domingo, 12 de junho de 2016

FREUD E O MONOTEÍSMO



AKHENATON O FARAÓ MONOTEÍSTA
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A doutrina religiosa atonista fundamenta a existência do Deus único que orienta a humanidade para o processo da iluminação espiritual. O atonismo é a primeira manifestação monoteísta documentada em linguagem escrita, por material arqueológico, sendo adotada como a religião oficial no antigo Egito enquanto uma nação politicamente organizada no governo do faraó Akhenaton, portanto é considerada como a primeira religião monoteísta pela história universal através de documentos, fatos históricos e pesquisas realizadas através de métodos científicos e dentro de um período cronológico histórico. O atonismo não pode ser considerado como henoteísmo, visto que Akhenaton enquanto chefe de governo revelou o único Deus e proibiu os cultos a todos os outros “deuses” no antigo Egito, decretando, no nono ano do seu governo, o fechamento dos templos dessas divindades e destituindo os cargos de seus sacerdotes, através de uma revolução religiosa  sem precedentes na história do antigo Egito no combate ao politeísmo. Akhenaton não se apresentou como um deus, mas como o supremo sacerdote atonista que quebrou normas, paradigmas e costumes faraônicos, mostrando sua humildade, respeito e submissão filial ao único Deus. O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade, é a “religião verde” por objetivar o respeito, o equilíbrio ecológico e a conservação  do  meio  ambiente como  forma  de  respeitar e cuidar  do  khat divino (corpo físico de Deus) que é o Todo material. Os conhecimentos religiosos atonistas envolvem registros  históricos, arqueológicos e esotéricos com  mais de 3.300 anos antes do presente. Aton (sol) é considerado pelos seguidores de Akhenaton como  o mais importante  canal da energia divina  que mantém  a vida na Terra, por isso os seus seguidores  são chamados  de  atonistas, contudo aton é apenas uma entre as infinitas  partículas  que constitui o khat de Deus.

 
 



"Deus único, afora de Tu nenhum outro existe”

(Trecho extraído do Grande Hino a Aton) 



FREUD E O ATONISMO

Freud, “O Pai da psicanálise”, nascido em família judia, preconiza em seu  livro “Moisés   e  o  Monoteísmo”, que a origem  do  monoteísmo não ocorreu entre os judeus, mas que o principio da crença  em  um  único Deus é de origem egípcia. Freud afirmou que o monoteísmo se revelou inicialmente através do faraó  Akhenaton  em  sua  religião no antigo Egito conhecida como atonismo. Nessa obra Freud revela que a religião judaica foi fundada por Moisés e afirma ainda que Moisés  foi um  egípcio nativo, criado por família real egípcia e sua religião foi diretamente influenciada pelo monoteísmo atonista. Entretanto, Freud comete um equívoco cronológico estabelecendo o êxodo  bíblico na  época do governo do faraó  Akhenaton, o  que  vem contra  a  maior prova arqueológica bíblica que afirma que o  êxodo  ocorreu na época que estavam  sendo  construídas  duas  cidades celeiros chamadas Ramsés e Pitom (Êxodo 1:11) que  foram erguidas, segundo a  arqueologia enquanto Ciência,  no  governo  de  Ramsés II, ou  seja, aproximadamente  um  século após  o  reinado de  Akhenaton. Vários  teólogos provam que o atonismo influenciou o judaísmo demonstrando que o Salmo 104 bíblico foi escrito  com  base  no Grande Hino  a  Aton.

O atonismo conhecido como a religião da luz é uma revelação divina milenar e universal que tem como base o amor fraternal, a paz planetária  e a fé racional. A revelação atonista, também conhecido no meio esotérico como o iluminismo egípcio, não se constitui do pensamento pessoal de um homem a respeito de Deus e sim de uma instrução direta do único Deus ao faraó profeta Akhenaton.



AKHENATON




Segundo registros akáshicos, Akhenaton nasceu em 01.01.1377 a.C, ao amanhecer no  palácio  de  Malkata, na cidade egípcia de Waset (Tebas).

Akhenaton não era o sucessor direto ao trono do Egito. Desde o seu nascimento tinha-se por certo que o seu irmão Tutmés (Tutmósis, na versão grega) sucederia o seu pai Amenhotep III. Quando foi residir e estudar em Heliópolis (Iunu, em egípcio), Akhenaton teve a sua formação direcionada para o sacerdócio.

