a prática do bem.




04.  O ATONISMO E O ÚNICO DEUS

              Os atonistas não adoram ao sol (aton) como sendo o único Deus. Eles compreendem que o sol é apenas uma partícula do Khat (corpo físico) do único Deus que emana uma força vital, sendo a fonte de energia divina mais próxima do nosso planeta e por onde o Deus único controla o ciclo vital na Terra, por isso receberam o nome de atonistas. O Deus único foi representado, em sua forma inicial (exotérica), nos registros ao tempo do reinado de Akhenaton, através dos raios solares (energia do sol) que saem do disco solar e entregam a ankh (vida, cruz ansata). Posteriormente, no nono ano, Akhenaton desvelou para o povo egípcio o conceito esotérico (fechado) quando Ntr (Deus) passou a ser apresentado como a luz akh (energia divina) que gera e constitui o Todo universal.

              A crença no Deus único como o Ser de energia inteligente e benevolente baseia-se na certeza da sua unicidade, do seu amor e da sua justiça misericordiosa. A energia cósmica divina a tudo preenche, conhece e age.

              Mais do que imaginamos o único Deus está presente em nossas vidas nos ajudando em nosso processo de iluminação.

              O único Deus revelado pelo atonismo é constituído por três campos de energia akh entrelaçados e esparsos, são os três infinitos mundos que a tudo preenchem fazendo tudo funcionar, contudo separados por frequências e sutilezas energéticas distintas. O único Deus apresenta a vontade benevolente e a inteligência suprema sendo onipresente, onisciente e onipotente. O Akh (espírito) de Deus é a sua essência e pode ser descrito, ao nível de compreensão humana, como sendo o Ser de luz akh branca brilhante, supremo, infinito, envolvente, único, amoroso, perfeito, sábio, misericordioso, poderoso, gerador, justo, feliz, benfeitor, diligente, equilibrante, eterno, adimensional, vivificante, imutável, apraz e sem forma que se encontra no Pt.

              O Pt é um campo energético completamente enevoado (iluminado) pela luz akh com pontos sutilmente coloridos, perfeito, aprazível, sem edificações e infinito.  Neste campo o amor fraterno, a interação familiar universal, o trabalho mental, o equilíbrio, a comunicação por pensamentos e sentimentos, o poder benevolente, a alegria intensa, a liberdade incondicional, o entusiasmo para o trabalho com Deus e a paz promovem a felicidade plena. Nesse campo encontram-se os hamemets (seres perfeitos) vivendo em família com Deus. Nesse mundo divino em meio à luz branca brilhante akh ficam imersos pontos de luzes em cores sutis que são os hamemets fenecidos aguardando as suas ressurreições que ocorrerão após a conclusão do processo de iluminação das suas bas que acontece em Ta (mundo físico).


05. O PROCESSO DE ILUMINAÇÃO 

Os atonistas estudam, meditam e praticam abnegadamente os conhecimentos do sagrado Papiro Neter que direcionam suas vidas dentro dos propósitos do bem, da paz, do amor, da caridade, do desapego e da sabedoria objetivando a iluminação espiritual planetária.

A condição básica para a iluminação está na prática sincera e abnegada dos três mandamentos atonistas revelados pelo único Deus no sagrado Papiro Neter:



 I- Amarás a mim, o Deus único com verdade;

 II- Amarás a ti, com renúncia;

 III- Amarás aos vivos, sem apego.



            O amor, a gentileza, o perdão sincero, a compreensão, a empatia, a renúncia e a solidariedade são chaves para evitar e findar os conflitos humanos. Os atonistas são pacificadores e ambientalistas por excelência, sendo radicalmente contra guerras e conflitos entre grupos humanos.

            O atonismo é uma religião ecológica. Zelar o Khat divino é um compromisso dos atonistas, que buscam o equilíbrio, o respeito e a preservação do meio ambiente para garantir a vida das gerações futuras. As almas dos antigos egípcios vieram do planeta Wr da constelação do Cisne que sofreu uma catástrofe ecológica provocada por seus habitantes. Ao reencarnarem na Terra, após essa experiência desastrosa em Wr, os egípcios deixaram profundas marcas de respeito à natureza planetária.

