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A DOUTRINA RELIGIOSA
DO ATONISMO
“Deus único, afora de Tu nenhum outro
existe”.
(Extraído do Grande Hino a Aton)
(Extraído do Grande Hino a Aton)
A
doutrina da religião atonista constitui a primeira manifestação doutrinária do monoteísmo
estrito, ético e universal. Ela foi resgatada dentre os conhecimentos
esotéricos (ssta, secreto em egípcio) e dos registros akáshicos do Grande
Templo de Aton. Este documento de extremo valor religioso para os atonistas é fundamentado
no Papiro Neter e constitui um alicerce doutrinário do atonismo. A
reapresentação do atonismo ao meio social e religioso ocorreu depois de
finalizadas as perseguições realizadas pelos sacerdotes das antigas religiões
politeístas egípcias, pelo faraó Horemheb, pelos faraós ramessíadas na
fase pós-Akhenaton e ainda pela redução das persecuções de alguns livres
pensadores na idade contemporânea.
Atualmente perante as
leis internacionais baseadas no princípio da livre expressão dos credos
religiosos, entende-se que a esfera espiritual da vida é uma parte indispensável
da existência humana, assim a religião atonista sai do meio esotérico e se apresenta
em rede de comunicação mundial mostrando os primeiros registros monoteístas escritos,
conforme dados fornecidos através de processos metodológicos científicos, da arqueologia,
da história universal e dos registros akáshicos.
O atonismo é uma religião cujos
conhecimentos quando colocados em prática desenvolvem o amor fraterno, a paz, a
sabedoria espiritual e o equilíbrio ecológico planetário. Esses conhecimentos
são os fundamentos para a evolução espiritual da humanidade. Sua doutrina
mostra seu caráter benéfico que nos dá a condição necessária para habitarmos com
brevidade o mundo espiritual do único Deus (Pt, paraíso em egípcio) depois de concluído
o ciclo de vidas em corpos físicos.
O atonismo busca unir a
humanidade dentro dos princípios do amor divino, da verdade espiritual, da
solidariedade e da tolerância buscando o valor ecumênico com as outras religiões
beneficentes que também religam a humanidade ao único Deus de amor, sabedoria e
justiça misericordiosa.
01. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ATONISMO
O
Atonismo surgiu no Antigo Egito através do faraó Akhenaton que trouxe a
primeira revelação do único Deus que não apresenta forma humana ou animal. Diversos
registros arqueológicos, históricos e religiosos que datam de aproximadamente 14
séculos a.C, mostram que o atonismo é a primeira religião monoteísta da
humanidade, fato comprovado através de pesquisas seguindo os métodos
científicos que constatam cronologicamente os dados fornecidos por escavações arqueológicas,
registros religiosos e fatos relatados pela história universal.
O atonismo conhecido como a religião da luz é uma revelação divina milenar
e universal que tem por base a fé racional. O atonismo, também conhecido no
meio esotérico como o iluminismo egípcio,
não se constitui do pensamento pessoal de um homem a respeito de Deus e sim de
uma instrução direta do único Deus ao faraó profeta Akhenaton.
O
Atonismo objetiva, na Era da luz, retransmitir
os conhecimentos ensinados no Grande Templo de Aton da antiga cidade egípcia de
Akhetaton, orientando os seres humanos para atingirem a perfeição espiritual
através da prática abnegada do bem, do perdão incondicional, do desapego material e do amor fraterno para
vivenciarem com o único Deus a felicidade
plena.
02. AKHENATON, O PROFETA DO ATONISMO
Akhenaton
não era o sucessor direto ao trono do Egito. Desde o seu nascimento tinha-se
por certo que o seu irmão Tutmés (Tutmósis, na versão grega)
sucederia o seu pai Amenhotep III. Quando foi residir e estudar em Heliópolis
(Iunu, em egípcio), Akhenaton teve a sua formação direcionada para o
sacerdócio. Sua ordenação sacerdotal se deu no Grande Templo de Heliópolis onde
começou a estudar nos últimos anos da sua infância, chegando a concluir os seus
estudos recebendo o grau de sacerdote de Ra-Horakhty, isso ocorreu no quarto
ano da sua corregência com seu pai. A coroação do faraó Akhenaton ocorreu em
02.01.1353.
Akhenaton
jamais se considerou um deus. Registros no grande hino a aton mostram sua
posição de filho de Deus,
assim como todos nós.