Akhenaton evoluiu o pensamento do seu  avô, Tutmés IV. Seu avô entendia Aton como um falcão no céu (Horakhti, deus no céu) e uma manifestação  do  poder  da luz do  sol (shu). Essa representação divina foi modificada  por  Akhenaton. Conforme Akhenaton, o único Deus não apresenta forma humana ou animal, sendo invisível e representado na Terra pelos  raios solares. Estudos da egiptologia mostram que em todas  as  gravuras  Akhenaton  cultua o único Deus  dirigindo seu  olhar diretamente para os  raios do  sol (energia divina) que banham as coisas e que  entregam  a  ankh (vida), nunca olhando para o alto em direção ao disco solar (Aton). Akhenaton entendia que  o único Deus é a própria força cósmica (energia).

Os pais de  Akhenaton já almejavam a revolução atonista. O grande  marco  para o início do atonismo  foi quando  o pai de Akhenaton, Amenhotep III, construiu um lago  perto do palácio de Malkata para a sua esposa Tiy e neste lago entregou-lhe um presente, era uma reluzente barca  dourada. Essa barca real foi  denominada “Tehen Itn” que significava  “Esplendor de Aton”.  O cerimonial de inauguração do lago foi dirigido por Akhenaton e o zarpar da barca real marcaram simbolicamente a apresentação formal do atonismo para o mundo antigo. 

Ao tempo de Akhenaton, obrigatoriamente os faraós para serem coroados,  conforme a tradição cerimonial e teológica egípcia  eles deveriam ser “filhos de Ra” e a coroação ser realizada no testemunho da luz solar.

Akhenaton recebeu uma coroação especial, o local da sua coroação foi escolhido por seus pais, longe de Tebas, em Hermontís, conhecida como Heliópolis do Sul, na região próxima as terras da futura cidade atonista de Akhetaton, desprestigiando o complexo de templos politeístas de Karnak.

Antes de Akhenaton receber a grande revelação do único Deus que lhe intuíra os princípios do atonismo que renegaria o politeísmo egípcio, ele recebe o título do Templo de Heliópolis como o “Primeiro profeta de Ra-Horakhti que se alegra na presença do ar luminoso (Shu) que é  a manifestação de Aton”. Nesta cerimônia Akhenaton é figurativamente comparado a um falcão no céu por onde a luz divina chegaria a Terra. Quando Akhenaton  assume o  poder em  corregência, com   seu  pai  Amenhotep III, conforme  registro akáshico  em 02.01.1353  a. C,  ele  se depara com um Egito milenar extremamente politeísta, sendo alguns “deuses” muito nocivos. Um exemplo foi “deus Amon” (imn, o escondido, em  egípcio) que era o  mais  cultuado entre os deuses do Egito, a  ele  eram  atribuídas  as  vitórias nas  batalhas sangrentas de  expansão do Antigo  Egito. Akhenaton observou que  esses deuses não passavam  de legiões de espíritos sábios para o mal e que enganavam seus  adoradores.

Ainda em corregência com seu pai, Akhenaton começou um  trabalho  de investigação nos diversos templos egípcios descobrindo mais  de  40 "deuses" de relevância adorados no Kemet (Egito) e constatando que muitos dos sacerdotes dos  templos  desses  deuses eram corruptos  e  enganavam o Estado egípcio, sonegando impostos e arrecadando pesados tributos e ofertas do já sofrido povo egípcio. 

No terceiro ano de sua corregência, Akhenaton celebrou o seu festival "Heb Sed". Este festival aconteceu antecipadamente, para  que ele tivesse  as  forças necessárias para  enfrentar o poderoso e perigoso mundo  religioso  politeísta  egípcio. Akhenaton já  sabia que  seu  reinado não chegaria aos  trinta  anos, época  em  que todos  os  faraós faziam este festival. Intencionalmente nesse  festival somente a religião atonista foi cultuada.

No quarto ano de seu governo, Akhenaton concluiu seus estudos no Templo de Heliópolis, recebendo o grau de sacerdote de Ra-Horakhty. Como honra a sua formação sacerdotal Akhenaton foi representado pelo símbolo solar da esfinge no Templo de Iunu. Essa imagem foi rejeitada por Akhenaton e sem o seu conhecimento foi preservada secretamente pelo seu conselheiro Ay. Neste mesmo ano, Akhenaton desvinculou-se do Templo de Heliópolis por não mais participar da primitiva doutrina solar que cultuava o imaginário deus Ra-Horakhty tendo em vista a nova e avançada revelação atonista que ele recebera diretamente do único Deus. O atonismo, nos seus primórdios,  cultuava o único Deus nos raios do solares (energia) que vinham através do disco solar (aton).

