domingo, 1 de janeiro de 2017

ATONISMO: PERGUNTAS E RESPOSTAS




01.         O que é o Atonismo?

O Atonismo é a primeira manifestação monoteísta documentada em linguagem escrita e por material arqueológico, sendo adotada como a religião oficial no antigo Egito enquanto uma nação politicamente organizada no governo do faraó Akhenaton, ou seja, é considerada como a primeira religião monoteísta pela história universal através de documentos, fatos históricos e pesquisas realizadas através de métodos científicos e dentro de um período cronológico histórico.


02.         Onde surgiu o Atonismo?

No Antigo Egito durante a XVIII dinastia, mais precisamente durante o governo do faraó Akhenaton, anteriormente chamado de Amenhotep IV ou Amenófis IV.


03.         Quando surgiu o Atonismo?

As primeiras ideias sobre o Atonismo surgiram com Tutmés IV, avô de Akhenaton que acreditava em um deus solar. Quando Akhenaton iniciou o Atonismo, ele revelou a coerente teologia atonista, ensinando que Deus é um ser bondoso de luz espiritual (luz akh), Ele não apresenta forma humana ou animal e seu espírito habita o Pt (Paraíso, em egípcio). Além disso, os pais de Akhenaton almejavam a revolução atonista. O grande sinal para o início do Atonismo foi quando Amenhotep III (pai de Akhenaton) construiu um lago perto do palácio de Malkata para a sua esposa Tiy (mãe de Akhenaton). Neste lago foi colocada uma magnífica barca dourada. Essa barca real foi denominada por eles como “Tehen Itn” que significa “Esplendor de Aton”. O zarpar dessa barca e a apresentação dessa solenidade foram realizadas por Akhenaton, dando início as atividades atonistas por esse faraó. Este fato histórico ocorreu há mais de 3.370 (três mil e trezentos e setenta) anos antes do presente, durante  a corregência de Akhenaton com seu pai.


04.         Quem revelou o Atonismo para a humanidade?

Akhenaton, faraó da XVIII dinastia egípcia, filho do faraó Amenhotep III e da rainha Tiy, nascido ao 01 de janeiro de 1377 a.C. revelou toda a doutrina da religião atonista.


05.         O Atonismo é uma religião monoteísta?

Sim, os primeiros 08 (oito) anos caracterizaram uma fase proto-monoteísta, neste período Akhenaton estava divulgando a doutrina atonista e preparando uma revolução religiosa monoteísta para o mundo antigo. A partir do 9º ano do seu governo, o Atonismo seguiu como sendo um monoteísmo estrito, ético e universal que proibiu todos os cultos do panteão dos deuses egípcios, destituiu seus sacerdotes e fechou os seus templos, ficando somente o único Deus de luz.


06.         O Atonismo é uma religião panteísta?

O Atonismo não é uma doutrina religiosa panteísta, visto que para o panteísmo Deus é tão somente o universo, contudo o Atonismo ensina que Deus é tudo no todo infinito, sendo o Akh divino (essência espiritual divina) separado dos seus três infinitos campos de energia que o constituem, a saber, Ta (campo físico), Duat (campo astral) e Pt (campo divino). O Atonismo ensina que ao concluirmos a nossa evolução espiritual (iluminação) seremos espíritos livres e não seremos absorvidos pela essência de Deus como prega o panteísmo, ou seja, não perdemos nossa individualidade. Somos espíritos gerados pelo único Deus e voltaremos ao seu mundo para juntos com Ele sermos trabalhadores nos seus propósitos.


07.         O Atonismo já foi um henoteísmo?

Durante os 08 (oito) primeiros anos do governo de Akhenaton, o Atonismo apresentou uma fase proto-monoteísta, uma preparação para o monoteísmo.  Neste período Akhenaton ministrou palestras por todo o Antigo Egito sobre a doutrina religiosa monoteísta ensinada pelo Atonismo. Nesta fase Akhenaton ainda tolerava o politeísmo esperando o amadurecimento religioso dos povos.
A partir do 9º ano de seu governo, na fase de consolidação do Atonismo como religião rigorosamente monoteísta, ética e universal, Akhenaton revelou que único Deus apresenta-se pela união de todas as luzes cósmicas (energia akh) que formam todas as coisas e que estão presentes nos três infinitos campos divinos. O Atonismo não é uma religião diteísta, ou seja, não aceita a existência de dois seres poderosos (deuses), um do bem outro do mal que competem eternamente nos universos gerando as sementes do medo, dos preconceitos e da incredulidade.