“Você
está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra…”
(Grande
hino a aton, escrito e oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da
inauguração da cidade de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de
ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito).
Como
honra a sua formação sacerdotal Akhenaton foi representado pelo símbolo solar da esfinge no Templo de
Iunu (Heliópolis). Essa imagem foi rejeitada por Akhenaton e sem o seu
conhecimento foi preservada secretamente pelo seu conselheiro Ay. Neste mesmo
ano, Akhenaton desvinculou-se do Templo de Heliópolis por não mais participar
da primitiva doutrina solar que cultuava o imaginário deus Ra-Horakhty tendo em
vista a nova e avançada revelação atonista que ele recebera diretamente do
único Deus para iniciar a sua missão religiosa.
No
quinto ano do seu reinado, ele mudou seu nome de Amenhotep IV (Amon está
satisfeito) para Akhenaton (espírito para aton), fato que caracterizou uma profunda reforma intima que o levou a apagar
os seus antigos cartuchos e queimar os documentos que continham seu antigo nome.
Até
o oitavo ano do governo de Akhenaton o atonismo apresentou uma fase protomonoteísta,
uma preparação para o monoteísmo. Neste
período Akhenaton ministrou palestras por todo o Antigo Egito sobre a doutrina religiosa
ensinada pelo atonismo.
A
partir do 9º ano de seu governo, na fase de consolidação do atonismo como
religião rigorosamente monoteísta, ética
e universal, Akhenaton revelou que único Deus apresenta-se pela união de
todas as luzes cósmicas (energia akh) que formam todas as coisas e que estão presentes
nos três infinitos campos divinos.
03. ATONISMO O MONOTEÍSMO ESTRITO, ÉTICO E
UNIVERSAL
O atonismo não aceita a doutrina politeísta diteísta onde um “ser supremo do bem” compete e nunca finaliza um “ser supremo do mal” dentro de um sistema de conivência construído para não desequilibrar a eterna batalha dos opostos nos universos mantendo alguns sistemas religiosos que dominam seus seguidores pelo temor a um “deus vingativo”. Também refuta o politeísmo triteísmo (definido como uma família de três pessoas que são deuses) que foi muito comum principalmente no Antigo Egito.
O atonismo ensina que o mal nunca foi criado por um ser poderosamente malévolo e jamais pelo único Deus cuja essência é de puro amor. O mal é uma consequência dos conflitos internos, interpessoais e das imperfeições morais humanas. O atonismo não aceita a existência de um “deus malévolo” (Apep, serpente mitológica egípcia), contudo acredita na existência de almas (ba, em egípcio), praticantes do mal para com os encarnados e desencarnados pelo fato de se encontrarem num estado de evolução inferior, atraídas pelos desejos e paixões em Ta (plano físico) e Duat (plano astral). Elas são influenciadas por outras bas dominadas pela maldade podendo se unir em grupos formando legiões. Estas podem apresentar um líder perverso surgido desse mesmo grupo ou vindo de outro, sendo que este líder pode delimitar áreas do Kekui (zonas purgatórias no Duat) onde se apresenta como um falso deus podendo aprisionar e julgar vários mortos endurecidos pelo mal, geralmente capturados logo após o desencarne, para atormentá-los, adormecê-los ou torná-los comparsas criando os pequenos “infernos particulares”. É comum encontrar no Duat almas recém-desencarnadas que acreditam no sono pós-morte a espera de uma sentença divina e do inferno eterno para os “pecadores”, essas bas podem facilmente ser aprisionadas por essas malévolas legiões devido as suas próprias convicções.
O atonismo não é panteísta. Conforme a sua doutrina, após a morte do khat (corpo físico), as bas mantêm suas consciências individuais e após a iluminação os seus akhs (espíritos, em egípcio) não se diluem na consciência de Deus, como ocorre no panteísmo.
Para o atonismo o único Deus tem sua consciência (akh, espírito em egípcio) separada dos universos (multiversos) esse fato também mostra que o atonismo não é uma doutrina panteísta já que no panteísmo deus é tão somente o próprio universo físico.
O atonismo contesta a existência do Tribunal de Osíris que sentencia as bas à segunda morte (extinção espiritual) e a existência das penas eternas (inferno) já que ele revela o único Deus sendo infinito em bondade e justiça misericordiosa, jamais um deus vingativo e tirano.