Ainda no quarto ano de  seu  governo, Akhenaton inicia a construção, dentro do Complexo de Karnak (Tebas), um estratégico templo solar dedicado ao atonismo, cujo nome hoje  conhecemos  como Templo de Gempaatón. O  objetivo era cultuar o atonismo e  vigiar os cultos  politeístas dos  templos vizinhos. A  construção deste  templo solar marca o início da batalha diplomática e religiosa contra todos os  "deuses" e  principalmente contra os sórdidos sacerdotes de Amon que tinham o maior, mais influente e corrupto templo  em  Karnak.

No quinto ano de seu reinado Akhenaton faz uma profunda reforma íntima mudando o seu nome de Amenhotep IV (Amon está satisfeito) para Akhenaton (espírito para aton), fato que caracterizou uma extrema renovação espiritual que o levou a apagar os seus antigos cartuchos e queimar os documentos que continham seu antigo nome e raspar expressões em construções que se referiam aos  cultos zoomórficos  e  antropomórficos   no  Egito  antigo. Nesse ano o Egito conheceu o início de um período histórico de profundas mudanças religiosas, filosóficas, científicas e artísticas. 

No final do quinto ano para o inicio do sexto ano do seu reinado, Akhenaton inicia a construção de  uma  nova capital para o antigo Egito, uma cidade dedicada ao Atonismo que ainda não tinha um   centro religioso de culto exclusivo. O local escolhido situa-se entre Mênfis  e  Tebas,   na   margem   direita   do Nilo   e   recebeu o   nome  de Akhetaton (horizonte de Aton). A cidade teve sua ocupação inicial a partir do 8º ano de  seu  governo e  sua inauguração no 9º ano. Em aproximadamente quatro anos Akhenaton construiu a primeira capital planejada no centro do Antigo Egito. A maior parte da população era  proveniente de Tebas, sendo composta por intelectuais,  nobres, agricultores, militares, escribas, artífices e o povo que cultuava o Deus único. Estes acompanharam  o   rei   no seu  projeto político e religioso. A cidade foi um modelo de “cidade  celestial”  governada dentro de um sistema de governo teocrático visando uma  sociedade humana e pacífica, conforme os ensinamentos atonista, para que as civilizações do mundo antigo pudessem visitá-la e repensarem os valores do bem e da paz numa sociedade fraterna, civilizada e sem guerras. A cidade de Akhetaton era governava numa teocracia, conforme os princípios da vontade do Deus único (justiça, ordem, espiritualidade, verdade, solidariedade e amor) através do faraó Akhenaton. Hoje essa cidade se encontra em ruínas e está na localidade egípcia de  Tell El Amarna.

Pesquisas arqueológicas mostram que a cidade de Akhetaton teve  no princípio, uma população aproximada de vinte mil habitantes. As ruínas de Akhetaton mostram uma cidade caracterizada por avenidas, palácios, residências e pelo Grande  Templo de Aton. Seus  pedreiros, escultores  e  ajudantes  foram os  mais  bem  pagos, motivados, bem cuidados e assistidos de  toda a  história egípcia, o que consumiu muito dos cofres egípcios. Os  engenheiros  de  Akhenaton preocupados com a saúde  ergonômica (postural) dos trabalhadores da construção civil inventaram o talatat (pedra de três palmos), o primeiro material pré-fabricado para erguer  construções e que podiam ser facilmente transportados por  um homem mediano sem comprometer sua estrutura óssea e muscular. Com o talatat se construía uma cidade em menor tempo. Em Akhetaton todos eram tratados pelo principio da igualdade, não  havia escravos, mendigos, crianças e velhos desamparados. Os  doentes  eram  tratados no Grande  Templo  de  Aton com  senebs (tratamentos medicinais e complementares). Usavam a energia solar, hidroterapia, seichim (reiki egípcio), fitoterapia, óleo sagrado e procedimentos  espirituais e naturais. Nos templos atonistas os  animais  eram  trazidos nos altares para serem tratados, curados, abençoados e jamais  sacrificados. Um registro em pedra mostra Akhenaton tristonho curando um pato que foi ferido por um crocodilo no rio Nilo, ele usou os raios de aton para curar o ferimento da ave.

O Grande  Templo de Aton, que tinha uma área de cerca de 760m x 290m, não tinha teto na área dos  cultos,  para    que   a energia solar regenerativa, purificadora e curativa  iluminasse  a  todos  os  presentes aos cultos diurnos.