08.         Onde e como foi construída a cidade atonista de Akhetaton?

No final do quinto ano para o início do sexto ano de seu reinado, Akhenaton inicia a construção de uma nova capital para o antigo Egito, uma cidade dedicada exclusivamente ao Atonismo que até então não tinha um centro religioso de culto. O local escolhido situava-se entre Mênfis e Tebas, na margem direita do rio Nilo. Recebeu o nome de Akhetaton que significa o “Horizonte de Aton”. A cidade de Akhetaton foi a primeira cidade totalmente planejada da humanidade, sendo construída em tempo recorde de aproximadamente 04 (quatro) anos. Foi para a construção dessa cidade que surgiu o talatat, uma pedra de três palmos, que foi o primeiro material pré-fabricado proveniente de rochas sedimentares para erguer construções e que podiam ser facilmente transportados por um homem mediano sem comprometer sua estrutura óssea e muscular. Atualmente, Akhetaton se encontra em ruínas, devido à tentativa dos opositores de Akhenaton em retirá-lo da memória egípcia. Ela está na localidade egípcia conhecida como Tell El Amarna.


09.         Akhenaton construiu Akhetaton inaugurando o primeiro sistema de governo teocrático socialista?

Akhetaton foi um modelo de “cidade celestial” governada dentro de um sistema teocrático socialista, objetivando uma sociedade humanizada, pacificada e com benefícios para todos os seus habitantes, conforme os ensinamentos atonista, para que as civilizações do mundo antigo pudessem visitá-la e repensarem os valores do bem e da paz numa sociedade fraterna, civilizada e sem guerras. Akhenaton conseguiu amparar os idosos abandonados e as crianças órfãs e maltratadas, erradicar a mendicância e libertou os escravos oferecendo-lhes trabalho remunerado na construção civil da cidade de Akhetaton, 


10.         O que é o Papiro Neter? O que ele ensina?

O Papiro Neter é um documento inicialmente esotérico (ssta, secreto em egípcio) do Grande Templo de Aton. Este documento religioso milenar e akáshico (transcrição espiritual) que se apresenta em uma linguagem remota, afirmativa foi inicialmente reservada apenas aos poucos sacerdotes dos templos atonistas. E é através do Papiro Neter que o Atonismo ensina como o mundo surgiu, o caminho mais curto para se retornar ao campo de Deus e também responde claramente as quatro grandes perguntas que fazem filósofos, religiosos, cientistas e ateus, quais sejam: O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o objetivo de nossas vidas?


11.         Quais os três mandamentos da religião atonista?

Segundo o Papiro Neter, um documento inicialmente esotérico do Grande Templo de Aton, que traz os conhecimentos atonista, em seu capítulo 03 versículo 17, os três preceitos para atingirmos a iluminação são estes: amar ao Deus único com verdade, amar a si mesmo com renúncia e amar aos vivos sem apego.

“Cap. 03; 17: Eis os três preceitos para a vossa iluminação:
* Amareis a mim, o único Deus com verdade;
* Amareis a ti com renúncia; 
* Amareis aos vivos sem apego.”

12.         O Atonismo acredita na vida após a morte?

Sim, a vida é transitória no Ta (campo físico), daqui partimos para outras dimensões e levamos conosco os conhecimentos, as experiências, os sentimentos, as dádivas e as dívidas adquiridas da nossa vida na Terra.