O atonismo ensina que todos os que estão no ciclo reencarnatório de aprendizagem podem começar a se libertar do sofrimento que pode ser uma prova para com as leis de Deus ou uma consequência das omissões, dos desejos carnais, da vingança, da intolerância, da inveja, do orgulho e do apego material que formam os anseios ilusórios.

Para o atonismo não existe boa ou má sorte. É dado a nós o livre-arbítrio tanto em Ta como em Duat e em Pt. São os nossos pensamentos, sentimentos e ações que constroem o nosso futuro. O arrependimento sincero do mau uso do livre-arbítrio nos aproxima da misericórdia divina. 

            Deus gera os seus filhos como consequência do seu puro e infinito amor a partir do seu Akh em Pt, porque quem ama sempre gera algo por amor e com esmero. Saímos do Akh divino como centelhas (mônadas) e somos direcionados na malha divina. Em Pt somos formados por um conjunto: um hamemet (corpo divino), um akh (espírito) e um ka (energia vital).

            No Duat, somos compostos pelo sahu (corpo astral), pelo ka e pela ba (alma). Antes da primeira encarnação o Deus único gera o nosso sahu e a ba da sua energia Akh em seguida o ka transporta-se para o Duat. A ba é presa ao sahu através do ka e está conectada ao seu akh (espírito) que é gerado no Pt onde ele sempre permanece. No momento da encarnação o corpo sahu, por ser energia, é absorvido pelo ka que junto com a ba transmigram para o mundo físico se ligando a um corpo material (khat) ainda em formação, exatamente no instante em que o conjunto de células humanas (pós-fecundação) se uni ao útero materno. Nesse momento o ka continua com a mesma função de envolver e prender a alma ao khat além de energizar o individuo e conter o carma e as outras informações do encarnado. Após a morte do corpo físico o ka e a ba retornam ao mundo espiritual onde a ba é julgada pelo seu akh para saber seu destino, simultaneamente o ka forma um novo sahu em Duat com a mesma aparência do khat da última vida em Ta. Esse ciclo se repete até alcançarmos o nível máximo de evolução (iluminação) e chegarmos ao mundo de Deus (Pt).

            Ao final do ciclo de renascimentos de aprendizagem a ba, que é a portadora dos conhecimentos e sentimentos adquiridos nas reencarnações, é absorvida pelo seu akh. Em seguida o próprio akh transforma o ka em sekhen (poder espiritual) e assim ressuscita o seu hamemet (corpo celeste) até então fenecido em Pt. Os hamemets, já ressurretos, apesar de apresentarem o poder divino (Sekhen) não geram novos akhs, não são eternos porque tiveram início, não são onipresentes, nem onipotentes e nem oniscientes, características encontradas exclusivamente no único Deus.

            Os hamemets trabalham com o Deus Único nos infinitos universos que se formam e se desintegram num ciclo de renovação, dando-lhes a satisfação de existir para sempre através do trabalho benéfico, prazeroso e criativo com o Deus único dentro da família universal.

            Tudo em Ta produz aprendizagens e provas que objetivam formar e aferir a evolução de um encarnado e conduzi-lo quando este estiver preparado para o mundo de Deus.


06. O VIVER ATONISTA

Desde o princípio os atonistas cultuam a luz cósmica, principalmente a luz solar devido aos seus efeitos vitais positivos. Alguns dos primeiros atonistas chegaram a acreditar que o disco solar era um orifício móvel no céu por onde Deus emanava diretamente a sua luz Akh (luz divina). O elemento luz simboliza Deus e tem o significado de purificação e perfeição espiritual, sendo a iluminação espiritual o objetivo de vida dos atonistas. Por isso é comum nos templos e nas casas dos atonistas a presença simbólica e constante de uma luz sutil.

Os atonistas bebem a água atonizada que é preparada quando se expõe a água potável ao trajeto da luz de aton por 12 horas. Um copo desta água (em temperatura ambiente) é bebida pela manhã, em jejum, uma hora antes da primeira refeição para efeito de hidratação, purificação e cura.

O vestir pessoal dos atonistas se caracteriza por roupas em cores claras do espectro solar ou com alguma peça branca que simbolizam a aliança com o Deus único.

Os praticantes do atonismo são frugais, usam o chá e o óleo sagrado de hereretaton (girassol) e outros chás curativos (fitoterápicos). Praticam as terapias naturalistas éticas complementares e medicinais.