O projeto religioso de Akhenaton previu a  construção  de  três  centros atonistas, numa  área triangular que seriam iluminadas  pelos raios  cósmicos ao mesmo  tempo. O pensamento cosmogônico  e  religioso  atonista é  trino, visto  que  o  único Deus se  apresenta  para  o  atonismo formado  por  três campos  de  energias  infinitos.

Até o oitavo ano do governo de Akhenaton o atonismo apresentou uma fase protomonoteísta, uma preparação para o monoteísmo estrito.  Neste período Akhenaton   viajou pelo Egito promovendo palestras  sobre o monoteísmo atonista, revelando o Deus  único bom e presente nos raios cósmicos trazendo a vida (ankh),  revertendo   o   mal   gerado pelos   diversos   cultos politeístas milenares que objetivavam aumentar as riquezas de  seus sacerdotes, através da  pregação pelo medo ao “Tribunal de Osíres” e que mantinham o povo  egípcio na  miséria e pobreza espiritual devido à forte influência dos amonistas. Akhenaton ensina aos seus iniciados que o sol (Aton) é uma  partícula  do khat (corpo físico) do único Deus mais próxima  de nós, por onde Deus envia a  sua luz cósmica, sendo o meio vital por onde ocorrem as suas providências.

A partir do 9º ano de seu reinado, conclui-se a consolidação do atonismo como religião oficial do Antigo Egito fundamentada em um monoteísmo rigorosamente estrito, ética e universal, Akhenaton revelou que único Deus se apresenta pela união de todas as luzes cósmicas (energia akh) que formam todas as coisas e que estão presentes nos três infinitos campos divinos. Neste ano, já residindo na cidade atonista  de Akhetaton, Akhenaton fez um decreto de extinção aos cultos dos antigos deuses egípcios e ordenou a desfiguração de todos os  templos desses deuses. Akhenaton deixou  de  usar a dupla coroa  egípcia branca com  vermelho (Pschent) e passa  a  usar a  coroa  azul (khepresh, coroa  de  guerra) para  iniciar sua  revolução  religiosa no combate ao panteão de  deuses do Antigo Egito, estabelecendo o  monoteísmo estrito, ético  e  universal que  revela o único  Deus na  essência  da luz cósmica akh. A revolução religiosa atonista teve  seu  centro de  decisões em  Akhetaton, de  onde Akhenaton dava ordens para combater os templos zoomórficos e antropomórficos dos falsos deuses, contudo sem derramar uma gota  de  sangue.

Akhenaton enfrentou energicamente os templos de Amon (em egípcio imn, escondido) que era a maior e mais poderosa do panteão de deuses egípcios. A religião amonista era formada por uma trindade de deuses (Amon, Mut e Khonsu), a imagem principal de Amon era guardada numa câmara escondida. Somente os  seus sacerdotes amonistas podiam cultuá-la. Os sacerdotes amonistas podiam  acumular fortunas através de ofertas oferecidas em seus templos. As diversas religiões politeístas imploravam em seus cultos o ouro dos presentes prometendo ajudas desses deuses, além de algumas  enveredarem em  trabalhos  de  feitiçaria com fórmulas pagas e com  sacrifício de animais.

Inúmeras cartelas do panteão dos deuses egípcios foram  raspadas dos seus templos, fatos que descaracterizaram o  atonismo como  uma crença henoteísta. Akhenaton observou que o povo egípcio, antes da grande revolução atonista, estava condicionado a adorar os "deuses" de pedra e que não estavam ainda preparados para amar um  Deus invisível, verdadeiro e bom. Akhenaton usou a representação do disco solar (aton) como um símbolo e canal, por onde a "luz divina” é intensamente emanada, sendo que a luz que vinha de aton é uma pequena parte da energia que forma  o único Deus é que  atinge  indistintamente  todos  os  homens em  todos  os  lugares do mundo, trazendo a vida e a sua manutenção.  Este ano da revolução atonista se caracterizou por um período de profunda maturação. Akhenaton revela o monoteísmo estrito, sem o dualismo de personagens do bem e do mal, mostrando que o Deus único age sobre a Terra  pela força da luz cósmica (energia universal).