13.         Os atonista ensinam a doutrina da reencarnação?

Sim, a reencarnação é um ciclo de idas e vindas da alma (ba, em egípcio) sempre em um novo corpo, a partir de uma nova gestação embrionária objetivando a iluminação para retornarmos ao mundo do único Deus com o verdadeiro sentimento do amor fraterno. Os ciclos reencarnatórios acontecem geralmente de 33 a 40 vidas físicas em diversas situações de aprendizagem, mas sempre na forma humana, nunca em forma de animais, plantas e minerais. Podem haver mais reencarnações, caso necessário para se completar o processo de iluminação, ou seja, para chegar a perfeição. Uma ba (alma) reencarna pobre, rica, em diversas etnias e civilizações, renasce ora homem ora mulher, em diversos tipos de provas e em outras situações de aprendizagem. Depois da iluminação só acontecem reencarnações missionárias. Esses ciclos reencarnatórios constituem uma prova da justiça divina misericordiosa. As penas eternas não existem, todos retornaremos a luz em Pt (lê-se “pê” e significa paraíso em egípcio).


14.         Por que o Atonismo ficou milhares de anos protegido dentro das escolas esotéricas?

Sua limitação ao meio esotérico ocorreu devido a grande perseguição realizada pelos sacerdotes das antigas religiões politeístas egípcias, do faraó Horemheb e de todos os faraós ramessíadas na fase pós-Akhenaton e ainda por alguns livres pensadores e fanáticos religiosos na idade contemporânea.


15.         Como os atonistas explicam o princípio da vida e da humanidade?

A ciência atonista afirma que a essência da vida terrena não estava presente na nossa formação planetária. Numa atmosfera em construção e com baixa proteção aos aerólitos, o princípio da vida atravessou dentro de biometeoritos (aerólitos condritos carbonáceos), que são rochas vindas do espaço sideral contendo estruturas de DNA, chamadas de nucleobases (blocos de construção do código genético) que caíram dentro do Num (oceano primordial, em egípcio). Essas rochas abrigaram a base para a construção da vida planetária. Sob a ação radioativa de aton (sol), das altas temperaturas no Num e das constantes descargas elétricas atmosféricas direcionadas para o oceano primordial fizeram com que as rochas liberassem para o Num o princípio da vida na Terra.


16.         Qual a relação do sol, chamado em egípcio ”itn” para com os ensinos  atonistas?

O sol (itn) é apenas uma partícula do Khat (corpo físico, em egípcio) do único Deus que emana a força vital, sendo a fonte de energia divina mais próxima do nosso planeta e por onde o Deus único controla o ciclo da vida na Terra. Aton é considerado pelos seguidores de Akhenaton como o mais importante canal de energia divina que mantém a vida no planeta, por isso são chamados de atonistas. O ITN, foi também o mesmo nome dado ao Deus único atonista pelo fato do sol ser a principal parte e fonte transmissora de energia vital do khat  divino conhecida pela humanidade.


17.         Akhenaton se considerou um deus vivo?

Os antigos egípcios acreditavam que o rei que conseguisse a unificação das duas terras (Alto e Baixo Egito) seria considerado um deus. Essa crença levou a divinização de todos os faraós, exceto Akhenaton que rejeitou esse título. Akhenaton, diferente de todos os outros faraós, nunca se considerou um deus. Pelo fato de encontrar-se na condição de missionário divino, ele trabalhava como sacerdote intercessor entre o único Deus e a humanidade que não estava preparada para entender o Deus verdadeiro como um ser espiritual bondoso e invisível, assim, só Akhenaton e o único Deus conheciam profundamente a doutrina atonista. Ele apresentava-se como um filho do Deus único e assim irmão de todos os seres humanos conforme se verifica no trecho a seguir transcrito do Grande Hino a Aton: “Você está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra”.


18.   O Atonismo foi uma religião que veio revelar o monoteísmo ou era uma religião para confrontar com as várias correntes religiosas e políticas presentes no antigo Egito?