Os atonistas cuidam e respeitam os seus khats (corpos físicos), dando-lhes alimentação saudável e em proporções corretas, trabalham a respiração, praticam exercícios físicos e cuidam da saúde mental e espiritual.

Os atonistas aceitam a separação conjugal pelo divórcio que já era um distrato jurídico usado no antigo Egito.

As artes em suas diversas áreas (sem conotações lascivas), a antiga cultura egípcia não politeísta, excursões, viagens, confraternizações de grupos em atividades comemorativas em chás, almoços, jantares com objetivos também de obter fundos para fins de caridade são também fontes de lazer dos atonistas.

O atonismo condena as práticas abortivas. Um embrião quando se liga ao útero de uma mulher (nidação) já apresenta uma ligação espiritual com uma ba reencarnante, portanto constituindo a partir desse momento um ser vivo em processo reencarnatório.

O atonismo condena toda forma de violência, principalmente contra a vida, como a eutanásia, a pena de morte, o aborto, o suicídio, o homicídio, a guerra, os sacrifícios humanos ou de animais e o desmatamento. Somente Deus pode determinar o final de uma vida.

Todas as formas de vícios que prejudicam a saúde física, mental e espiritual são orientadas para serem abandonados através do atonismo.

O atonismo não aceita nenhuma prática esportiva ou dita desportiva que possa agredir e/ou subtrair os seres vivos.

Os atonista são educadores sociais que ensinam, pelo próprio exemplo, a paz, a espiritualidade, o amor, a solidariedade, a compaixão, o perdão sincero e a caridade abnegada. 

Os preconceitos étnicos, sociais, etários, homofóbicos, doutrinários religiosos e filosóficos e por deficiências físicas e mentais são inaceitáveis pelo atonismo. O atonismo afirma que a orientação sexual de uma pessoa independe da sua vontade psíquica, portanto não é uma opção de vida ou uma doença. Existem processos carmícos com a formação genética na parte da genitália que não constitui uma enfermidade e que pode ter influência na sexualidade de uma pessoa. Em todos esses casos ninguém deve ser discriminado, devem ser respeitados e, em alguns casos, ajudados para que não desenvolvam uma depressão, quando julgados preconceituosamente, o que pode leva-las ao suicídio ou ao desequilíbrio na conduta espiritual inferior. As existências de vidas passadas com abusos e desequilíbrios sexuais profundos geram um carma pessoal no presente. A homossexualidade não deve ser criminalizada, sendo esta uma etapa da evolução espiritual rumo à iluminação. Em fase avançada do processo de iluminação, quando uma ba apresenta repetidas reencarnações sob um mesmo sexo, este fato pode gerar características homoafetivas  quando essa passa a reencarnar em um sexo oposto.

            A mentalização direcionada para acontecimentos benéficos é praticada pelos atonistas. O uso da força do pensamento através de mentalizações fixas, fortes e intencionadas produzem efeitos positivos e são fundamentais como proteção, purificação, cura e caridade. Servem também para uma melhor conexão com o Akh divino que conhece todas as necessidades humanas.

            A prece sincera e o comportamento altruísta geram bons resultados e atraem os hamemets (espíritos perfeitos) que nos ajudam em nossos pedidos junto ao único Deus.

Os atonistas são conhecidos pelo esforço que fazem na prática do bem através da caridade, da compaixão e da solidariedade sem esperar recompensas. Eles se empenham para acertar e aprender através das oportunidades de experiências proporcionadas pelas vidas sucessivas e pelos infortúnios que a vida naturalmente traz e que objetivam o desenvolvimento da humildade, da paciência, da solidariedade, do amor para aproximá-los do único Deus.
 

07. A GÊNESE ATONISTA

              A ciência atonista contribui para as ciências exatas com os seus conhecimentos. Os diversos ramos científicos ajudam à humanidade a entender melhor o campo físico.

              O Khat divino (infinitos universos) se renova a cada instante através dos big-bangs (big expansion). O big expansion é uma autorrenovação celular divina, sendo a referência para o início do tempo e do espaço em um universo.

              A lei de destruição constitui uma complementação da lei de construção cósmica. Quando galáxias inativas colidem o resultado será a formação de uma nova parte do Khat divino.