Praticar o bem, o amor, o perdão, a solidariedade e a verdade capacitam os atonistas para a vida plena em Pt (lê-se pê, em português) e suavizam o pagamento das dívidas de aprendizagem (carma) para com as leis divinas. O atonismo é um monoteísmo estrito e fundamentalmente ético com valores morais e espirituais superiores voltados unicamente para a prática do bem.
04. O
ATONISMO E O ÚNICO DEUS
Os atonistas não adoram ao sol (aton) como sendo o
único Deus. Eles compreendem que o sol é apenas uma partícula do Khat (corpo físico) do único Deus que
emana uma força vital, sendo a fonte de energia divina mais próxima do nosso
planeta e por onde o Deus único controla o ciclo vital na Terra, por isso
receberam o nome de atonistas. O Deus único foi representado, em sua forma
inicial (exotérica), nos registros
ao tempo do reinado de Akhenaton, através dos raios solares (energia do sol) que
saem do disco solar e entregam a ankh (vida, cruz ansata). Posteriormente, no nono ano, Akhenaton desvelou para o
povo egípcio o conceito esotérico (fechado) quando Ntr (Deus) passou a ser apresentado
como a luz akh (energia divina) que gera e constitui o Todo universal.
A
crença no Deus único como o Ser de
energia inteligente e benevolente baseia-se na certeza da sua unicidade, do seu
amor e da sua justiça misericordiosa. A energia cósmica divina a tudo preenche,
conhece e age.
Mais
do que imaginamos o único Deus está presente em nossas vidas nos ajudando em
nosso processo de iluminação.
O
único Deus revelado pelo atonismo é constituído por três campos de energia akh entrelaçados
e esparsos, são os três infinitos mundos que a tudo preenchem fazendo tudo
funcionar, contudo separados por frequências e sutilezas energéticas distintas.
O único Deus apresenta a vontade benevolente e a inteligência suprema sendo
onipresente, onisciente e onipotente. O Akh (espírito) de Deus é a sua essência
e pode ser descrito, ao nível de compreensão humana, como sendo o Ser de luz akh branca brilhante, supremo,
infinito, envolvente, único, amoroso, perfeito, sábio, misericordioso, poderoso,
gerador, justo, feliz, benfeitor, diligente, equilibrante, eterno,
adimensional, vivificante, imutável, apraz e sem forma que se encontra no Pt.
O
Pt é um campo energético
completamente enevoado (iluminado) pela luz akh com pontos sutilmente coloridos,
perfeito, aprazível, sem edificações e infinito. Neste campo o amor fraterno, a interação familiar
universal, o trabalho mental, o equilíbrio, a comunicação por pensamentos e
sentimentos, o poder benevolente, a alegria intensa, a liberdade incondicional,
o entusiasmo para o trabalho com Deus e a paz promovem a felicidade plena. Nesse
campo encontram-se os hamemets (seres
perfeitos) vivendo em família com Deus. Nesse mundo divino em meio à luz branca
brilhante akh ficam imersos pontos de luzes em cores sutis que são os hamemets fenecidos aguardando as suas
ressurreições que ocorrerão após a conclusão do processo de iluminação das suas
bas que acontece em Ta (mundo físico).
05. O PROCESSO DE ILUMINAÇÃO
Os atonistas estudam, meditam e praticam
abnegadamente os conhecimentos do sagrado Papiro
Neter que direcionam suas vidas
dentro dos propósitos do bem, da paz, do amor, da caridade, do desapego e da sabedoria
objetivando a iluminação espiritual planetária.
A condição básica para a iluminação está na
prática sincera e abnegada dos três mandamentos atonistas revelados pelo único
Deus no sagrado Papiro Neter:
I- Amarás a mim, o Deus único com verdade;
II-
Amarás a ti, com renúncia;
III-
Amarás aos vivos, sem apego.
O
amor, a gentileza, o perdão sincero, a compreensão, a empatia, a renúncia e a
solidariedade são chaves para evitar e findar os conflitos humanos. Os
atonistas são pacificadores e ambientalistas por excelência, sendo radicalmente
contra guerras e conflitos entre grupos humanos.
O
atonismo é uma religião ecológica.
Zelar o Khat divino é um compromisso
dos atonistas, que buscam o equilíbrio, o respeito e a preservação do meio
ambiente para garantir a vida das gerações futuras. As almas dos antigos
egípcios vieram do planeta Wr da constelação do Cisne que sofreu uma catástrofe
ecológica provocada por seus habitantes. Ao reencarnarem na Terra, após essa
experiência desastrosa em Wr, os egípcios deixaram profundas marcas de respeito
à natureza planetária.