Akhenaton não era o sucessor direto ao trono do Egito. Desde o seu nascimento tinha-se por certo que o seu irmão Tutmósis sucederia o seu pai Amenhotep III, contudo Tutmósis morre precocemente. Akhenaton assume uma corregência com seu pai e após terminar seus estudos para formação sacerdotal em Heliópolis constrói o primeiro templo atonista dentro do complexo religioso de Karnak, o Templo Gempaatón, o que foi considerado uma afronta a todos os sacerdotes dos deuses que teriam seus templos vigiados por Akhenaton nessa área religiosa politeísta. Akhenaton implantou o monoteísmo visando o combate a todo o panteão de deuses, entretanto visou a mais corrupta religião egípcia que foi o Amonismo (deus Amon). Os amonistas detinham uma parte ilegal da arrecadação de impostos na capital do Egito (Tebas). Vale ressaltar que só o Estado egípcio podia arrecadar impostos. Os amonistas eram donos ilegítimos de várias minas de ouro na Núbia e mantinham cultos sanguinários contrários aos princípios atonistas. Akhenaton combateu também os amonistas por tentarem um golpe para coletar impostos não só em Tebas (capital do Egito), mas em todo o antigo Egito. Como os amonistas eram poderosos e o maior empecilho para implantar a teologia monoteísmo, Akhenaton combateu essa religião primitiva com rigor através de decretos faraônicos e sem lutas sanguinárias, destituindo os sacerdotes, fechando os templos e devolvendo aos cofres públicos os bens apropriados pelos amonistas através da Revolução Religiosa Atonista que objetivou claramente a finalização de todos os cultos politeístas no Egito antigo. Akhenaton combateu da mesma forma os templos osiristas, ptahristas, khnumeristas, bastetistas, sobekistas, taurtaristas e outras religiões do panteão de deuses egípcios. Akhenaton, conforme a teocracia social atonista, costumava dividir as riquezas, cuidando da saúde, educação e assistência social da população egípcia, contudo toda a riqueza recuperada por Akhenaton ao reintegrar as minas de ouro da Núbia, a arrecadação de impostos, a tomada dos celeiros e campos produtivos amonistas não foram suficiente para reparar as consequências da pobreza deixada pelos amonistas ao longo dos anos na populosa cidade de Tebas que tinha milhares de miseráveis adoradores do deus Amon. Quando Akhenaton iniciava com sucesso a recuperação da economia egípcia, os antigos sacerdotes amonistas destituídos tramaram uma conspiração que culminou com assassinato do genial faraó Akhenaton, deixando o antigo Egito sem um governante, fato que agravou a situação social e econômica já delicada, possibilitando alguns historiadores e opositores concluírem erroneamente que Akhenaton foi o responsável por essa fase crítica da economia no antigo Egito. 


19.         O Atonismo acredita em vidas em outros mundos?

Os atonistas crêem que a humanidade não está sozinha nos universos. Existem outras formas de vidas em diferentes freqüências e graus de evolução em outros mundos. O Atonismo ensina que os planetas que giram ao redor das estrelas em infinitos universos podem ser habitados por seres espirituais ou por seres corpóreos que podem se apresentar desde vidas primitivas iniciantes (seres microscópicos) a complexos seres inteligentes e em graus de evolução diferentes. Cabe a constituição física de cada planeta em evidência oferecer a condição que se adéqua ao tipo de vida que neles existem. Os seres corpóreos que habitam outros mundos podem apresentar outras características que podem ser diferentes e superiores à forma humana. O importante é que essas formas físicas tenham atingido um estado de inteligência introspectiva profunda que possa receber um espírito.


20.         Os atonistas acreditam na comunicação com os  mortos?

Sim. Os espíritos dos fenecidos interagem constantemente com o mundo material, onde podemos fazer contato através de ipwtys (médiuns), dependendo de onde estes espíritos se encontram e com a permissão dos hamemets (espíritos perfeitos que já atingiram o grau máximo de evolução) e de Deus. Os ipwty(s) são meios para o contato entre os campos do Duat (mundo astral) e Pt (mundo de Deus). As comunicações medianas, ou mediúnicas, ocorrem de maneira espontânea, sem invocações, e acontecem preferencialmente nos templos atonistas em sala reservada onde o ipwty se posiciona de maneira concentrada, confortável e segura para receber e transmitir a mensagem espiritual. O relacionamento entre a humanidade e os sahus (espíritos desencarnados) são fortes e constantes. No atonismo o contato espiritual é gratuito, assim como todas as atividades de assistência aos pobres e sofredores. 