No 12º  ano  de  seu reinado ocorre a separação de  Akhenaton  e  Nefertiti. A divulgação do monoteísmo atonista nas diversas cidades egípcias e no Crescente Fértil, bem como a as construções destinadas ao atonismo tomaram bastante  tempo de Akhenaton.  Akhenaton resolveu delegar os  assuntos  políticos  e  magistrais para a sua esposa  Nefertiti  e para seu conselheiro e escriba real chamado Ay. Nefertiti não apresentava a mesma evolução espiritual de Akhenaton, ela governou a  sua  maneira ou influenciada por Ay, agindo  várias  vezes de  forma  contraria  aos princípios pacíficos e benéficos do atonistas e as  orientações  de  Akhenaton, fatos que desagradaram o bondoso faraó, motivando a separação do casal. 

Conforme registros akáshicos, no anoitecer do  dia 23/11/1336 a.C após concluir sua  missão, Akhenaton faleceu vítima  de  uma conspiração amonista na cidade de Akhetaton. O corpo de Akhenaton foi escondido sem mumificação, o que favoreceu o seu esquecimento por milênios. Ao ser indagado pelos sacerdotes de Heliópolis o general Paatonemheb falou que viu “Akhenaton subindo ao céu e unindo-se a Aton". Os sacerdotes heliopolitanos, não acreditaram, eles sabiam que Akhenaton havia morrido e exigiram o seu corpo a Paatonemheb. A resposta de paatonemheb veio  reafirmativa: “Akhenaton ascendeu para Aton”. A força religiosa do templo de Iunu interferiu garantindo um acordo em que Semenkhkare (co-regente de Akhenaton) permaneceria como faraó até que  o filho de Akhenaton, o pequeno Tutankhaton,  estivesse pronto para ser o novo faraó do  Egito. Contudo após dois anos Semenkhkare morre misteriosamente envenenado. Tutankhaton assume o trono com seu nome modificado para Tutankhamon e sob a pressão, o seu primeiro feito foi anular o decreto de Akhenaton que proibia os cultos aos diversos deuses do antigo Egito.

Akhenaton não  foi um  faraó omisso aos problemas políticos do Egito, como alguns egiptólogos escreveram. No governo de Akhenaton o Egito se estendia a quase todo o Crescente Fértil e se desmembrou por causa das revoltas racionalmente não contidas por Akhenaton, porque ele jamais aceitou a subjugação de um povo por outro. Akhenaton foi educado para ser um sacerdote. Estudos históricos demonstram que Akhenaton  não  foi o responsável pelo colapso da  economia  egípcia  de  sua  época, uma vez que grande parte do ouro e riquezas egípcias  já  se  concentravam  nas  mãos  dos sacerdotes  de  Amon e  os  impostos  devidos  não  eram pagos aos  cofres públicos, fato que originou tempos difíceis para as cidades do Egito, exceto para Akhetaton.  Ao tempo do reinado  de  Akhenaton a  riqueza que  estava sob  seu   poder  foi investida na construção de Akhetaton e em políticas sociais. Akhenaton desenvolveu  tecnologia de  engenharia obedecendo a normas de ergonomia para o trabalhador na construção da  “cidade celestial” de Akhetaton, libertou os escravos de guerra e ofereceu-lhes um  trabalho  remunerado na construção da nova capital do Egito. O Estado egípcio, conforme a filosofia  atonista,  passou a investir  em todas as  classes  da  população, canalizou verbas para  tratar doentes, amparou  os  idosos abandonados, erradicou a mendicância e amparou as crianças órfãs e maltratadas nos trabalhos infantis.

O atonismo obteve repercussão no campo religioso, artístico, filosófico, científico  e  político.  Muitos documentos originais atonistas ficaram arquivados na  antiga biblioteca egípcia de  Alexandria. Por ocasião do  incêndio em 47 a.C., estes documentos foram  destruídos na época da rainha egípcia Cleópatra VII, juntamente com mais  de  700.000 papiros e  pergaminhos, dentre  estes,  escritos  de Heródoto e  alguns  originais do  Velho  Testamento  bíblico. Registros akáshicos atonistas foram  arquivados por hamemets.

O general Paatonemheb, pretendia apagar  a memória de Akhenaton e divinizar-se como faraó. Os nobres egípcios lembravam com orgulho as suas conquistas territoriais no passado e recordavam também o deus  Amon (deus de Tebas). Paatonemheb tinha pressa em se tornar faraó e após alguns anos ordenou secretamente a morte do jovem faraó Tutankhamon, tramando a sua morte em uma queda  de cavalo. Para surpresa, a morte prematura de Tutankhamon traz o inesperado, Ay (conselheiro de Tutankhamon) se casa com Ankhsenamon (viúva de Tutankhamon)  e  assume o trono como faraó. Em idade avançada  e convivendo com um Egito em uma grave crise econômica e social, ele não resiste às pressões políticas e religiosas  e falece sem deixar herdeiros.