O atonismo ensina que todos os que estão
no ciclo reencarnatório de aprendizagem podem começar a se libertar do
sofrimento que pode ser uma prova para com as leis de Deus ou uma consequência
das omissões, dos desejos carnais, da vingança, da intolerância, da inveja, do
orgulho e do apego material que formam os anseios ilusórios.
Para o atonismo não existe boa ou má
sorte. É dado a nós o livre-arbítrio tanto em Ta como em Duat e em Pt. São os nossos
pensamentos, sentimentos e ações que constroem o nosso futuro. O arrependimento
sincero do mau uso do livre-arbítrio nos aproxima da misericórdia divina.
Deus
gera os seus filhos como consequência do seu puro e infinito amor a partir do
seu Akh em Pt, porque quem ama sempre
gera algo por amor e com esmero. Saímos do Akh
divino como centelhas (mônadas) e somos direcionados na malha divina. Em Pt somos formados por um conjunto: um hamemet (corpo divino), um akh (espírito) e um ka (energia vital).
No
Duat, somos compostos pelo sahu (corpo astral), pelo ka e pela ba (alma). Antes da primeira encarnação o Deus único gera o nosso sahu e a ba da sua energia Akh em
seguida o ka transporta-se para o Duat. A ba é presa ao sahu
através do ka e está conectada ao seu
akh (espírito) que é gerado no Pt onde ele sempre permanece. No momento
da encarnação o corpo sahu, por ser
energia, é absorvido pelo ka que
junto com a ba transmigram para o
mundo físico se ligando a um corpo material (khat) ainda em formação, exatamente no instante em que o conjunto
de células humanas (pós-fecundação) se uni ao útero materno. Nesse momento o ka continua com a mesma função de
envolver e prender a alma ao khat
além de energizar o individuo e conter o carma e as outras informações do
encarnado. Após a morte do corpo físico o ka
e a ba retornam ao mundo espiritual
onde a ba é julgada pelo seu akh para saber seu destino,
simultaneamente o ka forma um novo sahu em Duat com a mesma aparência do khat
da última vida em Ta. Esse ciclo se
repete até alcançarmos o nível máximo de evolução (iluminação) e chegarmos ao
mundo de Deus (Pt).
Ao
final do ciclo de renascimentos de aprendizagem a ba, que é a portadora dos
conhecimentos e sentimentos adquiridos nas reencarnações, é absorvida pelo seu akh. Em seguida o próprio akh transforma o ka em sekhen (poder
espiritual) e assim ressuscita o seu hamemet
(corpo celeste) até então fenecido em Pt. Os hamemets, já ressurretos, apesar de apresentarem o poder divino (Sekhen) não geram novos akhs, não são eternos porque tiveram
início, não são onipresentes, nem onipotentes e nem oniscientes, características
encontradas exclusivamente no único Deus.
Os
hamemets trabalham com o Deus Único
nos infinitos universos que se formam e se desintegram num ciclo de renovação,
dando-lhes a satisfação de existir para sempre através do trabalho benéfico,
prazeroso e criativo com o Deus único dentro da família universal.
Tudo
em Ta produz aprendizagens e provas
que objetivam formar e aferir a evolução de um encarnado e conduzi-lo quando
este estiver preparado para o mundo de Deus.
06. O VIVER ATONISTA
Desde o princípio os atonistas cultuam a luz
cósmica, principalmente a luz solar devido aos seus efeitos vitais positivos. Alguns
dos primeiros atonistas chegaram a acreditar que o disco solar era um orifício móvel
no céu por onde Deus emanava diretamente a sua luz Akh (luz divina). O elemento luz simboliza Deus e tem o significado
de purificação e perfeição espiritual, sendo a iluminação espiritual o objetivo
de vida dos atonistas. Por isso é comum nos templos e nas casas dos atonistas a
presença simbólica e constante de uma luz sutil.
Os atonistas bebem a água atonizada que é
preparada quando se expõe a água potável ao trajeto da luz de aton por 12
horas. Um copo desta água (em temperatura ambiente) é bebida pela manhã, em
jejum, uma hora antes da primeira refeição para efeito de hidratação,
purificação e cura.