              Se o que é gerado tem características do uso de inteligência, logicamente a fonte geradora (Deus) também é inteligente. Para os atonistas o acaso não existe, o nosso universo com tudo o que nele existe é uma geração inteligente e de extrema complexidade e consequentemente tem o seu gerador também inteligente. Deus é energia, portanto Ele sempre existiu e não terá um fim. Certamente Deus não pode ser definido como uma simples energia inconsciente, cega, sem vontade e separado do Todo.

              O atonismo afirma que a vida na Terra foi gerada por Deus que orientou o lançamento dos elementos vitais dentro de aerólitos condritos carbonáceos (meteoritos que chegaram a Terra trazendo compostos orgânicos).

              A Lei de evolução e seleção é divina, constituindo-se uma certeza para o atonismo. O desenvolvimento genético do homem atual (Homo sapiens) aconteceu no sudoeste do continente africano.  Estes primeiros humanos emigraram para as terras onde nasce o rio Nilo Azul, sendo sua origem a partir de um ser que evoluiu geneticamente por mudanças provocadas pela vontade de Deus que agindo através das radiações de aton, pressão atmosférica planetária, fatores climáticos terrenos, campos magnéticos, força gravitacional, características alimentares e pelo efeito da inclinação do eixo terrestre gerou a humanidade como a conhecemos. Esses fatores influenciam até hoje o desenvolvimento humano, sempre e conforme a vontade do único Deus. O homem moderno partiu para a povoação do mundo atual a partir dos primeiros humanos que habitavam o Vale do Rio Nilo (Iteru).

              Os atonistas creem que a humanidade não está sozinha nos universos. Existem outras formas de vidas em diferentes frequências e graus de evolução em outros mundos.

              O atonismo ensina que os planetas que giram ao redor das estrelas em infinitos universos podem ser habitados por seres espirituais ou por seres corpóreos (físicos) que podem existir desde vidas primitivas iniciantes (seres microscópicos) a complexos seres inteligentes. Cabe à constituição física de cada planeta em evidencia oferecer a condição que se adéqua ao tipo de vida que neles existem. Os seres corpóreos que habitam outros mundos poderão apresentar outras características que podem ser diferentes e superiores à forma humana. O importante é que essas formas físicas tenham atingido um estado de inteligência introspectiva profunda que possa acoplar uma ba. Os seres que atingiram elevado grau tecnológico com espiritualidade avançada tendem a ajudar as civilizações em desenvolvimento via canais intuitivos e através de reencarnações destes em missões nos planetas em evolução.

              Os atonistas não se preocupam com o fim do Mundo, acreditam que a finalização da vida material na Terra virá pela vontade do único Deus e operacionalizada através de aton. O fim do nosso mundo ocorrerá quando o planeta não tiver mais sua função educativa e quando aton não cumprir mais suas funções vitais para com todas as formas de vida na Terra. Nessa época, dentro de bilhões de anos, aton se tornará uma estrela gigante vermelha e se expandirá até chegar a Terra.
            A vida nos universos é influenciada por três números sagrados que são: 1, 3 e 7. O número um representa a unicidade de Deus, o três o equilíbrio das partes do todo (três mundos) e o sete a divisão e a atuação dinâmica dos elementos gerados dentro dos campos divinos. 


08. O ATONISMO E A REENCARNAÇÃO

        
    A reencarnação é um ciclo de idas e vindas da ba (alma) ao Ta (mundo físico) sempre em um novo corpo, a partir de uma nova gestação embrionária objetivando a sua iluminação (perfeição) para retornar ao mundo do único Deus com o sentimento do amor fraterno. A ba reencarna em um conjunto de células humanas (embrião) quando esta se prende ao útero materno formando um khat que é alimentado por um ka para formar o que somos integralmente enquanto encarnados.

            O novo khat é preparado para novas experiências de vida, contudo sua construção depende do passado de cada reencarnante, principalmente de atos, sentimentos, pensamentos, dívidas e omissões de outras vidas. O esquecimento de vidas passadas encobre as experiências vivenciadas em outros corpos para que não haja interferência na vida presente o que prejudicaria o processo de iluminação. Entretanto ao desencarnarmos nos são reestabelecidas as lembranças de todas as vidas passadas para que possamos entender os sofrimentos e as provas pelas quais fomos submetidos.