21.         Qual a relação entre o Atonismo e o judaísmo?

Segundo Freud, “o pai da psicanálise, que preconiza em seu livro “Moisés e o Monoteísmo”,  que Moisés foi um egípcio nativo, criado pela família real egípcia e sua religião foi diretamente influenciada pelo monoteísmo atonista. Vários teólogos demonstram em consonância com Freud que o Atonismo influenciou o judaísmo demonstrando que o Salmo bíblico 104 foi escrito com base no Grande Hino a Aton.


22.         Como provamos que o faraó Akhenaton não foi o faraó do êxodo bíblico?

A própria bíblia quando afirma que o êxodo ocorreu na época que estavam sendo construídas duas cidades celeiros chamadas Ramsés e Pitom (Livro do Êxodo capítulo 01 versículo 11). Cidades estas que foram erguidas, segundo a arqueologia enquanto ciência, no governo do faraó Ramsés II, ou seja, aproximadamente um século após o reinado de Akhenaton.


23.         Como faleceu Akhenaton?

Conforme registros akáshicos, no anoitecer do dia 23 de novembro de 1336 a.C, após concluir sua missão, Akhenaton faleceu vítima de uma conspiração amonista na cidade de Akhetaton. O corpo de Akhenaton foi escondido e sem mumificação, o que favoreceu o seu esquecimento por milênios.


24.         Como o Atonismo descreve o único Deus?

Os conhecimentos atonistas descrevem o Akh (espírito, em egípcio) de Deus como o Ser supremo, sábio, bom, justo, atemporal, adimensional, universal e de imensurável complexidade. Essa consciência universal é caracterizada pela perfeição de um sistema inteligente de energia que transcende a dualidade tempo-espaço do campo físico. O Atonismo descreve que Deus em sua essência é a consciência superior, sendo formada pelo esplendoroso Ser de energia espiritual, única, luminosa, branca radiante, transcendental, infinda, benéfica, perfeita e geradora de tudo no Todo. O Papiro Neter no seu capítulo 01, versículo 30 descreve o Akh do único Deus:

“Para o vosso limitado entendimento, o meu akh é um ser de luz branca brilhante, único, supremo, amoroso, perfeito, sábio, poderoso, gerador, justo, feliz, benfeitor, diligente, infinito, envolvente, equilibrante, eterno, vivificante, imutável e sem forma.”


25.         Como o Atonismo prova a existência de Deus?

O Atonismo vem comprovar a existência do único Deus através das interações entre as leis físicas e as relações químicas que culminam nos processos biológicos que são de uma complexidade extrema e ainda não dominada por completo pela ciência humana. A genética molecular não é capaz de produzir do zero, por adicionamento de subpartículas atômicas, os átomos que formam a molécula do DNA que são desenvolvidas por uma “tecnologia divina”. Essa tecnologia age dentro de sistemas propensos para recebê-la, ou seja, previamente organizados por um comando lógico (Deus). Assim, a genética deixa transparecer um agente causal, denotando a existência de um ser gerador através da estrutura e funcionamento das moléculas de DNA que é um armazenamento engenhoso e um processador ultrarrápido para a quantidade de informações processadas. Sendo uma estrutura de extrema complexidade, até hoje só foi possível ser estudada, trabalhada e modificada pela ciência humana, porém nunca gerada pelo homem. O DNA guarda códigos genéticos capazes de trazer pistas inteligentes para a construção de um organismo e seus descendentes. As informações genéticas conhecidas pelo homem sobre o DNA humano levou bastante tempo para serem reveladas e seus códigos decifrados, dentro de uma obra de engenharia fantástica! Seria o DNA apenas originado de um processo do improdutivo acaso? Ou uma obra complexa de um ser de suprema inteligência? Partindo de uma análise racional de fatos e consequências, alguém sensato logo teria uma resposta lógica. Nada comprovaria, mesmo por bilhões de anos de tentativas, que o acaso (mutável, inconsistente e impreciso) possa ter desenvolvido uma “tecnologia gerativa” e criado estas complexas estruturas moleculares. Assim é possível provar racionalmente a existência de Deus através de uma minuciosa análise da estrutura do DNA que contém informações genéticas codificadas, lógicas, constitutivas e hereditárias. A existência desses códigos genéticos denota a existência de uma inteligência suprema, participativa e mantenedora. Negar pela lógica a existência de Deus perante a perfeição das leis físicas que são constantes e a codificação da própria vida nas moléculas de DNA ou até mesmo frente a complexidade da vida nos ecossistemas é no mínimo questionável. O todo e a vida são muito complexos para terem origem na imprecisão do acaso ou de “leis cegas”. Toda lei precisa de um legislador para elaborá-la, implantá-la e sustentá-la. O controle de sua execução é fundamental para que ela não seja mutável, conflitante e autodestrutiva. O universo e tudo o que nele existe têm sua causa em um princípio inteligente, DEUS. A terceira Lei de Newton postula que nunca haverá uma ação sem reação, assim toda obra inteligente tem um criador inteligente. O mais difícil é provar que Deus não existe!