Os poderosos amonistas, osiristas, ptahristas e Khnumeristas religiosamente reestruturados aliam-se com os nobres do antigo Egito e empossam Paatonemheb como o novo faraó do Egito. Paatonemheb recebe o nome faraônico de Horemheb (Horus está jubiloso). Ele assume o trono que há muito tempo esperava e começa seu governo demolindo a  “cidade celestial”  de  Akhetaton, destruindo cartelas e documentos  públicos  de  Akhenaton e perseguindo os atonistas. A sua maneira tentou apagar o nome, o reinado de Akhenaton e o atonismo da história egípcia, contudo a história  de  Akhenaton estava  documentada em correspondências internacionais da  época, estelas e por arquivos espiritualistas. A História de  Akhenaton é  a mais  bem  documentada  história  de  um  faraó.
A existência do faraó Akhenaton e do atonismo têm bases em provas materiais. Existem escritos em registros arqueológicos que foram  analisados e investigados através dos métodos científicos e  em consonância  com o tempo histórico, dessa forma eles  jamais podem  ser considerados como lendas, diferente de alguns personagens religiosos. Os restos mortais de  Akhenaton se  encontram preservados no atual Egito e constituem uma prova material desse homem que revolucionou a religião do seu tempo. Humildemente ele assumiu  a  responsabilidade de ser  o canal intermediário do  conhecimento atonista emanado do único Deus  para  a  humanidade, por isso  vemos nos diversos registros arqueológicos os raios solares caindo sobre ele, bem como  sobre  sua  família. Para o atonismo a família educada e espiritualizada é a base para a construção de uma  sociedade pacífica e solidária.

       Akhenaton se considerava um filho de  Deus, nunca  se intitulou como um deus, diferente dos outros faraós:

“Você está no meu coração, não há ninguém que o conhece, exceto seu filho Neferkeperura Uaenra…”
(Grande hino a aton, escrito e oferecido por Ay ao faraó Akhenaton por ocasião da inauguração da cidade de Akhetaton, oportunidade em que Ay recebeu colares de ouro de Akhenaton por seus serviços prestados ao Egito).



A MISSÃO  DE  AKHENATON

 


Vários egiptólogos conseguiram entender a  grandiosidade do projeto espiritual que  Akhenaton revelara, outros estudiosos o interpretaram como um herege e louco. Como poderia um homem louco organizar uma religião  racional, planejar e construir uma cidade moderna onde seus habitantes  viviam dentro de padrões civilizados na antiguidade? Indubitavelmente, Akhenaton é o primeiro humanista, pacificador e intelectual da humanidade, sua vida foi  amplamente registrada através das escritas cuneiforme e hieroglífica na história universal.

O egiptólogo, arqueólogo e historiador James Henry Breasted,   Foi o primeiro norte americano a concluir o doutorado em egiptologia. Admirado por todos os egiptólogos da época, Breasted mostrou a sua profunda admiração por Akhenaton quando ele relatou que Akhenaton era “um homem impregnado de divindade” e seu espírito emanava uma aptidão e uma capacidade excepcional para receber as manifestações divinas.

O famoso egiptólogo e jornalista inglês Arthur Weigall que ficou famoso por cobrir jornalisticamente a abertura do túmulo do faraó Tutankhamon, sendo autor de várias obras que retratam o Egito antigo, considerou Akhenaton como um faraó espiritualista pelo qual Deus se revelou com profundo amor e bondade, livre de intolerâncias e de paixões terrenas.

O doutor em egiptologia Christian Jacq que recebeu prêmios da academia francesa com a obra: O Egito dos Grandes Faraós, mostrou-se  admirado pelo homem intelectual que foi Akhenaton  quando  afirmou: “AKHENATON FOI UM GÊNIO DA HUMANIDADE”. 