          Enquanto estamos em processo de aprendizagem (iluminação) reencarnamos sempre em corpos humanos, nunca em animais, vegetais ou minerais. A lei divina de ação e reação (carma) nos aproxima de pessoas que simpatizamos e também de pessoas que antipatizamos. Enquanto tivermos dívidas num planeta reencarnaremos sempre nele. O estado de evolução de uma ba é progressivo podendo estacionar por um curto tempo. No processo reencarnatório grupos de espíritos endividados entre si reencarnam próximos em um mesmo ambiente familiar sendo que nessa família sempre renasce uma ba apaziguadora. O último estágio de reconciliação entre inimigos de vidas passadas acontece dentro do núcleo familiar quando reencarnam na condição de mãe e filho por uma vez ou mais. Existem casos de famílias onde reencarnam apenas espíritos já em estado de iluminação avançado para cumprir uma missão.

            Quem age contra as leis divinas sofre as suas consequências dentro de um programa de aprendizagens planejado por Deus. O semear é livre, mas a colheita é inevitável. Quem fere é porque um dia já foi ferido pelo mal e aprendeu a ferir, por isso os atonistas sempre são tolerantes e indulgentes.

            Ao regressar ao Duat a ba lembra-se de todas as vidas passadas e seu akh fará uma avalição de seu estado de evolução. Ela se reencontra com aqueles que conviveu em vidas passadas que estão nesse plano intermediário.

            Os ciclos reencarnatórios acontecem geralmente de 33 a 40 vidas físicas em diversas situações de aprendizagem. Pode haver mais reencarnações, caso necessário para se completar o processo de iluminação. Uma alma reencarna pobre, rica, em diversas etnias e civilizações, renasce ora homem ora mulher, em diversos tipos de provas e em outras situações de aprendizagens. Depois da iluminação só acontecem reencarnações missionárias. Esses ciclos reencarnatórios constituem uma prova da justiça misericordiosa divina. As penas eternas (inferno) não existem, todos retornaremos a luz em Pt, ninguém jamais será esquecido, pois o único Deus nos conhece e nos ama profundamente e esse amor nunca finda.

            Os atonistas são pessoas que buscam desenvolver virtudes como o amor, a humildade, a paz, o perdão, a solidariedade expressa através da caridade abnegada, do cuidado com a educação integral e ambiental tornando-os educadores através de seus exemplos. Essas virtudes proporcionam a iluminação espiritual através das experiências adquiridas no ciclo reencarnatório.

            O atonismo afirma que durante o ciclo reencarnatório a prática do bem atrai dádivas e fazer o mal atrai dívidas.

            Somos gerados desprovidos de experiências e conhecimentos, desse modo Deus nos envia para a escola da vida no plano físico (Ta). Assim ficamos presos a um corpo material para construirmos experiências de vida desenvolvendo virtudes a serem absorvidas pelo nosso akh.

            Sabemos que uma vida não é o suficiente para obtermos todas as experiências, conhecimentos e bons sentimentos necessários para habitarmos no mundo do único Deus (Pt). Assim, o processo reencarnatório de uma ba é uma prova da misericórdia divina que nos dá oportunidades de atingirmos a iluminação respondendo por nossos atos perante a lei divina de causa e efeito. Ao final teremos o amor fraterno que é fundamental para habitarmos, convivermos e trabalharmos harmonicamente com a família fraternal divina em Pt.

09. A FILOSOFIA ATONISTA

            A filosofia do atonismo é fundamentada objetivando a iluminação espiritual por esforço individual através da prática abnegada do bem.

            O atonismo tem como axioma tratar aos irmãos (senw, em egípcio) da forma como se deseja ser tratado, conforme o Papiro Neter: “Fareis ao vosso semelhante o bem que desejardes para vós e discernireis antes de agir, sereis dóceis, justos e piedosos com os vossos irmãos.” (Nt 3:7)

            Os atonistas sempre fazem abnegadamente uma boa ação diária. Uma prática beneficente voluntária é um exercício a gerar dádivas para o presente e para futuras reencarnações.


10. A COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL

A vida é transitória no Ta, daqui levamos para as outras dimensões os conhecimentos, as experiências, os sentimentos, as dádivas e as dívidas que formam o nosso caráter espiritual. A reencarnação de uma alma virtuosa fará o nascimento de uma boa pessoa, já uma má pessoa está associada à reencarnação de uma alma com baixo estado de evolução.