O vestir pessoal dos atonistas se caracteriza
por roupas em cores claras do espectro solar ou com alguma peça branca que
simbolizam a aliança com o Deus único.
Os praticantes do atonismo são frugais, usam o
chá e o óleo sagrado de hereretaton
(girassol) e outros chás curativos (fitoterápicos). Praticam as terapias
naturalistas éticas complementares e medicinais.
Os atonistas cuidam e respeitam os seus khats (corpos físicos), dando-lhes
alimentação saudável e em proporções corretas, trabalham a respiração, praticam
exercícios físicos e cuidam da saúde mental e espiritual.
Os atonistas aceitam a separação conjugal
pelo divórcio que já era um distrato jurídico usado no antigo Egito.
As artes em suas diversas áreas (sem
conotações lascivas), a antiga cultura egípcia não politeísta, excursões,
viagens, confraternizações de grupos em atividades comemorativas em chás,
almoços, jantares com objetivos também de obter fundos para fins de caridade
são também fontes de lazer dos atonistas.
O atonismo condena as práticas abortivas. Um
embrião quando se liga ao útero de uma mulher (nidação) já apresenta uma ligação espiritual com uma ba reencarnante, portanto constituindo a
partir desse momento um ser vivo em processo reencarnatório.
O atonismo condena toda forma de violência,
principalmente contra a vida, como a eutanásia, a pena de morte, o aborto, o
suicídio, o homicídio, a guerra, os sacrifícios humanos ou de animais e o
desmatamento. Somente Deus pode determinar o final de uma vida.
Todas as formas de vícios que prejudicam a saúde
física, mental e espiritual são orientadas para serem abandonados através do
atonismo.
O atonismo não aceita nenhuma prática
esportiva ou dita desportiva que possa agredir e/ou subtrair os seres vivos.
Os atonista são educadores sociais que
ensinam, pelo próprio exemplo, a paz, a espiritualidade, o amor, a
solidariedade, a compaixão, o perdão sincero e a caridade abnegada.
Os preconceitos étnicos, sociais, etários, homofóbicos,
doutrinários religiosos e filosóficos e por deficiências físicas e mentais são inaceitáveis pelo atonismo. O atonismo
afirma que a orientação sexual de uma pessoa independe da sua vontade psíquica,
portanto não é uma opção de vida ou uma doença. Existem processos carmícos com
a formação genética na parte da genitália que não constitui uma enfermidade e que
pode ter influência na sexualidade de uma pessoa. Em todos esses casos ninguém
deve ser discriminado, devem ser respeitados e, em alguns casos, ajudados para
que não desenvolvam uma depressão, quando julgados preconceituosamente, o que
pode leva-las ao suicídio ou ao desequilíbrio na conduta espiritual inferior. As
existências de vidas passadas com abusos e desequilíbrios sexuais profundos
geram um carma pessoal no presente. A homossexualidade não deve ser criminalizada,
sendo esta uma etapa da evolução espiritual rumo à iluminação. Em fase avançada
do processo de iluminação, quando uma ba apresenta repetidas
reencarnações sob um mesmo sexo, este fato pode gerar características homoafetivas quando essa passa a reencarnar
em um sexo oposto.
A
mentalização direcionada para acontecimentos benéficos é praticada pelos
atonistas. O uso da força do pensamento através de mentalizações fixas, fortes
e intencionadas produzem efeitos positivos e são fundamentais como proteção,
purificação, cura e caridade. Servem também para uma melhor conexão com o Akh divino que conhece todas as
necessidades humanas.
A
prece sincera e o comportamento altruísta geram bons resultados e atraem os hamemets (espíritos perfeitos) que nos
ajudam em nossos pedidos junto ao único Deus.
Os atonistas são conhecidos pelo esforço que
fazem na prática do bem através da caridade, da compaixão e da solidariedade
sem esperar recompensas. Eles se empenham para acertar e aprender através das
oportunidades de experiências proporcionadas pelas vidas sucessivas e pelos infortúnios
que a vida naturalmente traz e que objetivam o desenvolvimento da humildade, da
paciência, da solidariedade, do amor para aproximá-los do único Deus.
07. A GÊNESE ATONISTA
A
ciência atonista contribui para as ciências exatas com os seus conhecimentos.
Os diversos ramos científicos ajudam à humanidade a entender melhor o campo
físico.
O
Khat divino (infinitos universos) se
renova a cada instante através dos big-bangs (big expansion). O big expansion é
uma autorrenovação celular divina, sendo a referência para o início do tempo e
do espaço em um universo.