Alguns pesquisadores chegaram a levantar a hipótese que Akhenaton sofria da Síndrome de Marfan, entretanto eles  não perceberam que as grandes imagens de pedra que mostram o formato alongado das extremidades de seu corpo, os quadris largos, barriga saliente e lábios grossos  desse faraó  correspondem a um estilo da arte armaniana.  Akhenaton é um hamemet (ser iluminado) em missão, ele não tinha carma (dívidas espirituais)  e sua árvore genealógica não apresentava parentes antecessores com a Síndrome de Marfan. Os outros crânios alongados expressos pela arte amarniana eram tão somente um estilo escultural próprio desse período artístico. Com a descoberta do corpo não mumificado de Akhenaton e após dois anos de exames de DNA e tomografias realizados nele e nas múmias de seus familiares constatou-se que Akhenaton  não era portador da Sindrome de Marfan e apresentava  um corpo masculino normal. A hipótese levantada da cegueira  do faraó Akhenaton não foi comprovada, visto que Akhenaton foi um sacerdote  e todo sacerdote egípco precisava saber ler e escrever, além desse fato, ele  construiu a primeira cidade projetada do mundo e implantou o monoteísmo através da revolução religiosa atonista e soube ver a beldade da mulher mais linda do mundo antigo chamada Nefertiti (a bela que chegou) escolhendo-a como esposa.



A RELIGIÃO DE AKHENATON

O atonismo fundamenta sua doutrina sobre uma base religiosa, filosófica, científica, artística e ambientalista  que ensina a existência do único Deus, combatendo a idéia dos “deuses” imaginários e vingativos com características antropomórficas e zoomórficas.

O atonismo, conhecida como 'religião da luz" não considera aton (sol)  um  deus, os  seus  raios são uma manifestação divina, contudo aton (disco solar) é  uma  partícula de Deus, por  onde  Ele manifesta seu poder, amor e  sabedoria para a Terra e no nosso  sistema  solar. Conforme o Papiro Neter em seu cap. I: 63-77 descreve-se a relação de aton (sol) com a humanidade:



63. A luz de aton é um elo da nossa relação familiar.

64. Aton é como vós: nasce, vive, morre e renasce.

65. O que se acha a vossa volta foi gerado a partir da minha luz akh. Buscareis o sentido da existência de  todas as coisas e vereis que elas são meios para vos influenciar as vossas iluminações.

66. Eu opero através de aton gerando e mantendo a vida em Ta  para  vos  ensinar  o  amor,  o  saber  e  o  valor do bem sem a cobrança pelo medo.

67. Eu opero  através de  aton gerando  a luz para vos dar  a visão, a segurança, o lazer, a força,  a  saúde e o conforto.

68. Eu opero através de aton gerando o calor para vos livrar do frio.

69. Eu opero através de aton fazendo o vento para vos refrescar.

70. Eu opero através de aton formando as chuvas para que  vós tenhais  água   para   asseio, cozer, beber  e regar as plantas.

71. Eu opero através de  aton originando as nascentes  dos rios,   mantendo   os   mares   para vos dar a navegação, a comunicação, o trabalho e o sustento.

72. Eu  opero  através  de  aton fazendo o dia e a noite para que vós possais organizar os vossos  labores e descansos.

73. Eu opero  através  de aton fornecendo a orientação do nascente, assim vós não ficareis  perdidos na terra ou na água.

74. Eu opero  através de  aton  vivificando as  plantas  para  vos  dar  a  comida,  a sombra, a   vestimenta, os calçados, a  escrita, o trabalho, a cura e o bem-estar.

75. Eu opero através de aton trazendo os raios no amanhecer para vos manter sadios.

76. Eu opero através de aton purificando o vento para as vossas saudáveis respirações.

77. Aton emana a minha força geradora, utilizeis essa dádiva.

O atonismo é  uma revelação divina que ensina ao homem a viver o bem,  a paz planetária, o amor fraterno, a justiça misericordiosa, a solidariedade universal, a verdade, a arte benfazeja, a conservação e  o respeito à natureza objetivando a  evolução espiritual de todos que acreditam na força do amor do único Deus.

A teologia atonista revela o Deus único como o Ser de energia luminosa, constituído por  uma inteligência benéfica, suprema, dinâmica, harmônica, justa, infinda, espiritual, sutil, poderosa e  geradora de tudo. Deus a tudo interliga, penetra e conhece.  A energia divina   vivifica,  ilumina, influencia e age na Terra e nos universos com seus raios cósmicos e partículas provenientes do seu campo quântico, sendo aton (disco solar) o principal centro da Providencia Divina para a Terra devido a sua proximidade.

A evolução da religiosidade humana se desenvolve por etapas de maturação intelectual, moral e espiritual. A humanidade primitiva vivia em um  mundo muito hostil. Neste período, as doenças, a fome, a estiagem, o frio, a morte, as lutas entre tribos, os animais perigosos, as erupções vulcânicas, as descargas elétricas acompanhadas de trovões, deixavam o homem frágil, temeroso e desprotegido. O politeísmo com seus “deuses poderosos” surgiu necessariamente como uma forma de proteção psíquica, reduzindo o temor das ameaças de um planeta que foi gerado para  ser  uma  escola de aprendizagens.