As bas dos fenecidos interagem constantemente com o mundo material, onde podemos fazer contato através de ipwtys (médiuns), dependendo de onde elas estão e com a permissão dos hamemets e de Deus.

Os ipwty(s)  são meios para o contato entre os campos do Duat e Pt com o Ta. As comunicações medianas (mediúnicas) ocorrem de maneira espontânea, sem invocações, e acontecem preferencialmente nos templos atonistas em sala reservada onde o ipwty se posiciona de maneira concentrada, confortável, e segura para receber e transmitir a mensagem espiritual. O relacionamento entre a humanidade e os sahus são fortes e constantes.

Em Duat não se veem os hamemets que estão em Pt. Os hamemets são livres para transitar entre os planos e em Duat eles se manifestam diretamente sem precisar de intermediação mediana.
 Os sahus em adiantado processo de iluminação nos influenciam para o bem nos ajudando nas dificuldades da vida, já os maus sahus muitas vezes atraídos por nossos maus pensamentos e atitudes errôneas nos influenciam para práticas do mal levando-nos ao sofrimento.  


11. O CULTO ATONISTA

A reunião principal ocorre aos domingos (dia de Aton) nos templos atonistas durante as três horas antes do crepúsculo para estudo, obtenção de energia cósmica, equilíbrio, purificação, cura, comunicação divina e práticas beneficentes. Também se reúnem aos domingos durante a terceira hora após o nascer de aton para a prática de senebs (terapias de curas alternativas e energização).

Os rituais atonistas facilitam a atenção e a concentração do pensamento durante as reuniões fazendo a energia ambiental e cósmica fluírem em uma única sintonia, direção e objetivo trazendo a satisfação da necessidade emocional de ligação com o único Deus e demonstrando o respeito para com Ele. As reuniões atonistas são realizadas excepcionalmente nos demais dias da semana e até mesmo fora do Templo em casos de atividades específicas que envolvem trabalhos sociais, doutrinários, nascimentos, purificações, curas, matrimônios e sepultamentos. Os atonistas dirigem suas preces e rituais para o leste, o nascente de aton.

As reuniões de comunicação espiritual são fechadas e só se realizam com o quórum mínimo de três pessoas; o ipwty, o sacerdote doutrinador e um guardião do Templo. As comunicações transmitidas pelos ipwty(s) podem acontecer por meios sonoros (ruídos, pancadas e fala), inspirações, escrita, pintura, deslocamento, vidência e audição espiritual. Os ipwty(s) transmitem a cura de enfermidades com o auxilio de um guia espiritual que lhe direciona a energia curativa proveniente do cosmos.  

Os cultos atonistas utilizam como meios de purificação e cura a medicina tradicional e a espiritual, envolvendo as senebs (terapias complementares naturais e espirituais), a água atonizada, o óleo sagrado de hereretaton (óleo de girassol extravirgem atonizado). Usam para a purificação ambiental o incenso de antyw (mirra, em egípcio).

Os atonistas contribuem para com os templos que participam através de doações espontâneas ou por formação de associações, sendo que tudo o que entra ou sai com valor econômico é demonstrado e afixado para que todos vejam esses fluxos financeiros, assim todas as despesas de manutenção e com atividades beneficentes acontecem com a prestação de contas a quem interessar.

O atonismo não mantém sacerdotes remunerados, esses são homens e mulheres com a vida profissional independente dos templos atonistas e mantém suas atividades religiosas por amor ao único Deus e na certeza de que o bem é o caminho sempre a seguir que leva a iluminação dos seres humanos.

            Os Templos Atonistas são entidades filantrópicas que, dentro das suas limitações, visam proporcionar o bem-estar das comunidades em que estão inseridos.

            Conforme o Papiro Neter as atividades atonistas são gratuitas e direcionadas para a prática da caridade sincera.
 



“Vivendo em verdade”

(Akhenaton)

 

 

12.  PAPIRO NETER: O REGISTRO SAGRADO DO ATONISMO


      O Sagrado Papiro Neter é à base da doutrina atonista, no passado constituiu-se em um documento esotérico do Grande Templo de Aton. Esta escritura religiosa milenar é um registro akáshico (transcrição mediúnica) e apresenta-se numa linguagem remota, afirmativa e foi reservada aos poucos sacerdotes dos templos atonistas.