A
lei de destruição constitui uma complementação da lei de construção cósmica.
Quando galáxias inativas colidem o resultado será a formação de uma nova parte
do Khat divino.
Se
o que é gerado tem características do uso de inteligência, logicamente a fonte
geradora (Deus) também é inteligente. Para os atonistas o acaso não existe, o
nosso universo com tudo o que nele existe é uma geração inteligente e de
extrema complexidade e consequentemente tem o seu gerador também inteligente.
Deus é energia, portanto Ele sempre existiu e não terá um fim.
Certamente
Deus não pode ser definido como uma simples energia inconsciente, cega, sem
vontade e separado do Todo.
O
atonismo afirma que a vida na Terra foi gerada por Deus que orientou o
lançamento dos elementos vitais dentro de aerólitos condritos carbonáceos
(meteoritos que chegaram a Terra trazendo compostos orgânicos).
A
Lei de evolução e seleção é divina,
constituindo-se uma certeza para o atonismo. O desenvolvimento genético do homem atual (Homo sapiens) aconteceu no sudoeste do continente africano. Estes primeiros humanos emigraram para as
terras onde nasce o rio Nilo Azul, sendo sua origem a partir de um ser que evoluiu
geneticamente por mudanças provocadas pela vontade de Deus que agindo através
das radiações de aton, pressão atmosférica planetária, fatores climáticos
terrenos, campos magnéticos, força gravitacional, características alimentares e
pelo efeito da inclinação do eixo terrestre gerou a humanidade como a
conhecemos. Esses fatores influenciam até hoje o desenvolvimento humano, sempre
e conforme a vontade do único Deus. O homem moderno partiu para a povoação do
mundo atual a partir dos primeiros humanos que habitavam o Vale do Rio Nilo
(Iteru).
Os
atonistas creem que a humanidade não está sozinha nos universos. Existem outras
formas de vidas em diferentes frequências e graus de evolução em outros mundos.
O
atonismo ensina que os planetas que giram ao redor das estrelas em infinitos
universos podem ser habitados por seres espirituais ou por seres corpóreos
(físicos) que podem existir desde vidas primitivas iniciantes (seres
microscópicos) a complexos seres inteligentes. Cabe à constituição física de
cada planeta em evidencia oferecer a condição que se adéqua ao tipo de vida que
neles existem. Os seres corpóreos que habitam outros mundos poderão apresentar
outras características que podem ser diferentes e superiores à forma humana. O
importante é que essas formas físicas tenham atingido um estado de inteligência
introspectiva profunda que possa acoplar uma ba. Os seres que atingiram elevado
grau tecnológico com espiritualidade avançada tendem a ajudar as civilizações
em desenvolvimento via canais intuitivos e através de reencarnações destes em
missões nos planetas em evolução.
Os
atonistas não se preocupam com o fim do Mundo, acreditam que a finalização da
vida material na Terra virá pela vontade do único Deus e operacionalizada
através de aton. O fim do nosso mundo ocorrerá quando o planeta não tiver mais
sua função educativa e quando aton não cumprir mais suas funções vitais para
com todas as formas de vida na Terra. Nessa época, dentro de bilhões de anos, aton
se tornará uma estrela gigante vermelha e se expandirá até chegar a Terra.
A
vida nos universos é influenciada por três números sagrados que são: 1, 3 e 7.
O número um representa a unicidade de Deus, o três o equilíbrio das partes do
todo (três mundos) e o sete a divisão e a atuação dinâmica dos elementos
gerados dentro dos campos divinos.
08. O ATONISMO E A REENCARNAÇÃO
O
novo khat é preparado para novas experiências
de vida, contudo sua construção depende do passado de cada reencarnante,
principalmente de atos, sentimentos, pensamentos, dívidas e omissões de outras vidas.
O esquecimento de vidas passadas encobre as experiências vivenciadas em outros
corpos para que não haja interferência na vida presente o que prejudicaria o
processo de iluminação. Entretanto ao desencarnarmos nos são reestabelecidas as
lembranças de todas as vidas passadas para que possamos entender os sofrimentos
e as provas pelas quais fomos submetidos.