26.         Por que o Atonismo é conhecido como a religião da luz?

Desde o princípio os atonista cultuavam a luz cósmica, principalmente a luz solar devido aos seus efeitos vitais positivos. Alguns dos primeiros atonistas chegaram a acreditar que o disco solar era um orifício móvel no céu por onde Deus emanava diretamente a sua luz Akh (luz divina). O elemento luz simboliza Deus e tem o significado de purificação e perfeição espiritual, sendo a iluminação espiritual o objetivo de vida dos atonistas. Por isso é comum nos templos e nas casas dos atonistas a presença simbólica e constante de uma luz sutil. O atonismo afirma que Deus é uma luz akh única (energia).


27.         Por que o Atonismo é também chamado de religião verde?

O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade, é a religião verde por objetivar o respeito, o equilíbrio ecológico e a conservação do meio ambiente como forma de respeitar e cuidar do khat divino (corpo físico de Deus) que é o todo material. Tais cuidados com a natureza estão demonstrados na arte amarniana onde os artistas pintavam sempre os animais livres e não mais mortos em caçadas como era comum no governo dos outros faraós.


28.   Por que o Atonismo saiu do meio esotérico e volta a apresentar-se publicamente na atualidade?

Atualmente, perante leis internacionais de proteção a livre expressão dos credos religiosos, a religião atonista saiu do meio esotérico e se reapresentou também em rede de comunicação virtual descrevendo os primeiros registros escritos monoteístas sobre a natureza divina, a origem do nosso universo  e  o caminho para se atingir com brevidade a perfeição (iluminação).


29.   Quais foram os maiores opositores a revolução monoteísta?

Akhenaton enfrentou energicamente os templos de Amon (em egípcio imn, que significa escondido) sendo estes os seus maiores opositores. A religião amonista era formada por uma trindade de deuses, a saber, Amon, Mut e Khonsu, a imagem de Amon era guardada em uma câmara escondida. Somente os seus sacerdotes podiam cultuá-la. Esses sacerdotes acumularam fortunas através de ofertas oferecidas pelos fieis amonistas. A religião amonista implorava em seus cultos o ouro dos presentes prometendo-lhes ajudas de Amon, além de seus sacerdotes enveredarem trabalhos de feitiçaria com fórmulas pagas e com sacrifícios de animais. A imagem de Amon quando representada em forma zoomórfica era um carneiro com chifres curvos e sua forma antropomórfica se apresentava como um homem de barbas, usando na cabeça uma touca com duas longas plumas, com o seu órgão genital ereto e com um cetro no formato de chicote. O deus Amon, para grande parte dos antigos egípcios, era o deus da vitória nas guerras do Egito. Através das lutas armadas os sacerdotes amonistas encorajavam os soldados e ao faraó a vencer as batalhas embora de forma cruel, ceifando muitas vidas inocentes. 


                      
30. Qual a relação de Freud com o Atonismo?

Freud, “O Pai da psicanálise”, nascido em família judia, preconiza em seu  livro Moisés   e  o  Monoteísmo”, que a origem  do  monoteísmo não ocorreu entre os judeus, mas que o principio da crença  em  um  único Deus é de origem egípcia. Freud afirmou que o monoteísmo se revelou inicialmente através do faraó  Akhenaton  em  sua  religião no antigo Egito conhecida como atonismo.