O atonismo é uma religião ligada ao conhecimento espiritual racional e direcionada para o desenvolvimento do amor puro e fraternal. O Deus Único apresenta em seus atributos os  princípios do amor,  da verdade, da geração, da razão e da bondade. O reinado de Akhenaton criou e divulgou a chamada atualmente "arte amarniana", que se caracterizou pela arte inspirada na representação da natureza e pela divulgação da cultura egípcia não politeísta. Neste período foi destacada a importância de todos os seguimentos artísticos e da boa  convivência familiar, através da importância da educação infantil e da valorização dos idosos

O atonismo apresenta a natureza do único Deus, respondendo claramente as quatro grandes perguntas que fazem filósofos, religiosos, cientistas e ateus: O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o objetivo de nossas vidas? Neste ano de seu governo religioso a Akhenaton ensina aos seus adeptos que o sol (Aton), é uma  partícula  do khat (corpo físico) do único Deus mais próxima  de nós. Por onde Deus envia potencialmente a  sua luz cósmica que é o meio vital por onde ocorrem as suas providências. O nono ano do governo de Akhenaton apresenta a consolidação do atonismo como uma religião rigorosamente monoteísta, ética e universal, Akhenaton revelou que único Deus é a Luz Akh (energia divina cósmica) que forma todas as coisas e que existe nos três infinitos campos divinos: Pt, Duat e Ta.

Akhenaton usou a representação didática do  sol (aton) como um símbolo da "luz divina” que mais se aproximava da energia brilhante de Deus e que  atingia  indistintamente  a  todos  os  homens em  todos  os  lugares do mundo, trazendo a vida e a sua manutenção, enquanto  a humanidade  evoluía suas  mentes  pueris para o entendimento profundo da intimidade e da unicidade divina.  

Akhenaton jamais ensinou dentro dos mistérios esotéricos (conhecimento fechado) que o sol era o Deus único delimitado ao disco solar. Ele revelou que  o sol  (partícula divina) não  era  um  deus, mas um foco por onde a luz de Deus é emanada com maior intensidade para a Terra. Ele apresentou inicialmente e necessariamente ao povo egípcio, que ainda estavam presos as ideias de deuses palpáveis e delimitados em imagens de pedra, a ideia introdutória que Deus era visível na luz solar e que vinha e se manifestava através dos raios do sol atingindo o nosso mundo  trazendo a vida (ankh). Assim, simbolicamente apresentou exotericamente (aberto ao povo) o Deus único para os antigos egípcios através de um ideograma, ao nível da capacidade de compreensão do senso comum dos antigos egípcios. O ideograma mostrava aton (disco solar) como um portal celeste que irradiava os seus raios (energia de Deus) e que terminavam simbolicamente em mãos que entregavam  cruzes ankh (vida em egípcio).

O atonismo não pode ser considerado como um henoteísmo, visto que Akhenaton enquanto chefe de governo revelou o único Deus e proibiu no 9º ano de seu governo os cultos a todos os outros “deuses” no antigo Egito, decretando o fechamento dos templos dessas divindades e destituindo os cargos de seus sacerdotes, através de uma revolução religiosa  sem precedentes na história do antigo Egito no combate ao politeísmo.

O atonismo não é uma doutrina panteísta visto que para o panteísmo deus é  tão somente o universo, contudo o atonismo ensina que Deus é tudo no todo infinito, sendo que o Akh divino ( essência espiritual divina) é separado dos seus três infinitos campos de energia que o constituem. O atonismo ensina que ao concluírmos a nossa evolução espiritual (iluminação) seremos espíritos livres e não seremos absorvidos pela a essência de Deus como prega o panteísmo. Somos espíritos gerados pelo único Deus e voltaremos ao seu mundo para juntos com Ele sermos trabalhadores  nos seus propósitos.

O Atonismo é a primeira religião ecológica da humanidade, é uma “religião verde” por objetivar o respeito, o equilíbrio ecológico e a conservação  do  meio  ambiente como  forma  de  respeitar e cuidar  do  khat divino (corpo físico de Deus) que é o Todo material. Aton (sol) é considerado pelos seguidores de Akhenaton como  uma importante  partícula do único Deus, sendo um canal da energia divina que mantém  a vida na Terra, por isso os seus seguidores  são chamados  de  atonistas.

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