Enquanto estamos em processo de aprendizagem (iluminação) reencarnamos
sempre em corpos humanos, nunca em animais, vegetais ou minerais. A lei divina
de ação e reação (carma) nos aproxima de pessoas que simpatizamos e também de
pessoas que antipatizamos. Enquanto tivermos dívidas num planeta reencarnaremos
sempre nele. O estado de evolução de uma ba
é progressivo podendo estacionar por um curto tempo. No processo
reencarnatório grupos de espíritos endividados entre si reencarnam próximos em
um mesmo ambiente familiar sendo que nessa família sempre renasce uma ba apaziguadora. O último estágio de
reconciliação entre inimigos de vidas passadas acontece dentro do núcleo
familiar quando reencarnam na condição de mãe e filho por uma vez ou mais.
Existem casos de famílias onde reencarnam apenas espíritos já em estado de
iluminação avançado para cumprir uma missão.
Quem
age contra as leis divinas sofre as suas consequências dentro de um programa de
aprendizagens planejado por Deus. O semear é livre, mas a colheita é inevitável.
Quem fere é porque um dia já foi ferido pelo mal e aprendeu a ferir, por isso
os atonistas sempre são tolerantes e indulgentes.
Ao
regressar ao Duat a ba lembra-se de todas as vidas passadas
e seu akh fará uma avalição de seu
estado de evolução. Ela se reencontra com aqueles que conviveu em vidas passadas
que estão nesse plano intermediário.
Os ciclos reencarnatórios acontecem
geralmente de 33 a 40 vidas físicas em diversas situações de aprendizagem. Pode
haver mais reencarnações, caso necessário para se completar o processo de
iluminação. Uma alma reencarna pobre, rica, em diversas etnias e civilizações,
renasce ora homem ora mulher, em diversos tipos de provas e em outras situações
de aprendizagens. Depois da iluminação só acontecem reencarnações missionárias.
Esses ciclos reencarnatórios constituem uma prova da justiça misericordiosa divina.
As penas eternas (inferno) não existem, todos retornaremos a luz em Pt, ninguém
jamais será esquecido, pois o único Deus nos conhece e nos ama profundamente e
esse amor nunca finda.
Os
atonistas são pessoas que buscam desenvolver virtudes como o amor, a humildade,
a paz, o perdão, a solidariedade expressa através da caridade abnegada, do cuidado
com a educação integral e ambiental tornando-os educadores através de seus
exemplos. Essas virtudes proporcionam a iluminação espiritual através das
experiências adquiridas no ciclo reencarnatório.
O atonismo afirma que durante o ciclo
reencarnatório a prática do bem atrai dádivas e fazer o mal atrai dívidas.
Somos
gerados desprovidos de experiências e conhecimentos, desse modo Deus nos envia
para a escola da vida no plano físico (Ta). Assim ficamos presos a um corpo material
para construirmos experiências de vida desenvolvendo virtudes a serem
absorvidas pelo nosso akh.
Sabemos
que uma vida não é o suficiente para obtermos todas as experiências,
conhecimentos e bons sentimentos necessários para habitarmos no mundo do único
Deus (Pt). Assim, o processo reencarnatório de uma ba é uma prova da misericórdia divina que nos dá oportunidades de
atingirmos a iluminação respondendo por nossos atos perante a lei divina de causa
e efeito. Ao final teremos o amor fraterno que é fundamental para habitarmos,
convivermos e trabalharmos harmonicamente com a família fraternal divina em Pt.
09. A FILOSOFIA ATONISTA
A
filosofia do atonismo é fundamentada objetivando a iluminação espiritual por
esforço individual através da prática abnegada do bem.
O
atonismo tem como axioma tratar aos irmãos (senw, em egípcio) da forma como se
deseja ser tratado, conforme o Papiro Neter:
“Fareis
ao vosso semelhante o bem que desejardes para vós e discernireis antes de agir,
sereis dóceis, justos e piedosos com os vossos irmãos.” (Nt 3:7)
Os
atonistas sempre fazem abnegadamente uma boa ação diária. Uma prática
beneficente voluntária é um exercício a gerar dádivas para o presente e para futuras
reencarnações.
10. A
COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL
A vida é transitória no Ta, daqui levamos
para as outras dimensões os conhecimentos, as experiências, os sentimentos, as
dádivas e as dívidas que formam o nosso caráter espiritual. A reencarnação de uma
alma virtuosa fará o nascimento de uma boa pessoa, já uma má pessoa está associada
à reencarnação de uma alma com baixo estado de evolução.
As bas dos fenecidos interagem constantemente
com o mundo material, onde podemos fazer contato através de ipwtys (médiuns), dependendo de onde elas
estão e com a permissão dos hamemets
e de Deus.
Os ipwty(s) são meios para o contato entre os campos do Duat e Pt com o Ta. As comunicações medianas
(mediúnicas) ocorrem de maneira espontânea, sem invocações, e acontecem
preferencialmente nos templos atonistas em sala reservada onde o ipwty se posiciona de maneira concentrada,
confortável, e segura para receber e transmitir a mensagem espiritual. O
relacionamento entre a humanidade e os sahus
são fortes e constantes.
Em Duat
não se veem os hamemets que estão em
Pt. Os hamemets são livres para
transitar entre os planos e em Duat
eles se manifestam diretamente sem precisar de intermediação mediana.
Os sahus em adiantado processo de
iluminação nos influenciam para o bem nos ajudando nas dificuldades da vida, já
os maus sahus muitas vezes atraídos
por nossos maus pensamentos e atitudes errôneas nos influenciam para práticas do
mal levando-nos ao sofrimento.
11. O
CULTO ATONISTA
A reunião
principal ocorre aos domingos (dia de Aton) nos templos atonistas durante as
três horas antes do crepúsculo para estudo, obtenção de energia cósmica,
equilíbrio, purificação, cura, comunicação divina e práticas beneficentes.
Também se reúnem aos domingos durante a terceira hora após o nascer de aton
para a prática de senebs (terapias de curas alternativas e energização).
Os rituais
atonistas facilitam a atenção e a concentração do pensamento durante as
reuniões fazendo a energia ambiental e cósmica fluírem em uma única sintonia,
direção e objetivo trazendo a satisfação da necessidade emocional de ligação
com o único Deus e demonstrando o respeito para com Ele. As reuniões atonistas
são realizadas excepcionalmente nos demais dias da semana e até mesmo fora do
Templo em casos de atividades específicas que envolvem trabalhos sociais,
doutrinários, nascimentos, purificações, curas, matrimônios e sepultamentos. Os
atonistas dirigem suas preces e rituais para o leste, o nascente de aton.
As reuniões de
comunicação espiritual são fechadas e só se realizam com o quórum mínimo de
três pessoas; o ipwty, o sacerdote
doutrinador e um guardião do Templo. As
comunicações transmitidas pelos ipwty(s)
podem acontecer por meios sonoros (ruídos, pancadas e fala), inspirações,
escrita, pintura, deslocamento, vidência e audição espiritual. Os ipwty(s) transmitem a cura de
enfermidades com o auxilio de um guia espiritual que lhe direciona a energia
curativa proveniente do cosmos.
Os cultos
atonistas utilizam como meios de purificação e cura a medicina tradicional e a
espiritual, envolvendo as senebs (terapias complementares naturais e
espirituais), a água atonizada, o óleo sagrado de hereretaton (óleo de girassol extravirgem atonizado). Usam para a
purificação ambiental o incenso de antyw
(mirra, em egípcio).
Os atonistas
contribuem para com os templos que participam através de doações espontâneas ou
por formação de associações, sendo que tudo o que entra ou sai com valor
econômico é demonstrado e afixado para que todos vejam esses fluxos financeiros,
assim todas as despesas de manutenção e com atividades beneficentes acontecem
com a prestação de contas a quem interessar.
O atonismo não
mantém sacerdotes remunerados, esses são homens e mulheres com a vida
profissional independente dos templos atonistas e mantém suas atividades religiosas
por amor ao único Deus e na certeza de que o bem é o caminho sempre a seguir
que leva a iluminação dos seres humanos.
Os
Templos Atonistas são entidades filantrópicas que, dentro das suas limitações, visam
proporcionar o bem-estar das comunidades em que estão inseridos.
Conforme
o Papiro Neter as atividades
atonistas são gratuitas e direcionadas para a prática da caridade sincera.
“Vivendo
em verdade”
(Akhenaton)
12. PAPIRO NETER: O REGISTRO SAGRADO DO ATONISMO
O
Sagrado Papiro Neter é à base da
doutrina atonista, no passado constituiu-se em um documento esotérico do Grande
Templo de Aton. Esta escritura religiosa milenar é um registro akáshico
(transcrição mediúnica) e apresenta-se numa linguagem remota, afirmativa e foi
reservada aos poucos sacerdotes dos templos atonistas.